Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 671

“Patrício”

Eu queria entender como aquela mulher linda sentada ao meu lado não me odiava. Até eu me detestava pelo que eu fiz com ela e ela me diz que não consegue me odiar. Eu fui o pior dos cretinos com ela a vida toda e ela não me odiava. Era um milagre! E eu estava querendo muito esse milagre.

Lisandra era como uma força irresistível, que me atraía para o deconhecido. Como se eu estivesse na beira de um abismo pronto para pular. Eu queria pular de cabeça nesse abismo que era a Lisandra! Sim, ela era um abismo, porque ficar com ela era como pular para o desconhecido e eu só esperava o pior, eu pensava que a família dela jamais aceitaria, pensava que o Flávio me odiaria, pensava que a qualquer momento ela iria embora e me deixaria com o coração partido. Mas eu não queria dar ouvidos à razão, eu queria me jogar. E eu me joguei quando a beijei naquele quarto. Agora não tinha mais como voltar atrás, porque depois que se dá o primeiro passo para o abismo, você não consegue mais voltar. Quando ela me convidou para o apartamento dela, eu já não podia recusar, eu já estava caindo em direção a ela, mesmo sabendo todo o caos e confusão que isso significava.

- Eu quero! – Ao me ouvir, o sorriso que ela abriu poderia iluminar uma cidade inteira.

No elevador, eu me lembrei do que disse a ela no dia em que viajamos. Eu parei de frente a ela e apoiei a mão na parede do elevador ao lado da sua cabeça, do mesmo jeito que eu havia feito antes.

- Agora me diz, nós ficamos a semana inteira na fazenda. – Ela me olhou, com aqueles grandes olhos negros. – Você já gosta um pouquinho de mim? – Ela pareceu se lembrar e sorriu.

- Na verdade, ainda que eu não gostasse de você, você só precisaria de uma tarde para me fazer gostar um pouquinho de você.

- Ainda que não gostasse? Isso quer dizer que você gosta de mim? – Ela fez que sim e eu estava pronto para beijá-la, mas a porta do elevador se abriu quebrando o momento.

Entramos no apartamento e ela parecia nervosa, como se não esperasse que eu aceitasse o seu convite e agora que eu havia aceitado e estava ali, ela não sabia o que fazer. Mas ela queria que eu aceitasse, o sorriso dela me disse isso.

Ela começou a ir de um lado para o outro, como se procurasse por algo e falar coisas sem importância. Eu a conhecia bem demais para saber que o caminhar dela de um lado para o outro, falando sem parar, era sinal de que ela não sabia o que fazer.

- É... eu vou deixar a mala no quarto. – Ela se virou abruptamente e foi em direção ao quarto.

CASAL 4 - Capítulo 35: Você gosta de mim? 1

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