“Patrício”
Eu queria entender como aquela mulher linda sentada ao meu lado não me odiava. Até eu me detestava pelo que eu fiz com ela e ela me diz que não consegue me odiar. Eu fui o pior dos cretinos com ela a vida toda e ela não me odiava. Era um milagre! E eu estava querendo muito esse milagre.
Lisandra era como uma força irresistível, que me atraía para o deconhecido. Como se eu estivesse na beira de um abismo pronto para pular. Eu queria pular de cabeça nesse abismo que era a Lisandra! Sim, ela era um abismo, porque ficar com ela era como pular para o desconhecido e eu só esperava o pior, eu pensava que a família dela jamais aceitaria, pensava que o Flávio me odiaria, pensava que a qualquer momento ela iria embora e me deixaria com o coração partido. Mas eu não queria dar ouvidos à razão, eu queria me jogar. E eu me joguei quando a beijei naquele quarto. Agora não tinha mais como voltar atrás, porque depois que se dá o primeiro passo para o abismo, você não consegue mais voltar. Quando ela me convidou para o apartamento dela, eu já não podia recusar, eu já estava caindo em direção a ela, mesmo sabendo todo o caos e confusão que isso significava.
- Eu quero! – Ao me ouvir, o sorriso que ela abriu poderia iluminar uma cidade inteira.
No elevador, eu me lembrei do que disse a ela no dia em que viajamos. Eu parei de frente a ela e apoiei a mão na parede do elevador ao lado da sua cabeça, do mesmo jeito que eu havia feito antes.
- Agora me diz, nós ficamos a semana inteira na fazenda. – Ela me olhou, com aqueles grandes olhos negros. – Você já gosta um pouquinho de mim? – Ela pareceu se lembrar e sorriu.
- Na verdade, ainda que eu não gostasse de você, você só precisaria de uma tarde para me fazer gostar um pouquinho de você.
- Ainda que não gostasse? Isso quer dizer que você gosta de mim? – Ela fez que sim e eu estava pronto para beijá-la, mas a porta do elevador se abriu quebrando o momento.
Entramos no apartamento e ela parecia nervosa, como se não esperasse que eu aceitasse o seu convite e agora que eu havia aceitado e estava ali, ela não sabia o que fazer. Mas ela queria que eu aceitasse, o sorriso dela me disse isso.
Ela começou a ir de um lado para o outro, como se procurasse por algo e falar coisas sem importância. Eu a conhecia bem demais para saber que o caminhar dela de um lado para o outro, falando sem parar, era sinal de que ela não sabia o que fazer.
- É... eu vou deixar a mala no quarto. – Ela se virou abruptamente e foi em direção ao quarto.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......