“Patrício”
O que a Lisandra estava fazendo comigo? Eu não tinha idéia, eu só sabia que era muito bom estar com ela, era bom demais! Ela me disse que era minha e eu queria muito que realmente fosse. Eu me perdi completamente naquele momento, me perdi em um mar de emoções e sentimentos confusos e só deixei fluir, olhando naqueles profundos olhos negros. E o que eu vi ali, o que eu senti ali, ao invés de me apaziguar, apenas me deixou mais confuso e mais louco por ela.
Eu fiz amor com ela, eu me entreguei, baixei toda a minha guarda e ela respondeu a cada carícia de igual maneira, com a mesma emoção. Quando ela gozou, ela me apertou ainda mais contra si e sussurrou o meu nome como se fosse uma prece, me fazendo encontrar a minha própria libertação no seu corpo, enquanto ela me recebia e me acolhia como se aquele fosse o meu lugar e como se sempre tivesse sido meu.
Eu não estava preparado para toda a correnteza de emoções que me empurrava de encontro a ela, eu não estava preparado para o que eu senti naquele momento e tampouco para o que eu senti depois. Então eu beijei os seus lábios como se precisasse de um antídoto, a minha língua tocou a dela como se a convidasse para uma dança, uma dança lenta e de corpos agarrados e suados.
- Meu doce, assim fica muito difícil resistir... – Minha testa estava colada a dela e meus olhos estavam fechados.
- Cariño, resistir pra quê? Deixa acontecer. Ou não é bom o suficiente para você? – O sussurro dela ecoava em meus pensamentos como um grito, me alarmando de algo que eu não sabia se teria força suficiente para evitar.
- O problema, meu doce, é que é bom demais para ser meu.
- Só aceite e receba, cariño. Só se deixe levar. – Ela beijou o meu queixo. Mas o problema justamente era esse, eu me deixar levar.
Rolei para sair de cima dela e a puxei para o meu peito, de qualquer modo, eu não estava pronto para soltá-la. Ela cochilou e eu saí da cama com cuidado para não acordá-la e, depois de fazer a higiene matinal, fui até a cozinha preparar um café. Minha cabeça era um emaranhado de pensamentos desconexos, mas todos estavam relacionados com a Lisandra. Eu nunca me senti assim com uma mulher, sem saber o que fazer. Quer dizer, eu até sabia, mas não queria. Eu sabia que deveria me afastar, mas eu não conseguia. E, para completar, eu me lembrei do que o Rick falou quando estivemos no clube, que ela era apaixonada por um cara que não olhava pra ela, e isso me incomodou mais do que deveria. Todas essas coisas giravam na minha cabeça me deixando tonto.
- Estou vendo a fumacinha sair. – Fui tirado dos meus devaneios pela Lisandra, ela estava encostada a porta da cozinha usando nada além que a minha camisa da noite anterior.
- Fumacinha? – Perguntei confuso. Olhei para a cafeteira, pensando que a teria esquecido ligada, mas não.
- Essa fumacinha saindo da sua cabeça. E também estou ouvindo as engrenagens girarem lá dentro.
- Pois você tem olhos e ouvidos muito bons! – Eu sorri para ela.
Lisandra caminhou em minha direção e parou em minha frente.
- Pensei que tivesse conseguido desmanchar essa ruguinha aqui com a massagem de ontem. – Ela passou a ponta do dedo suavemente entre as minhas sobrancelhas e eu a puxei para o meu colo. Ela era irresistível!
- E você conseguiu, mas aí você a colocou aí de novo essa manhã.
- Qual o problema, cariño? – A forma como ela me chamava, fazia com que eu me derretesse por ela. Não era só a palavra, era a forma como ela dizia, doce, cheia de afeto e com aqueles olhos brilhantes.
- Meu doce, seus irmãos... – Ela colocou aquele dedinho indicador sobre os meus lábios.
- Meus irmãos não têm direito de falar nada. Eles têm a vida deles como bem entendem. Eu não sou uma garotinha que precisa ser defendida ou vigiada. Pare de se preocupar com eles. Hum? – Ela segurou o meu rosto com as duas mãos. Era difícil resistir a isso, ela estava sendo carinhosa e eliminando cada uma das minhas dúvidas como se fossem menos que nada.
- Se continuar assim, quando você acabar comigo, eu vou ter que viajar de novo e vai ser uma viagem bem mais longa. – Eu acabei falando mais do que pretendia, pois não saía da minha cabeça que ela era apaixonada por alguém. Eu torci para que ela não entendesse ou simplesmente tomasse como uma brincadeira.
- Se depender de mim, você nunca mais fará esse tipo de viagem. – Ela me abraçou, beijou logo abaixo na minha orelha e continuou baixinho em meu ouvido: - Eu nunca te machucaria assim, Patrício! E eu vou estar sempre aqui e a única forma que eu vou acabar com você é usando esse seu corpinho gostoso na minha cama e te deixando cansado demais para pensar tanto!
Eu sorri, ela parecia estar tentando me dar uma garantia de que não me magoaria e eu queria muito acreditar nisso. Mas nós dois era complicado de muitas maneiras e eu não estava pronto para me envolver e ela gostava de alguém, mas mesmo assim ela estava tornando impossível que eu não a quisesse, ela estava fazendo eu me esquecer muito rápido de todas as razões que eu tinha para não deixar as coisas passarem de um lance divertido e carnal.
- E é só na sua cama que você vai usar o meu corpinho? – Eu me levantei a segurando no meu colo.
- Eu usei a minha cama apenas para ilustrar. – Ela riu e me beijou.
- Então vamos lá usar bem essa cama para ilustrar! – A levei para o quarto e me perdi mais uma vez em suas curvas. Ela tinha razão estava mais do que bom e, no ponto em que estávamos, já era tarde demais para voltar atrás, era melhor deixar fluir.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......