Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 699

“Patrício”

Eu me perdi no olhar dela por um momento, aqueles olhos lindos e meigos. Mas eu precisava falar, falar do que aconteceu e do que eu senti, do que eu estava sentindo agora e o que eu queria.

- Eu fui um estúpido com você aquele dia na boate, fui um idiota, mas não foi a primeira vez que eu me portei mal com você, e eu não me orgulho disso. Eu não deveria ter ido embora da boate daquele jeito.

- Patrício, você não me deve explicações, nós éramos amigos, nada mais. Tudo bem você ter ido embora, só poderia ter avisado que estava indo, assim não ficaríamos preocupados com você. Está tudo bem, você encontrou uma mulher interessante e saiu de lá com ela... – Eu comecei a rir, ela estava com ciúme também, eu senti na sua voz. – Do que você está rindo?

- Estou rindo porque você está com ciúmes de alguém que nem existe. – Ela me encarou séria. – Meu doce, eu saí da boate sozinho! Não tem outra mulher, não precisa ficar com ciúme. Eu fui embora porque eu vi o seu amigo te abraçar, com muita intimidade, e eu não sabia que ele era seu amigo, eu acho que fiquei com ciúmes de você!

- Ciúmes de mim? – Ela me encarava confusa. – Mas, então, você foi pra casa sozinho?

- Sim, eu fui pra casa sozinho e me embebedei sozinho no meu escritório. Por puro despeito e ciúmes. Minha nossa, foi exatamente isso, ciúmes de você! – Eu estava achando incrível descobrir aquilo, eu nunca fui ciumento, nunca havia sentido aquilo antes.

- Você sentiu ciúmes de mim? – Ela me olhava aturdida.

- Sim. É que eu pensei que o Thales fosse... – Eu parei e pensei como dizer. – É que o Rick tinha me contado que você é apaixonada por um cara idiota que nunca te notou e eu pensei que o seu amigo fosse esse cara.

- Acho que eu não entendi. – Ela me olhava confusa. – O Rick te contou o quê?

- Que você é apaixonada por mim. – Eu não resisti e abri um sorriso convencido. Ela ficou vermelha e tentou sair do meu colo de novo.

- Eu vou arrancar a língua do Ricardo! – Ela estava furiosa e eu estava rindo.

- Não vai não, meu doce! Você vai ficar quietinha onde está e vai prestar muita atenção no que eu vou te dizer. – Eu a segurei, era divertido vê-la bravinha, ela ficava ainda mais linda. Mas eu ainda tinha tanto o que dizer a ela.

- Eu estou dizendo que eu ainda não sei o que eu estou sentindo por você. Eu nunca soube o que eu realmente sinto em relação a você, eu só sabia que eu não te via como uma irmã, nunca te vi assim, e que eu nunca te odiei. E o fato é que eu sempre tive medo do que eu sinto, porque eu sempre achei que era errado, porque eu gostava de você como um garotinho, um garotinho que se encanta por algo de tal forma que fica deslumbrado e passa a ver essa algo com adoração. Era assim que eu me sentia, deslumbrado por você e te contemplava em adoração. – Era o melhor que eu conseguia definir os meus confusos sentimentos de garoto.

- Você não me odiava? – Eu vi o brilho voltar as seus olhos e eu continuei.

- Nunca te odiei. E agora, o que eu sinto por você agora é forte demais para eu me afastar. E finalmente eu percebi que errado é fugir disso. Eu adoro estar com você, adoro seus beijos, adoro fazer amor com você, parece tudo tão perfeito quando eu estou com você, tão certo, que eu quero mais. – Eu não sabia se estava me fazendo entender, eu só comecei a falar e falei sem pensar.

- O que você quer? – Ela passou a língua nos lábios, parecia ansiosa pela minha resposta.

- Eu quero ficar com você, eu não quero mais fazer segredo, eu quero ver onde isso vai dar, quero descobrir o que eu estou sentindo. E não quero, de jeito nenhum, nenhum outro homem se aproximando de você, porque eu não quero ser só seu amigo com benefícios e eu não gostei de sentir ciúmes. Na verdade, eu não quero nem a remota chance de outro homem se aproximando de você. Eu quero que você seja a minha namorada, formalmente, oficialmente, seja lá o termo que você achar melhor, mas eu quero assumir que estamos juntos. – Foi a minha vez de ficar ansioso, ansioso pela sua resposta, louco para ela baixar a guarda e me dizer sim, mas ao mesmo tempo morrendo de medo dela dizer não.

Mas ela não facilitou pra mim. Ela me observou, como se o meu silêncio, depois daquela torrente de palavras, disse mais do que eu já tinha dito até ali. Ela me observou atentamente, analisou o meu rosto e cravou os seus olhos nos meus, deixando o meu coração disparado e minhas mãos suadas, enquanto o medo dela ir embora se espalhava por mim.