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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 737

“Lisandra”

O dia no escritório se arrastou e eu não tive nenhuma notícia do Patrício. Eu sentia falta dele, queria saber se ele estava bem e queria acabar logo com essa angústia que eu estava sentindo, ainda que fosse para ele terminar comigo, eu preferia que fosse logo, pois ficar assim sem notícia nenhuma era pior.

- Lisa! – Manu entrou em minha sala, ela parecia ansiosa.

- Oi, cunhadinha. – Respondi enquanto enviava mais um e-mail.

- Será que você pode me dar uma carona? O Flávio vai se atrasar na delegacia. – Manu pediu e eu a encarei.

- Claro, eu te levo! Bom que a gente conversa um pouco. – Analisei o seu rosto e ela realmente parecia ansiosa. – Está tudo bem, Manu?

- Está, claro que está! Por que?

- Sei lá, você parece ansiosa.

- Ah, devem ser esses hormônios que eu estou tomando para tentar engravidar, me deixam louca. – Manu estava fazendo um tratamento para engravidar, mas só a Melissa e eu sabíamos. Ela queria surpreender meu irmão e eu achava isso muito lindo.

- É, deve ser! Vou só desligar o computador. – Falei e me virei para a tela, quinze minutos depois estávamos no carro rumo a casa da Manu. No caminho fomos conversando coisas aleatórias, ela me contava sobre o pai dela e o irmão e a esposa. Eu adorava a família dela e desde o casamento eu não os via.

- Nós podemos passar um fim de semana lá. – A Manu sugeriu.

- Eu adoraria! Mas desde que eu fique em outro quarto, o outro vai fazer eu me lembrar dos beijos dele. – Falei melancólica.

- E por que você quer esquecer? – A Manu perguntou e eu não sabia o que dizer, porque na verdade eu não queria esquecer, eram bons demais para serem esquecidos.

- Eu não quero, mas eu acho que preciso. – Eu estava quase chorando, cedendo a toda a apreensão e nervosismo do dia.

- Lisa, você precisa parar de sofrer por antecedência! – O conselho da Manu era valioso, mas como controlar isso?

Entramos no condomínio e eu direcionei o carro para a casa da Manu, mas ela logo me corrigiu, dizendo que eu peguei o caminho errado e que deveria voltar para a casa do Patrício. Então retornei e quando parei na porta nem desliguei o carro e a Manu ficou ali sentada olhando pra mim.

- Não vai desligar o carro, Lisa? – Ela perguntou, mas o que queria saber era outra coisa.

- Manu, eu não vou entrar. – Pensei que ela me entenderia, mas não foi o que aconteceu.

- Ah, mas você vai! Você vai desligar esse carro e entrar comigo. – Manu não estava sugerindo, tentei argumentar, mas assim que abri a boca ela me fez fechar e continuou sem respirar. – Sua família está lá dentro e o Patrício ainda não deixou você e nem disse que você não pode vir aqui. Então, você vai levantar a cabeça e agir como a mulher poderosa e senhora de si que eu conheço, vai entrar nessa casa e distribuir sorrisos e gentileza como sempre faz. – Enquanto ela puxava o ar para os pulmões eu tentei falar, mas ela logo recomeçou com o dedo em riste. – E se o palerma do Patrício estiver lá, ou mesmo se ele chegar, você vai mostrar pra ele que só se ele for um idiota completamente lesado ele vai te deixar, porque você é incrível, maravilhosa, espetacular, a mulher da vida dele. Entendeu, Lisandra? – Ela me encarou quando terminou. Eu teria rido, se o caso não fosse comigo. – Lisandra?

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