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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 738

“Patrício”

Depois que a Lisandra chegou, foi como se as coisas se acomodassem. Eu percebi que ela estava entrando numa espiral de ansiedade e eu precisava acalmá-la e foi o que fiz. Fui até ela e a deixei saber que estava tudo bem. Ela não fez nenhuma reclamação, nenhuma exigência, não pediu nenhuma explicação para o meu comportamento deplorável dessa manhã. Apenas me fez uma única pergunta e foi como se ela soubesse de tudo, de todos os meus medos, todos os meus anseios. Deus, não era possível uma mulher ser mais perfeita!

Sim, o que eu procurava estava bem na minha frente. Foi por ela que eu procurei a vida inteira, era ela o que eu queria da vida, era ela a mulher com quem eu queria dividir a vida.

Eu a mantive dentro do meu abraço e senti que aos poucos ela foi relaxando. Todos nos observavam, embora as conversas continuassem na sala, enquanto estávamos ali de pé apenas nos reconectando. E eu fiquei abraçado a ela e ela a mim até que o Romano avisou que o jantar estava servido.

O jantar correu num clima agradável e com muitos risos em volta da mesa. Eu segurava a mão da Lisandra em seu colo, não queria quebrar o contato com ela, eu já havia passado o dia todo longe. De vez em quando eu a pegava me observando e eu sorria e dava uma piscadinha pra ela, que me olhava com aqueles olhos cheios de amor.

Eu estava ansioso pelo fim do jantar, pois aí as nossas famílias iriam para a casa do Flávio e Lisandra e eu teríamos a casa só para nós dois e aí sim, eu faria a minha surpresa pra ela.

Nós já estávamos quase terminando a sobremesa, quando o Romano apareceu ao meu lado e falou no meu ouvido que precisava da minha atenção na sala. Achei tão estranho, geralmente o Romano não interrompia as refeições, fosse o que fosse, ele esperava que eu terminasse a refeição para solicitar a minha atenção. Mas a sua voz parecia tensa e preocupada, então eu achei melhor ver logo o que era.

- Eu já volto, meu doce! – Dei um beijo na mão da Lisandra e me levantei. – Com licença!

Caminhei ao lado do Romano em direção à sala e assim que saímos da vista das pessoas na sala de jantar o Romano se virou para mim.

- Patrício, ela está aí! – Ele falou em tom grave.

- Ela? Ela quem, Romano? – Perguntei sem entender.

- O que está acontecendo, Romano? – Minha mãe parou ao meu lado. – Deve ser algo muito grave para você chamar o Patrício antes do fim do jantar.

- Sim, dona Lucinda. Me desculpe, mas é melhor que o Patrício resolva isso logo. – O Romano voltou a me olhar. – Ela voltou, Patrício! – Mas eu ainda não havia entendido.

- Quem, Romano? Não estou te entendendo. – Eu olhava para ele meio confuso.

- Aquela moça! – A voz fria da minha mãe soou atrás de mim.

- Sim, senhora. – O Romano confirmou e só então eu me dei conta do que estava acontecendo e parecia que o mundo ia desabar ao meu redor.

- Deixa que eu resolvo isso, Patrício. – Minha mãe estava pronta para resolver tudo, mas não era assunto dela.

- Não, mãe! Isso é assunto meu. – Falei firme e a olhei por cima do ombro. – Onde ela está, Romano?

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