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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 752

“Lisandra”

O Patrício não havia ficado muito satisfeito com o fato de eu ter conversado com a Virgínia no dia anterior. Ele disse que estava preocupado que ela conseguisse estragar o nosso relacionamento, mas eu o assegurei que ela não conseguiria. E ela não conseguiria mesmo, principalmente agora que eu sabia que ele me amava. Depois do trabalho nós fomos para a casa dele outra vez e nós dormimos em sua cama, o que significava muito depois de tudo.

Mas depois da conversa com o Rick eu havia ficado cismada, aquilo parecia fazer sentido de alguma forma. Manu e eu conversamos com a Melissa e ela disse que solucionaria isso pra gente. Ela daria um jeito de descobrir o que estava acontecendo.

- Já voltou do momento fofoca, meu doce? – O Patrício saiu da sua sala assim que eu me sentei e eu ri.

- Esqueci que o meu chefe gosta de me ver na minha mesa. – Brinquei com ele, que sorriu.

- Na verdade ele prefere te ver na mesa dele. – Ele me deu um beijo enquanto eu ria. – Vou encontrar um cliente no clube e só volto depois do almoço. Você vai se manter longe de encrencas?

- Eu vou tentar! – Brinquei e ele suspirou.

- Se controla! – Ele me deu mais um beijo e saiu.

Eu me voltei para o meu trabalho e a manhã passou voando. Já era quase hora do almoço e eu havia combinado com a Manu de pedirmos comida aqui no escritório, eu não queria dar de cara com a tal Virgínia de novo. Mas parece que, na vida, problema nunca anda sozinho e eu teria mais do que a Virgínia para me preocupar. Eu estava muito ocupada e o telefone sobre a minha mesa tocou.

- Lisa, tem um Guilherme Pontes aqui querendo te ver. – A Manu falou do outro lado da linha e eu senti o sangue ser drenado do meu corpo.

- Quem, Manu? – Perguntei na esperança de ter ouvido errado.

- Guilherme Pontes. – A Manu abaixou a voz e falou quase em um sussurro. – Engraçado, eu não me lembro onde já ouvi esse nome.

- É ele, Manu! – Eu fiquei nervosa. Tudo o que me faltava era que esse estúpido começasse a me importunar de novo.

- Ele quem? – A Manu perguntou.

- O noivo que minha mãe tinha me arrumado um tempo atrás. – Expliquei.

- Então eu vou mandá-lo embora, Lisa! – A Manu ficou séria de repente.

- Não, eu mesma vou fazer isso. – Respondi e desliguei o telefone.

Saí para a recepção e ele estava de pé ali, observando o quadro na parede lateral, de costas pra mim. Era um homem alto, do tipo que ficava tempo demais na academia, mas se esquecia de fazer outra coisa além de malhar braços, e com aquele cabelo loiro e olhos azuis parecia um personagem engraçado de desenho animado. Mas ele não tinha nada mais de engraçado, era um estúpido que achava que podia forçar uma mulher a fazer o que ele queria. Eu tomei coragem e falei.

- O que você está fazendo aqui? – Perguntei tentando manter a voz firme. Ele se virou e sorriu. Aquele homem me dava calafrios.

- Minha querida Lisa! – Ele abriu os braços e caminhou em minha direção. Eu dei um passo para trás. – Ô, meu amor, não vai dar um beijinho no teu homem não?

- Não se aproxime, Guilherme! – Avisei.

- Ah, quê isso, Lisa! Anda, me cumprimenta direito. Eu vim de Campanário só pra te ver. – Ele agia como se fôssemos muito próximos e eu não tivesse deixado bem claro, várias vezes, que o odiava.

O Guilherme sempre foi assim, frio, maldoso, egoísta, entre muitas coisas mais. Eu tinha medo de ficar sozinha com ele, mas ali, estando só a Manu e eu, eu teria que ceder para evitar que ele se voltasse contra a Manu. E eu já estava prestes a ir com ele, quando o elevador se abriu e dois seguranças apareceram. Eu respirei aliviada.

- Senhor, por favor, solte a senhorita e nos acompanhe! – Um dos seguranças falou com uma voz de autoridade que qualquer um obedeceria.

O Guilherme me lançou um olhar gélido e me soltou, colocando as mãos para o alto e abaixando, como se dissesse aos seguranças que estava fazendo o que eles diziam. Mas antes de se virar e sair dali ele me deu um aviso:

- Nós vamos conversar, Lisandra, e você vai honrar a palavra da sua mãe.

Com isso ele deu as costas e foi acompanhado para fora pelos seguranças. Mas somente depois que o elevador fechou as portas eu voltei a respirar.

- Manu, você autorizou a entrada dele? – Perguntei, pois só pessoas autorizadas poderiam entrar no prédio, ali não existia visita surpresa ou visitantes indesejados.

- Não, Lisa. E eu vou ter que reportar isso ao Alessandro, para ele verificar o que aconteceu. Alguém deixou ele entrar, mas como e porque eu não sei. – Manu me informou.

- Manu, eu preferia que ninguém soubesse disso. – Pedi.

- É impossível, Lisa. Esse tipo de coisa é uma falha grave na segurança, eu não posso omitir do Alessandro. Além do mais, eu vou contar para o seu irmão, esse cara me deu calafrios e eu acho melhor o Flávio resolver isso. E você também deveria contar ao Patrício. – Manu tinha razão e eu suspirei derrotada.

- Droga! Você está certa! – Concordei com ela. – Nós vamos almoçar aqui mesmo, não é?

- Depois dessa visitinha, com certeza! Já fiz o pedido, daqui a pouco chega o nosso almoço. – Ela respondeu e eu voltei para a minha sala, mas estava preocupada demais para trabalhar. O que esse louco queria comigo? Por que ele não podia me deixar em paz? É, seria melhor o meu irmão colocá-lo pra correr.

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