Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 754

“Patrício”

O Flávio estava me olhando com a mão no quadril e estava até meio vermelho, parecia nervoso e prestes a entrar em uma guerra.

- Quem veio atrás da Lisandra? – Perguntei e caminhei em direção a ela, que parecia estar grudada na cadeira, pois não se levantou para me abraçar como sempre fazia.

- Aquele cretino do Guilherme Pontes! – O Flávio esbravejou e o nervosismo tomou conta de mim.

- O que aquele traste quer vindo atrás da minha namorada? – Perguntei sentindo uma certa aflição.

- Aquele idiota veio cobrar o casamento! Exigir que a Lisandra honre a palavra da minha mãe e se case com ele! – O Flávio estava irado e eu também. – Cara, eu não sei onde a minha mãe estava com a cabeça.

- Aquele estúpido perdeu completamente a razão? O que ele tem na cabeça? – Perguntei, sentindo a irritação crescer dentro de mim. – Meu doce, você atrai problema assim que coloca os pés fora do escritório, é impressionante! Você não vai mais sair sozinha desse escritório.

- Patrício, ele veio aqui. – A Lisandra falou com a voz baixa e desanimada.

-Eu sei, meu doce, calma. – Tentei confortá-la, mas ela insistiu.

- Não, Patrício, ele veio aqui, aqui no escritório, bem aqui nessa recepção! – A Lisandra me olhou e eu vi o medo nos seus olhos.

- Aqui dentro? Mas vocês autorizaram a entrada desse sujeito? – O Alessandro perguntou.

- Não, Alessandro. Eu ia te falar, mas o meu marido é um pouco apressado. – Manu olhou de soslaio para o Flávio que estava bufando. – A recepção não solicitou a aprovação da entrada dele. Ele simplesmente apareceu aqui. Eu achei estranho, não reconheci o nome, e achei que a Lisa tivesse autorizado, mas não.

- Mas o que acontece nessa empresa que a segurança está sempre sendo burlada? – O Alessandro desabafou a sua frustração. – Manu, fala para o Danilo vir aqui agora, eu quero saber quem deixou esse sujeito entrar.

- Ah, mas isso eu também quero! – O Flávio bufou.

- Meu doce, você está bem? Ele fez alguma coisa com você? – Perguntei examinando o seu rosto.

- Não, ele só tentou me intimidar, mas a Manu havia chamado a segurança. Eles chegaram e o tiraram daqui. – Lisandra respondeu com os olhos baixos e parecia um tanto alheia a tudo, como se estivesse tentando esconder algo.

- Lisandra, olha pra mim. – Pedi delicadamente. – Você tem medo dele. Aquele imbecil já encostou em você? Ele já te fez algo?

- Nã-não... é que... – Ela estava pálida e gelada.

- Lisandra, fala pra mim. – Pedi mais uma vez.

- É que... – A voz dela ficou embargada e ela me olhou com os olhos lacrimejando. – É que uns dias antes do Flávio aparecer em Campanário e me trazer com ele aconteceu uma coisa. Não foi nada demais, mas eu fiquei com medo do Guilherme.

- Uma das recepcionistas. Ela já está vindo aí. – O Danilo informou e no mesmo momento o outro elevador abriu as portas e uma moça de uns trinta anos saiu dele.

Eu a conhecia, o nome dela era Cíntia e ela era sempre muito simpática comigo. Estava na empresa há mais de um ano e parecia estar indo bem.

- Oi, Patrício! – Ela se aproximou, tocou em meu ombro como se tivesse intimidade e sorriu. – Você pediu pra eu subir, Danilo, o que foi?

Não passou despercebido pela Lisandra o jeito amigável da Cíntia comigo. Minha namorada me olhou como se questionasse aquela liberdade e eu vi logo que estava numa saia justa.

- Eu quero saber, senhorita?

-Cíntia, Alessandro! – Ela sorriu para o Alessandro e bateu os cílios exageradamente.

- É Sr. Mellendez pra você, Srta. Cíntia! Eu sou o seu empregador e não te dei liberdade. – Alessandro a corrigiu e ela teve a decência de parecer desconcertada.

- Claro, Sr. Mellendez, me desculpe! – Ela respondeu e abaixou a cabeça.

- A senhorita permitiu a entrada de um homem chamado Guilherme Pontes hoje. Quem autorizou? – O Alessandro a perguntou.

- Sua secretária, Sr. Mellendez, a Manu. – Ela respondeu imediatamente.