“Alessandro”
Dona Margarida maltinha começado a tirar os esqueletos do armário, como dizem, e o pior ela ainda não tinha dito.
- Já faz muito tempo que eu descobri que a Celeste e o Junqueira são amantes. – Quando ouvi isso o meu queixo pregou no chão. – Eles estão nessa indecência já tem uns dez anos. Eu descobri muito por acaso, um dia eu peguei os dois se agarrando na escada de incêndio. Achei aquilo um horror, os dois são casados. Mas não era da minha conta, é a vida particular deles. Mas eu sempre pego os dois se agarrando ou ela ligando pra ele. Eles não sabem que eu sei, nunca me viram e também, eu sou só a copeira, sou invisível, né.
- Não pra mim, Dona Margarida, e nem para o Patrício e a Mari, a senhora sabe. – Segurei sua mão.
- Sei sim, meu filho. Eu troquei as fraldas de vocês! – Ela sorriu. – A Catarina e o Rick também me tratam muito bem. E seus pais também eram pessoas maravilhosas, sempre tiveram respeito e consideração por mim, não mereciam morrer naquele acidente. Sabe que eu nunca entendi porque você mandou pagar para encerrarem a investigação. Eu sei que você sofreu muito e tudo, mas você não querer saber o que realmente aconteceu eu nunca entendi.
Quando Dona Margarida disse isso eu parei de respirar. Meu corpo ficou rígido e meus olhos estavam arregalados. Eu não conseguia nem falar, foi o Patrício que olhou pra mim e se apressou a perguntar.
- Como assim o Alessandro pagou para encerrarem a investigação do acidente?
- Ah, meninos, desculpe falar dessa tristeza. Mas eu sempre fiquei incomodada com isso, muitas vezes eu quis te perguntar por que, mas não tive coragem, pois você estava muito triste.
- O que a senhora viu e ouviu, Dona Margarida? – perguntei com a voz embargada.
- Meu deus, será que o acidente dos meus pais foi provocado? - falei mais conjecturando.
- Tem mais uma coisa. O seu pai andava chegando mais cedo todos os dias com um monte de documentos e estava muito estressado, escutei ele falando sozinho muitas vezes que o Junqueira era uma raposa e que fez ele de bobo. Ele já andava muito bravo com o Junqueira. Na sexta feira antes do acidente, depois do expediente, eu saí mais tarde da empresa porque o meu marido ia me buscar e estava atrasado, eu sempre fico dentro do prédio porque é mais seguro e aproveito a internet pra ver minhas novelas enquanto espero. Mas naquele dia eu escutei o seu pai brigando com o Junqueira na recepção da presidência. Ele despediu o Junqueira, falou que ele era um traidor e que na segunda ia dar a ordem para fazerem a rescisão dele. Eles brigaram feio. Escutei seu pai falar alguma coisa sobre ter provas bem guardadas
- Diante disso, infelizmente há uma possibilidade muito grande, Alessandro, de o acidente dos seus pais não ter sido realmente um acidente. – Alencar falou. – Vou verificar com a sua segurança se conseguimos registros desse policial e vou ver como investigar isso. Tenho alguns contatos que podem ser úteis.
- Faça isso, Alencar. Não deixe pedra sobre pedra. – eu estava atônito. – O quê mais a senhora sabe, Dona Margarida, qualquer coisa agora é importante, sobre qualquer pessoa.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......