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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 768

“Levy”

Desde o momento em que recebi a ligação da Melissa eu pude respirar aliviado. Sabendo onde a minha irmã estava eu poderia ir resgatá-la. Eu tinha que conseguir colocar um pouco de lucidez na cabeça dela. Mas, no momento em que a Melissa parou na frente do hotel eu fiquei nervoso, eu não sabia o que iria encontrar, só podia torcer para conseguir levar a minha irmã de volta.

Nos dirigimos à recepção e informamos que queríamos falar com a hóspede, mas a recepcionista, após tentar, disse que ninguém atendeu, mas se desmanchando em atenção ela acabou dizendo que era estranho, pois a minha irmã não havia saído do hotel e ela tinha certeza porque uma ruiva é fácil de notar.

- Querida, será que nós não podemos subir? Eu gostaria de surpreendê-la e ela deve estar dormindo. – Pedi com jeitinho e jogando um certo charme para a recepcionista.

- Eu não posso permitir sem autorização do hóspede, isso pode dar problema. – A recepcionista respondeu receosa.

- Não vai dar problema, é minha irmã! Olha, meu documento, pra você ficar tranquila. – Eu mostrei a minha identidade e a recepcionista verificou que o que eu dizia era verdade. – Por favor!

- Está bem, podem subir. – Ela sorriu e eu agradeci.

No andar eu bati na porta e aguardei, não houve resposta. Eu insisti e chamei o seu nome. Precisei chamar mais de uma vez e só na terceira eu ouvi a sua resposta, numa voz estrangulada pelo choro.

- Levy? É você, Levy? – A voz da minha irmã veio de dentro. Ela estava chorando.

- Sim, Virgínia, sou eu. Abre a porta! – Pedi com jeitinho.

- Não posso, Levy. Ela me trancou aqui. Levy, me ajuda, pelo amor de deus me ajuda! – A Virgínia chorava enquanto implorava ajuda e eu fiquei louco.

- Eu vou arrombar essa porta! – Eu resolvi, mas a Melissa me segurou.

- Calma, bonitão, vamos ser mais diplomáticos e agir de maneira menos troculenta. – Melissa falou e sorriu. – Me dá um minuto.

Ela caminhou até um quarto no final do corredor, onde havia um quarto aberto e um carrinho de limpeza próximo à porta. Não demorou e a Melissa voltou caminhando com uma arrumadeira, que sorria pra ela, parecendo mais do que feliz em ajudar. A arrumadeira abriu a porta e minha irmã pulou em meus braços.

- Minha irmã, o que está acontecendo? – Perguntei abraçado a ela.

- Me ajuda, Levy! Me tira daqui, por favor! – A Virgínia suplicava ajuda.

- Pega as suas coisas depressa. Vamos sair daqui e depois você me conta o que houve. – Falei e vi minha irmã se virar para dentro.

Ela juntou tudo rapidamente e fechou duas malas. Nós saímos dali e ela parecia querer correr. Ela parecia nem ter visto o Luciano e a Melissa comigo. Entramos no elevador e ela estava muda e cabisbaixa. Usava um conjunto de moletom surrado e chinelos, nem calçou um tênis, tamanha a sua pressa. Seus cabelos ruivos estavam desalinhados e ela tinha o rosto muito vermelho de tanto chorar. Eu me senti doído por vê-la daquela forma e a puxei para um abraço.

Saímos do hotel e entramos no carro da Melissa que nos levou de volta para o hotel onde o Luciano e eu nos hospedamos. Melissa entrou conosco, a Virgínia ainda não tinha dado uma palavra.

- Pronto, Virgínia, você está segura agora. Me conta o que aconteceu? – Pedi com calma, ao colocar as suas malas no armário e me sentar ao seu lado na cama.

- Acho que eu preciso cumprimentar a Melissa e o Luciano. – Foi como se ela tivesse saído de uma espécie de transe.

- Eles estão na sala.

- Você também falou coisas horríveis pra mim e eu estou aqui. Eles são seus pais, é claro que vão te perdoar e te receber de braços abertos. – O Luciano se aproximou.

- Por que você está aqui, Luciano? Depois do quanto eu fui horrível com você? – Ela perguntou e olhou o meu amigo pela primeira vez.

- Você não sabe mesmo? – Ele sorriu pra ela e passou a mão pelo seu rosto.

- Você me perdoa, por tudo de ruim que eu te fiz, que eu te falei? – A Virgínia usou aquelas palavras simples, mas que estavam carregadas de arrependimento.

- Já está esquecido. – O Luciano deu um beijo em sua mão.

- Por que não voltamos pra casa ainda hoje? – Sugeri, eu tinha medo que a minha irmã desistisse.

- Levy, eu gostaria de fazer uma coisa primeiro. – Ela pediu e eu já imaginava o que ela queria, eu tinha que concordar que ela precisava se desculpar com algumas pessoas. – Mel, o Patrício não vai querer falar comigo, mas você acha que o Rick aceitaria me encontrar?

- Acho que sim, o Rick precisa de respostas, Virgínia, e você pode dá-las. Vou falar com ele. Te ligo para avisar. Mas você sabe, ele vai ficar magoado e muito zangado, mas é um direito dele. – Melissa alertou minha irmã e ela estava certa.

- Eu sei, mas eu preciso enfrentar isso. Ah, eu estou sem celular. A Taís ficou com ele quando me trancou no quarto. – Eu senti um alívio ao saber disso, a Taís não teria como procurá-la.

- Não importa. A gente compra outro. – A acalmei. – Liga no meu número, Mel.

Melissa tocou o ombro da minha irmã e a olhou de forma apaziguadora e depois saiu. Minha irmã havia desperdiçado bons amigos e uma vida boa, ela se arrependeria do que fez pelo resto da vida.

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