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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 769

“Melissa”

Eu saí daquele hotel chateada. Era tão difícil ver uma pessoa que havia se perdido tentar juntar os cacos do que foi! A Virgínia teria um longo caminho pela frente, ainda bem que ela tinha um irmão como o Levy, disposto a resgatá-la e alguém como o Luciano, que atravessaria o fogo do inferno por ela. Eu esperava que ela percebesse isso e deixasse que eles se aproximassem. Eu estava disposta a ajudá-la, por isso eu saí dali e fui atrás do Rick.

- Mestra! Que bons ventos te trazem por aqui? – Manu se levantou da sua cadeira para me receber.

- Os ventos da verdade, chaveirinho! – Eu dei um abraço bem apertado na minha amiga.

- Ih! Isso não parece bom. – Ela falou e me indicou uma cadeira.

- É, não é a melhor coisa do mundo, mas vocês me pediram pra investigar uma coisa... – Respondi.

- E você já sabe? – Manu perguntou ansiosa.

- Ai, Manu, eu já sei. Mas vou te dizer, isso me chateou um bocado. É difícil ver uma pessoa que a gente já considerou amiga se destruir. – Eu estava com o humor bem pra baixo.

- Ô, Mel, é tão grave assim? – Manu perguntou e se empertigou na cadeira.

- É triste. Mas todos vão sobreviver. – Fiz um esforço para sorrir. – O Rick está aí?

- Está sim, vou chamá-lo. – Manu se levantou e foi até a sala do Rick, voltando logo em sua companhia.

Nós havíamos acabado de nos cumprimentar e o Alessandro também apareceu.

- Ô, maluca, você já está sabendo o que o palerma aprontou? – O Alessandro me olhou em dúvida.

- Sabendo o quê? – Eu perguntei e meus olhos voaram pra Manu.

- Ih, Mel, as coisas andam agitadas por aqui. – Manu falou e começou a contar o que o palerma do Patrício tinha aprontado, mas eu nem consegui ficar brava com ele, porque eu tinha visto uma Virgínia que precisava muito de ajuda.

- É como dizem, as águas convergem para o mar! – Conjecturei ao ouvir tudo os que eles me contavam sobre aquela manhã agitada no escritório e a Lisandra ter ido parar no hospital.

- O que disse, Mel? – O Rick estreitou os olhos pra mim.

- Quando sair daqui eu vou visitar a Lisa. Mas, Rick, eu tenho um recado pra você. – Olhei bem séria pra ele. – A Virgínia quer te ver. Ela quer te contar umas coisas e quer se desculpar.

- Ela vai me contar porque a Taís foi embora? – O Rick ainda tinha essa ferida pra curar, mesmo depois de tanto tempo. Eu sabia que ele precisava saber a verdade para seguir em frente.

- Vai. Você não vai gostar do que vai ouvir, mas você quer respostas e ela as tem. – Avisei para que ele já pudesse lidar com isso.

- Você também as tem, Mel? – Ele quis saber.

- Tenho, mas se você estiver disposto a falar com ela, acho melhor que ela te conte. – Se ele decidisse não ir, eu teria que contar tudo a ele e era algo que eu não gostaria.

- Eu vou. – Ele olhou para o Alessandro que nem esperou pela pergunta.

- Vai, Rick, vai resolver isso. – O Alessandro compreendeu a ansiedade do amigo.

Informei para o Rick onde encontrar a Virgínia e que ela estava com o Levy e o Luciano. O Rick saiu dali apressado. Depois que ele saiu o Alessandro me encarou.

- O que aconteceu, Mel? – O Alessandro se preocupava com os amigos e eu sabia que o Rick precisaria de apoio, então eu contei tudo para ele e a Manu.

- Então era isso mesmo? A Taís e a Virgínia? – A Manu me olhava como se não acreditasse.

- É, a Taís sempre foi uma pessoa complicada. Mas o Rick sempre foi apaixonado por ela. Eu só espero que ele possa superar isso um dia. – O Alessandro suspirou.

- Eu espero que ele possa superar logo, porque ele já sofreu demais. – Me levantei e peguei a minha bolsa. – Agora eu vou visitar a Lisa e chutar a bunda daquele palerma!

- Vai palerma, vai dar uma voltinha com o seu amigo, eu quero conversar com a minha pupila! – Falei e o Patrício reclamou, deu um beijo na Lisa e se levantou. – Eu ainda vou ter uma conversinha com você! – Avisei quando ele passou por mim.

Eles fecharam a porta e eu me deitei ao lado dela. Ai, como era bom esticar o corpo numa cama confortável depois daquele dia tenso!

- Acho que eu também não me importo de pegar uma infecção de garganta, essa cama é muito confortável! – Falei de olhos fechados.

- Ah, fique à vontade! Quer um antibiótico também? – A Lisa riu e eu fiz uma careta, eu odiava remédios.

- Lisa, eu já sei de tudo o que aconteceu hoje, então vou te poupar. Como você se sente?

- Não sei, Mel. Eu o amo e eu sei que ele me ama, mas ele ainda está ligado a ela e isso me incomoda.

- Entendo. Minha amiga, eu tenho umas coisas pra te contar. Sobre o que você e a Manu pediram pra eu investigar.

- Você conseguiu alguma coisa?

- Consegui tudo. – Passei a hora seguinte contando toda a história para a Lisa. No final ela me olhava com os olhos marejados. – Quê isso? Porque está chorando?

- Porque fico com pena dessa Virgínia, tinha tudo na vida, inclusive o amor, e jogou tudo fora, não soube cuidar. Eu fico com pena do quanto ela deve ser infeliz.

- Ai, Lisa, ela vai superar. Vai levar um tempo, mas ela vai superar. Agora me diz, o que eu faço com essa informação?

- Conta pro Patrício, ele precisa falar com ela.

- Tem certeza?

- Tenho! Eu não quero essa sombra entre nós. – A Lisa estava certa, o Patrício precisava finalizar isso ou a Virgínia seria sempre uma sombra. Então, caberia a mim, contar tudo. – Eu odeio ser o emissário! Vou ficar aqui mais um pouco, depois eu falo com ele.

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