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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 770

“Rick”

Eu saí do escritório depressa, finalmente alguém poderia me dizer o que tinha acontecido com o meu casamento, porque, de repente, a Taís resolveu me deixar, sem dizer nada, sem nenhuma consideração. Na verdade, bem no fundo da minha mente eu tinha um palpite, só não queria acreditar nele, mas tudo levava a crer que a Taís tivesse ido embora por causa de outro homem, principalmente depois que a Mel disse que eu não iria gostar do que iria descobrir.

Mas era melhor saber a verdade logo, talvez encarar a verdade me desse a coragem que eu precisava para seguir em frente, porque eu sabia que não tinha mais volta, a Taís não voltaria pra mim e nem eu queria isso, todo o amor que eu senti por ela um dia já tinha se transformado em decepção.

Finalmente eu saberia a verdade! E, quanto mais eu me aproximava da Virgínia, mais meu coração acelerava, eu cheguei a sentir uma leve dor, como se ele estivesse batendo rápido demais e forte demais dentro do meu peito.

No hotel, a recepcionista disse que eu era esperado e liberou a minha entrada. No caminho que fiz, entre a recepção e a porta daquele quarto, eu senti como se atravessasse o purgatório rumo ao inferno, eu pensei nas piores coisas que eu poderia ouvir. E parado ali diante daquela porta eu senti o meu cérebro simplesmente parar e ficar em branco. Eu tomei um minuto para voltar a me lembrar de respirar e recuperar o equilíbrio, então toquei a campainha.

- Rick! Entra! Minha irmã está te esperando. – O Levy abriu a porta pra mim e falou num tom quase lúgubre.

- Há quanto tempo, Levy! – Eu não consegui sorrir, mas eu tinha respeito pelo Levy, ele era honrado, foi honrado com a Cat e se retirou como um cavalheiro quando percebeu que a Cat e o Alessandro se amavam. Ele não insistiu, saiu de cena, sem truques, sem dramas. Eu respeitava muito isso, falava mais do caráter dele do que qualquer outra coisa.

- É bom te ver, só lamento que seja nessa situação. – Ele bateu a mão no meu ombro e me apontou o caminho.

Entrei numa sala sobriamente decorada, elegante e distinta. Era um dos melhores hotéis da cidade, então a decoração condizia com a fama e o valor cobrado pelas diárias. E eu estava divagando sobre a decoração porque não conseguia mais pensar no que tinha causado o desastre do fim do meu casamento.

- Oi, Rick! – O Luciano estava ao lado da Virgínia e se levantou para me cumprimentar.

Somente depois das amenidades de praxe eu fui até a Virgínia, afinal eu estava ali por uma razão, mas acima de tudo eu era um homem de boa educação e não poderia ignorar os dois homens ali. Ela não olhava pra mim, em momento nenhum levantou a cabeça e isso me fez pensar que talvez o que ela fosse me contar fosse muito pior do que eu imaginei. Eu me sentei ao seu lado e apoiei os braços nos meus joelhos.

- Você não parece bem. – Achei que precisava começar essa conversa de alguma maneira e ela realmente parecia péssima.

- Estou melhor do que mereço, Rick. – A resposta dela foi carregada de tristeza e arrependimento. Então eu me virei para encará-la.

Levei bons minutos para processar tudo o que ela me disse e quando finalmente o meu cérebro voltou a funcionar eu me levantei e caminhei até a porta.

- Você não vai falar nada? – A Virgínia perguntou, ainda chorando, quando eu coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta. Eu me virei lentamente e a olhei mais uma vez.

- Se você está esperando o meu perdão, esquece! Eu nunca poderia perdoar uma traição tão baixa. – Falei com a voz baixa e sem nenhuma emoção.

- Então grita comigo, briga, faz alguma coisa! – Ela me olhava como se não compreendesse a minha reação.

- Não vou fazer nada disso. E não vou fazer simplesmente porque você sequer merece a minha raiva. – Eu me virei e saí daquele quarto, sentindo como se o mundo ruísse sobre os meus pés e eu fosse cair a qualquer momento.

Claro que eu tinha raiva, eu estava enfurecido, quase cego de ódio. Quase. Mas eu ainda enxergava o suficiente para me lembrar que o desprezo é sempre o melhor castigo. Eu não iria descarregar sobre a Virgínia raiva, palavras duras, ofensas. Não, isso aliviaria a sua consciência com a desculpa de que eu não merecia que ela se arrependesse ou se sentisse mal. Ela pensaria que eu era exatamente como elas, insensível, despido de sentimentos bons e isso daria a ela o alívio de consciência que ela queria. Mas eu não era tão bom assim e não daria a ela nem um segundo a menos do sofrimento que ela merecia. Por isso eu simplesmente saí dali e a deixei com os seus demônios. E agora, eu enfrentaria o meu próprio demônio!

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