“Patrício”
Eu saí do quarto da Lisandra quando a Melissa chegou e encontrei o Flávio e o Raul conversando na sala, então me juntei a eles.
- Minha irmã te perdoou muito fácil! – O Flávio reclamou.
- Se conforma, Flávio, ela me ama! – Eu sorri, mas eu não estava assim tão satisfeito comigo e o meu sorriso murchou.
- O que foi? Ainda está preocupado com a sua ex? – O Raul me provocou. Ele estava especulando e ele estava certo em querer saber.
- Não, não é isso. É que eu realmente fui um idiota com a Lisandra e ela me perdoou. Ela é boa demais, às vezes eu sinto que não a mereço. – Eu fui sincero.
- Você não a merece! – O Raul confirmou e eu o olhei. – Mas ela te ama, fazer o quê? Seja grato por receber esse amor desmedido que aquela cabeça de vento tem por você. Ela daria a vida por você, Patrício! Então, não a magoe de novo!
- E eu a amo, Raul! Daria a vida por ela também. – Afirmei. – Mas eu quero merecer todo esse amor que ela me dá.
- Patrício, você é realmente um palerma! Trocou os pés pelas mãos hoje, mas você é até um bom sujeito. – O Flávio sorriu. – Mas eu entendo o que você quer dizer. Eu também quis fazer algo para merecer a baixinha.
- E o que você fez? – Perguntei, talvez eu pudesse copiar a idéia.
- Eu comprei essa casa e me casei com ela! E todos os dias eu a deixo saber que eu sou louco por ela. – O Flávio sorriu satisfeito e olhou o relógio de pulso. – E falando nisso, eu vou buscar a minha baixinha no trabalho, estou morrendo de saudade dela!
O Flávio se levantou para sair e a Paula apareceu e levou o Raul com ela para alguma coisa que ela queria mostrá-lo. Eu fiquei sentado ali por um bom tempo pensando. Até que a Melissa apareceu.
- E aí, palerma, vai me contar o que deu na sua cabeça hoje? – A Melissa se sentou ao meu lado.
- Ai, Mel, nem sei te explicar. – Respirei fundo.
- Patrício eu deveria te dar um bom castigo, sabia! Como você faz uma coisa assim, tão sem sentido? A Virgínia já deixou de ser problema seu há um bom tempo. – Melissa tinha a personalidade como a da minha mãe, defendia os seus com unhas e dentes, e eu sabia que ouviria mais um sermão.
- Eu sei, Mel, mas eu fiquei com pena dela. Ela parecia estar tão perdida, sabe, se afundando em degradação. Era apenas isso que me preocupou, não havia nessa preocupação nenhum resquício de sentimento. Eu fui movido por um sentimento de pesar, uma reação comum a qualquer ser humano decente que vê o outro sofrendo. – Eu tentei explicar.
- E você tem razão, era exatamente isso, ela estava perdida. Mas não era problema seu. – A Melissa me falou mais uma vez o que eu passei a tarde ouvindo de todo mundo e de fato não era problema meu.
- Eu sei, Mel. E não vai se repetir. – Garanti a ela, precisava garantir, a Melissa cuidava das amigas e as defendia.
- Então porque essa cara de quem está preocupado e sofrendo? – Ela me encarou.
- Porque eu estou pensando, eu amo a Lisandra, quero fazê-la feliz, quero merecer o amor dela. Mas eu não sei o que fazer.
- O que fazer? – Melissa parecia não entender o meu anseio.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......