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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 772

“Taís”

O Guilherme precisou sair para correr atrás da tal noiva que os pais dele faziam questão e a Sabrina e eu decidimos almoçar juntas e depois sair um pouco, eu realmente estava gostando da companhia dela. Quando voltamos para o hotel no fim da tarde, eu fui para o meu quarto, com certeza a Virgínia já teria pensado em tudo e estava pronta para ficar comigo e nós teríamos uma noite muito divertida com o Guilherme e a Sabrina. Mas quando abri a porta ela não estava no quarto, a porta da sacada estava aberta, mas ela também não estava lá, assim como não estava no banheiro.

Eu fui tomada de um pânico crescente. Corri até o armário e não tinha nada dela ali, nenhuma das duas malas, nem um fio de cabelo. A única coisa dela que havia restado naquele quarto era o celular que estava comigo e o cheiro do seu perfume no travesseiro.

Mas onde ela havia ido? Como ela conseguiu sair? Só pode ter sido a arrumadeira, mas eu deixei o cartão de “não perturbe” na porta. O que estava acontecendo? Eu senti o pânico me tomar, a garganta apertar como se eu estivesse sufocando e uma dor no estômago como se eu tivesse sido fortemente golpeada ali.

Eu precisava me acalmar, fosse o que fosse, eu tinha certeza que ela não demoraria a voltar, ela cairia na real, se daria conta de que sem mim ela está perdida, porque ela não tem ninguém que a acolha e não tem um centavo. Ela só tem a mim.

Ainda bem que quando ela foi morar comigo eu tive a idéia de abrirmos a conta conjunta e quando eu percebi que ela colocaria tudo a perder eu transferi todo o dinheiro para a minha conta, assim ela estava sem dinheiro e totalmente dependente de mim. Principalmente depois que a família deu as costas pra ela. E eu havia conseguido afastá-la de todos os amigos, inclusive aquele pegajoso do Luciano, que eu sabia muito bem que gostava dela. Mas ela era minha, só minha!

Eu respirei fundo, coloquei o telefone do quarto no lugar e liguei para a recepção. Perguntei por ela, mas o rapaz que me atendeu disse que não a viu sair do hotel e que ela também não havia feito nenhuma solicitação de quarto novo. Mas então, onde ela estaria?

Eu me sentei ali e esperei, esperei, esperei. O tempo ia passando e eu não sabia por onde começar a procurá-la. Eu nem sequer poderia sair dali, pois se ela voltasse e não me encontrasse ela sairia novamente. Eu precisava pensar. E me acalmar. Claro, ela devia estar atrás de uma daquelas quatro, Catarina, Samantha, Melissa ou Manuela. Era isso!

Eu ia me acalmar, sentar e esperar. Ela foi atrás daquele bando de chatos. Mas eles dariam as costas pra ela, eu tinha certeza, principalmente a Melissa, aquela ali se achava a rainha da cocada preta! Sempre a dona da razão, sempre disposta a apontar o dedo e castigar quem ela achava que estivesse errado. Ah, eu tinha certeza de que a Melissa iria humilhá-la, isso se não resolvesse esfregar a cara dela no asfalto, o que era bom pra mim, ela perceberia que só tem a mim. É, eu iria me acalmar, porque ela iria voltar!

Eu estava sentada ali naquele quarto há muito tempo, tanto que já havia escurecido e eu estava ali, chorando no escuro, esperando por ela, quando a campainha tocou.

- É ela! Ela voltou! – Enxuguei as lágrimas com as costas das mãos e corri até a porta, enquanto a abria tateei o interruptor e acendi as luzes ao mesmo tempo em que falava: – Finalmente se deu conta de que só tem a mim?

Olhei para frente, mas não foi a Virgínia que eu vi ali. Parado diante de mim estava o Ricardo, meu quase ex, mas ainda marido. Ele deu um sorriso frio e sem que eu convidasse, ele entrou no quarto e fechou a porta. De repente aquele quarto ficou pequeno demais.

- Como você está enganada, Taís! Mais uma vez você se enganou. – O Ricardo falou e sorriu, mas não era um sorriso doce como ele costumava me dar, não, era um sorriso de desdém.

- O que você quer? – Perguntei beligerante, eu não estava com humor para as cobranças dele.

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