“Patrício”
Depois da reunião na casa do Flávio eu fui pra casa. Estava cansado, mas também ansioso e não consegui dormir. Fiquei andando pela casa, tentei ver alguma coisa na televisão, mas nada prendeu minha atenção, fui pra cama, mas o cheiro dela no travesseiro me deixava ainda mais ansioso e eu só senti um pouco de paz no closet dela, com o álbum de fotos aberto na foto que tiramos no dia em que eu o dei para ela. Ela estava sorrindo e o jeito que me olhava deixava claro que ela me amava e foi a certeza desse amor que me acalmou e me consolou.
Pela manhã eu saí de casa determinado. Eu ficaria de joelhos, imploraria, pediria perdão um milhão de vezes, mas eu não a perderia, não assim, aliás, de jeito nenhum! Chamei o motorista para que me levasse até a casa da Melissa, eu não tinha cabeça para dirigir e precisava pensar, mais do que já tinha pensado a noite toda.
Durante o trajeto eu pensei em milhões de coisas para dizer a ela, pensei nas diversas formas de provar a ela o quanto eu a amava e que meu amor era verdadeiro, que não havia lugar para outra mulher em minha vida. Mas eu também pensei em todas as vezes que eu a magoei e haviam sido muitas ao longo de toda a vida. Eu precisava parar com isso, precisava parar de fazê-la sofrer.
O carro parou em frente ao edifício em que a Melissa morava. Eu já havia estado ali tantas vezes. Em outros tempos eu acompanhei o Alessandro, quando ele buscava o perdão da Cat, e agora eu sabia exatamente como ele se sentia. O porteiro ligou para o apartamento e o medo cresceu em mim, medo de que ela não quisesse me ver, mas ele autorizou a minha entrada e eu senti uma onda de alívio.
A Melissa abriu a porta pra mim, já pronta para sair para o trabalho. Eu havia calculado o horário para estar aqui, não queria chegar muito cedo e acordar todo mundo, mas pensei que o melhor seria chegar antes que a Melissa saísse, pois ela poderia interceder por mim junto a Lisandra, para que ela me escutasse.
- Nossa, você está péssimo! – A Melissa me avaliou e fez sinal para eu entrar.
- Quanta gentileza! Respondi e ela sorriu.
- Vem, vou te preparar um café. – A Melissa caminhou para a cozinha e eu a segui.
- Ela ainda não acordou? – Achei estranho, pois a Lisa acordava cedo.
- Ela acordou muito cedo. – A Melissa me olhou e pareceu pensar no que ia dizer. – Mas ela não está aqui, não mais.
- Como não? Mel, você me disse que eu não viesse ontem, não acredito que vai escondê-la de mim! – Eu protestei.
- Senta, palerma! – Melissa falou com autoridade. – É o seguinte, eu também não sabia. Quando cheguei ontem já estavam todos dormindo e hoje quando saíram eu ainda estava dormindo, mas o Nando me deixou um bilhete.
- E o que diz esse bilhete? – Perguntei sentindo o desespero apertar a minha garganta.
- Diz que ele levaria a Lisa para um lugar onde ela vai passar uns dias. Eu não vou te dizer que lugar é esse e o Nando também não. – Melissa se adiantou. – Mas eu liguei pra Cat. Antes da nossa reunião, o Alessandro se adiantou e deu uns dias de folga pra ela, para que ela esfriasse a cabeça e pensasse. E a Cat disse que a Lisa pensou em ir embora...
- Ela não vai pra Alemanha! Mel, me diz, ela foi pra Alemanha? Porque eu vou atrás dela e a trago de volta! – Eu me agitei e a Melissa fechou os olhos e levantou a mão aberta, como se me dissesse para parar. Só depois que me calei e voltei a me sentar a Melissa voltou a falar.
- Ela pensou em ir embora, mas a Cat contou pra ela sobre quando brigou com o Alessandro e trocou de lugar com o Rick e como isso funcionou, então, parece que a Lisa não vai embora, mas ela precisa de uns dias. – A Melissa completou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......