Entrar Via

Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 849

“Leonel Lancaster”

O Donaldo perdeu o juízo se achava que poderia me enfrentar assim. Esse moleque! Já não era suficiente que a Anabel me causasse tantos problemas? Agora o irmãozinho resolveu se fazer de protetor. Eu estava de péssimo humor, aquele vídeo tinha voltado à tona e deixou a Irina arrasada, uma mulher tão distinta como ela, tendo que abaixar a cabeça por essa humilhação que a Anabel nos causou, era um absurdo.

Eu precisava voltar para casa e ver como ela estava. Quando saí essa manhã ela estava chorando e nervosa, arrasada porque não poderia ir ao clube, pois seria alvo de comentários maldosos. E a pobrezinha da Ilana, uma boa moça que corria o risco de ficar mal falada por culpa da Anabel. Ah, mas quando eu colocasse as mãos na Anabel ela veria só, dessa vez eu não teria clemência.

Saí do escritório e fui para casa, eu chegaria a tempo de almoçar com a Irina e a Ilana. Era isso, eu iria pra casa e passaria o resto do dia com elas, talvez nós pudéssemos organizar uma viagem assim que eu despachasse a Anabel para o sanatório. A Irina precisava descansar de todo esse estresse.

- Papy! – A Ilana veio em minha direção, surpresa por eu estar em casa àquela hora.

Adotar essa garota foi a melhor coisa que fiz, ela sim parecia minha filha, uma moça doce, gentil e digna. Ela sequer pensava em namorados, se comportava como uma freira. Era dois anos mais nova que a Anabel, mas tinha muito mais responsabilidade. Estava estudando finanças, ela seria a minha substituta na empresa quando eu me aposentasse e quando eu morresse seria tudo dela. Aqueles dois ingratos já tinham muito, mas no que eu consegui, eles não tocariam, eles não humilhariam a Ilana e a Irina.

- Querida! Onde está a sua mãe? Eu vim almoçar com vocês. – Eu a abracei e caminhei com ela até o sofá.

- A mamy saiu. Foi a igreja pedir a deus pela alma perdida da Anabel. Coitadinha da mamy, está arrasada, papy! – A Ilana estava preocupada com a mãe e isso tocou o meu coração.

- Ah, querida, nós vamos resolver isso. – Eu tentei acalmá-la. – Ela virá almoçar?

- Não, ela disse que vai passar no orfanato e ficar um pouco com as crianças. Eu queria ir com ela, mas ela queria ir sozinha e fazer suas orações somente com deus. – Minha esposa era uma santa, vivia ajudando os menos favorecidos.

- Sua mãe é uma boa mulher, Ilana. Siga os passos dela. – Falei e a garota sorriu. – Vamos almoçar então?

- Claro, papy. E por que o Don não veio com o senhor? – Ela sempre perguntava pelo Donaldo, eu desconfiava que ela gostasse dele secretamente e eu ficaria feliz se eles se casassem, mas o Donaldo nem olhava para a pobrezinha.

- Porque o Donaldo é um ingrato, assim como a Anabel. – Eu suspirei.

- Ah, papy, ele só está preocupado com ela e não sabe o que fazer, mas quando ele vir que o senhor tomou a decisão certa ele vai voltar a ser bom. – Essa garota era muito inocente e acreditava no lado bom dos outros.

Coitadinha, sofreu nas mãos da Anabel e mesmo assim não guardava rancor. Foram muitas as vezes que a Anabel foi má com ela, batia nela, arrancava as cabeças das bonecas dela, chegou até a cortar os lindos cabelos louros da Ilana por pura inveja!

Não eu não podia permitir que a Anabel voltasse a perturbar a paz da Ilana, tampouco que arrastasse o nome dela para a lama, eu precisava acabar com essa história antes que as pessoas começassem a pensar que a Ilana era como a Anabel somente por serem irmãs.

A Anabel era uma piranhazinha bêbada e mal agradecida. Nem deveria ter nascido, se não fosse aquele intrometido do Átila Fontes, eu teria me livrado dela e da mãe dela muito mais cedo, mas ele tinha que se meter onde não foi chamado e agora eu tinha que lidar com todo esse vexame.

Depois do almoço a Ilana se retirou para estudar em seu quarto e eu fui para a biblioteca esperar a Irina. Uma hora mais tarde a minha mulher chegou. Eu vi pela janela o seu carro parando na frente de casa e saí para encontrá-la.

- Querido, você em casa tão cedo? – Ela ficou surpresa em me ver ali.

- Eu estava preocupado com você e vim almoçar com você e a Ilana. – Respondi antes de lhe dar um beijo na face.

- Ela não vai se esconder por muito tempo.

- Você não vai mudar de idéia, não é, Leonel? Você vai mandá-la para o sanatório, não vai? Você me prometeu! Leonel, eu não posso mais lidar com essa situação, a Anabel vai me matar de tanto desgosto. E imagina se a Ilana fica mal falada por culpa da Anabel? Você não pode permitir isso, Leonel. – A Irina estava nervosa e preocupada e ela tinha razão por estar assim.

- Calma, querida. Eu já te dei a minha palavra, assim que colocar as mãos na Anabel, vou mandá-la para o sanatório que você conseguiu e de lá ela não sairá nunca mais!

- Isso vai me dar paz, Leonel!

- Eu sei, querida.

- Se você tivesse feito isso logo que tudo aconteceu, teria me poupado anos de sofrimento.

- Eu sei, querida, e eu me arrependo por não ter te ouvido naquela época. Você foi a primeira a perceber que a Anabel era desequilibrada.

- Completamente louca, isso sim! – Ela se levantou, estava mesmo muito afetada com essa situação e eu podia entender. – Eu vou falar com a Ilana, ver como ela está, ela é tão sensível, fica tão envergonhada com o comportamento da Anabel.

- Sim, querida, vá vê-la.

Observei enquanto a minha esposa subia a escada. Eu era muito feliz com ela, uma mulher linda, dedicada, fiel, amorosa. Eu fui abençoado por essa mulher tão virtuosa se apaixonar por mim e não me arrependia de nada que eu fiz para ficar com ela. E agora, ela merecia a paz que estava me pedindo, eu mandaria a Anabel para o sanatório como a Irina queria e a manteria trancada lá pelo resto da vida, assim ela nunca mais seria motivo de preocupação. É, talvez eu devesse mandar seguir o Donaldo, como a Irina sugeriu, só por precaução.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque