Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 850

“Irina Lancaster”

Mas esse velho era um idiota, estava cada vez mais chato e mais grudento! Eu só o suportava pelo dinheiro. Mas não seria por muito tempo mais, logo, logo, o meu sofrimento chegaria ao fim, eu não perderia toda a minha beleza esperando que a vida dele se esgotasse naturalmente.

Na verdade, nem era para isso ter durado tanto, mas eu precisava dar um jeito nos filhos dele primeiro ou eu ganharia apenas uma miséria da herança e não tudo, como eu merecia. E o velho demorou demais a aceitar que tinha que mandar a filha para o sanatório. Há anos eu vinha enchendo a cabeça dele, dizendo sempre que a Anabel era louca, que precisava ser internada ou acabaria como a mãe. Ah, mas ela acabaria como a mãe de qualquer jeito.

- Ilana! – Bati e entrei no quarto da minha filha. Ela estava na cama mexendo no celular como sempre. Uma cobrinha, tão ardilosa quanto eu.

- Irina, ainda bem que você chegou. Eu tive que aguentar o velho durante o almoço. – Ela já foi logo reclamando.

- Ah, não reclama, você também precisa fazer a sua parte de sacrifício pra gente manter tudo isso. – Ela que não começasse a reclamar, eu tive que deixar o meu gatinho muito cedo e estava de mau humor. Pelo menos já tinha achado a casa pra ele se mudar. Não era grande coisa, mas era bem melhor que aquele apartamentinho xexelento que ele alugava.

- E por minha parte você quer dizer entreter o velho enquanto você transa com seu amante? – Mas era uma coisinha venenosa essa menina.

- Cala a boca, garota! Acho bom você não esquecer que eu sou sua mãe. – A alertei, mas ela não estava nem aí pra quem eu era. Só me ajudava porque era conveniente pra ela.

- Ah, tá bom! Agora anda, me dá o que é meu. – Ela até demorou a cobrar.

Mas era o nosso trato. Ela me dava cobertura e eu a pagava por isso e por outras coisas. Quando ela me ligou hoje e avisou que o velho estava em casa eu tive que correr. Isso era raro de acontecer, mas eu não poderia simplesmente ignorar e passar a tarde fora.

- Aqui. – Eu tirei da bolsa o envelope com o dinheiro. – Obrigada por me avisar que ele tinha vindo pra casa mais cedo.

- Enquanto você pagar, eu continuo avisando, como sempre. Está tudo aqui, o do vídeo também? – Ela ainda teve a cara de pau de contar o dinheiro para ver se estava certo.

- Está tudo aí, a sua parte, a do hackerzinho que j**a os vídeos na rede pra gente e a da sua amiga que gravou aquele barraco no Clube Social ontem, você entrega pra eles. – Eu avisei.

- Minha amiga é um gênio! – A Ilana riu. – Imagina, viu a Anabel no Clube Social e logo ligou para aquelas duas irem pra lá como se quisesse muito se divertir com elas. Acabou incentivando a velha a fazer aquele barraco e filmou tudo. Pena que de onde ela estava não dava pra ver direito o homem que estava com a Anabel.

- É, mas esse barraco foi maravilhoso pra gente. Esses vídeos voltarem para a internet foram a gota d’água para o velho se decidir. Finalmente nós vamos conseguir o que queríamos. Agora nós precisamos nos preparar. O velho vai mandar a insuportável da Anabel para o sanatório. – Eu me sentei ao seu lado na cama.

- O seu amigo ainda trabalha lá? – Ela guardou o envelope na gaveta do criado mudo.

- Claro, ele ganha um bom dinheiro lá. Mas depois que entrar, a Anabel não vai durar muito, vai se matar igual a mãe... Quer dizer, igual não, né, afinal a mãe dela quis se matar e a Anabel não terá escolha, ela terá que se matar. – Eu ri, pois o meu plano era perfeito.

- Nossa, Irina, você é uma bruxa. – A Ilana riu.

- Eu estou é pensando no nosso futuro. Mas está na hora de você começar a se mexer, até agora o idiota do Donaldo ainda nem percebeu que você existe. – Eu a alertei. Ela teria que conquistar aquele imbecil, só assim conseguiríamos tudo.

- Você disse pra eu ir com calma. – Ela me lembrou, mas isso foi antes.