Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 851

“Ricardo”

No final da manhã e com a ajuda da Anabel eu já tinha organizado toda a minha mudança, agora era só colocar tudo no carro, seriam umas três viagens para levar tudo. E eu pensei que talvez eu devesse trocar o meu carro por uma caminhonete como a do Nando.

- Moça bonita, você vai comigo e eu volto para buscar o resto, mas você já fica no apartamento. Eu não estou muito seguro em te deixar aqui. – Eu falei com a Anabel.

- Mas eu quero te ajudar! – Ela reclamou.

- Mais? Você dobrou tudo o que tinha no closet e guardou nas malas e cuidou de cada par de sapato. – Eu sorri pra ela que tinha trabalhado incansavelmente a manhã inteira me ajudando.

- Eu tenho que dizer, mulheres são loucas por sapatos, mas você, Rick, consegue ser pior. Parece até uma centopéia. Nunca vi tantos sapatos masculinos fora de uma sapataria. – Ela riu da minha pequena obsessão por sapatos italianos de couro e sim era um exagero da minha parte.

- O que eu posso dizer, eu gosto de sapatos.

- Cada doido com a sua mania! Está bem, eu sei que você está me protegendo, então eu fico no apartamento.

Eu fiquei feliz em ouvi-la concordando e a puxei para um beijo, mas o interfone logo tocou, nos interrompendo. Atendi e era o Nando, abri o portão e ele entrou animado cumprimentando a mim e a Anabel.

- Não me diga que está desempregado? – Brinquei com ele, mas estava achando estranho que ele estivesse ali.

- Eu soube que você se mudaria hoje, então aproveitei uma folguinha no escritório e vim te ajudar. Você deveria ter pego a caminhonete comigo. – O Nando era muito atento e solícito e, muitas vezes, a gente nem esperava, mas ele resolvia as coisas ou facilitava a vida de todo mundo.

- Cara, eu só lembrei da sua caminhonete agora, acredita? Mas olha, eu vou concordar com a Mel, você caiu da nuvem por descuido! – Ele era realmente um cara muito do bem.

- Ah, Rick, até você já acha que eu sou um anjo? – Ele riu.

- Você é, meu amigo, você é! – O Nando e a Mel eram tipo um par perfeito, duas pessoas maravilhosas que sempre estavam dispostos a ajudar os outros.

- A Ana vai ficar com ciúmes! – Ele brincou comigo.

- Eu já estou com ciúmes, Nando! Mas eu concordo, você caiu do céu. – A Ana se aproximou.

- Então, meus amigos, aproveitem a ajuda do anjo Nando e mãos a obra. O que temos pra fazer? – Ele também não era nada modesto e eu ri.

- Apenas levar tudo para o apartamento. – Eu declarei.

- Isso é fácil. Abre a garagem, vou colocar a caminhonete dentro, a gente carrega e depois vai. - E assim o Nando havia acabado de facilitar enormemente a minha vida.

Antes de sair, olhei uma última vez para aquela casa que um dia chamei de lar e onde eu pensei que construiria a minha família. Agora, aquele lugar era só uma casa que me abrigou por muito tempo e onde eu vivi dias muito amargos. Então eu olhei para o sofá uma última vês e sim, daquele lugar eu só guardaria na memória os momentos que passei com a Anabel. Eu fechei o portão pela última vez e dei as costas para aquele passado.

Deixamos tudo no apartamento e eu ainda teria tempo de ir para o escritório. O Nando se despediu, pois também voltaria para o trabalho e eu o agradeci pela ajuda de ouro que ele me deu. Conversei com a Anabel e pedi que tivesse cuidado. Então, depois de um banho eu fui para o escritório.

- Rick, como foi a sua mudança? – Foi a primeira coisa que o Alessandro me perguntou quando eu entrei em seu escritório.

- Graças a Anabel e ao Nando, foi bem rápida. Alessandro eu nem sei como te agradecer. – Comecei, mas ele levantou a mão.

- Não agradeça! Somos amigos e os amigos se apóiam. Fica lá o tempo que precisar ou quiser. – Eu era um homem de sorte, tinha ótimos amigos e agora uma namorada incrível. – Eu também preciso de um favor.

- E qual seria? – Claro que eu estava pronto para tudo que ele precisasse.

- Como eu previ, a Mari e o Alencar decidiram se aposentar. – Não foi uma grande surpresa, aqueles dois andavam falando das maravilhas de uma casa no campo, desde que o Patrício se casou.

- A Cat está voltando? – Eu fiquei animado com isso, seria bom ter a Catarina de volta.

- Está, para minha alegria! Ela vai assumir o cargo da Mari. Mas eu preciso de uma nova secretária.

- Uma secretária? – Eu pensei que ele diria que precisava de alguém para substituir o Alencar, aquilo me pegou de surpresa.

- Uma secretária de confiança. Então eu me lembrei que você disse que a Adèle está disponível. Ela cursou secretariado executivo, não foi? – Eu fiquei feliz por ele ter se lembrado da minha irmã mais nova.