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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 860

“Anabel”

Eu acordei me sentindo cheia de energia e dominada por uma sensação de felicidade que eu nunca havia sentido antes, como se eu estivesse completa. Era manhã de sábado e o Rick ficaria em casa comigo e isso me deixava especialmente animada. Mas ele não estava ao meu lado e eu senti aquele friozinho que a ausência do seu corpo junto ao meu sempre deixava.

- Já acordou, moça bonita? – Ele entrou no quarto carregando uma bandeja enorme contendo o café da manhã e eu me surpreendi com o seu gesto.

Ele se aproximou, colocou a bandeja sobre a cama e se ajoelhou para me dar um beijo. Eu não me cansava de admirá-lo, ele era tão lindo e tão gentil, e me deixava de pernas bambas só por me olhar daquele jeito.

- Bom dia, coração! Você roubou a minha idéia! – Eu brinquei e ele riu.

- É, roubei! Hoje é o meu dia de mimar você. – Ele me deu mais um beijo. – Começando pelo café da manhã.

- Olha, eu posso me acostumar com isso e não querer voltar pra casa. – Eu estava brincando com ele, mas os seus olhos me penetraram.

- Eu não vou reclamar disso. – Ele falou naturalmente enquanto servia uma xícara de café. – E já que você gosta tanto assim da minha companhia e que talvez resolva ficar comigo assim, por muito tempo, nós precisamos falar de um assunto que eu adiei a semana inteira.

- E o que seria? – Eu perguntei ao pegar a xícara.

- Eu preciso de uma casa nova. – Ele passou geléia em uma torrada e levou a minha boca para que eu mordesse. Depois que eu mordi ele me observou e se curvou sobre mim para lamber o canto da minha boca. – Hum, muito bom! – Eu ri do seu comentário fofo. – Moça bonita, eu estava de olho em uma casa, mas eu não sei se você vai gostar do lugar.

- Rick, é a sua casa, é você quem tem que gostar. – Eu falei e roubei a torrada da sua mão. Ele suspirou.

- Não, Anabel, não é assim! Talvez você não tenha percebido, mas eu te amo, sabe, por isso eu quero você na minha vida, em tudo o que tenho e em tudo o que eu sou. – Eu sorri como uma boba, adorava ouvir as suas declarações, e ele me encarou. – E você, Anabel, o que você sente por mim?

Eu coloquei a xícara e a torrada sobre a bandeja e tirei a xícara da sua mão e a coloquei junto a minha. Depois, eu subi em seu colo e entrelacei os meus braços em seu pescoço. Ele suspirou e colocou as mãos em minha cintura.

- O que eu sinto por você, Ricardo, ainda não inventaram uma palavra para definir. Eu poderia dizer simplesmente que eu te amo, é a palavra que se encaixa, mas é muito mais do que isso, o que eu sinto é que você é o meu amor, a minha felicidade, a minha sanidade, você é o meu céu, a minha calma, você é meu tudo, a minha própria vida, porque aquilo que eu vivia antes de você, era só um rascunho em preto e branco. Então, meu coração, eu mais do que te amo! É definitivo pra mim, Ricardo, eu quero estar na sua vida e quero você na minha.

Ele pegou a minha mão e depositou um beijo nela, parecia querer me dizer mais, mas parecia tentar controlar alguma emoção.

- O que foi? – Eu perguntei preocupada, vendo milhões de coisas indecifráveis passando pelos seus olhos.

- Você, não tem idéia do que significou pra mim a nossa última noite. – Ele pegou a minha mão e colocou sobre o seu peito, bem sobre o seu coração.

- Me conta, deixa eu saber se foi tão especial pra você como foi pra mim. – Eu estava com o coração acelerado. Foi a primeira vez que eu confiei o suficiente em alguém para ousar tirar o preservativo da equação, a primeira vez que eu sabia que podia confiar, que ele não estaria por aí transando com qualquer uma, apenas comigo.

- O preservativo – ele começou e limpou a garganta –, foi minha primeira vez sem ele. – Seus olhos brilhavam ardentes pra mim e o meu sorriso se alargou.

- Então foi a nossa primeira vez, porque eu também nunca tinha... eu nunca confiei em ninguém como eu confio em você. – Eu não precisei dizer tudo, a expressão dele refletia a minha, nós combinávamos em muitas coisas.

- Minha moça bonita! – Ele me deu um beijo. – Mas eu preciso te alertar, anticoncepcionais podem falhar e sobre isso eu não tenho como te dar garantias.

- Você se preocupa com isso? – Eu estreitei os meus olhos pra ele.

- Me preocupo de que estejamos na mesma sintonia e querendo as mesmas coisas. – Ele estava certo, mas eu queria as mesmas coisas que ele, família, amor, um lar.

- Talvez você deva comprar uma casa maior então. – Eu sugeri.

- Na verdade, até tem. – Eu me lembrei de tios e primos da minha mãe e até dos meus bisavós que tiveram gêmeos.

- Mulher, eu sabia que você era especial! – Ele me jogou na cama e me beijou, me fazendo rir mais. – Mas, o que me diz da casa, está disposta a pelo menos dar uma olhadinha?

- Não! – Eu respondi e a expressão dele despencou, ele queria aquela casa. – Eu não preciso ver a casa. Eu a conheço. Você está falando daquela casa com a fachada de pedra que lembra uma vila italiana, não é?!

- Sim, você conhece? – Ele estava surpreso.

- Conheço. A mulher que morava lá era amiga da minha mãe. Eu estive naquela casa algumas vezes e ela é lindíssima.

- Sim, ela é. Eu senti uma sensação boa lá. Mas, tudo bem, eu te entendo. Vou pedir ao corretor para encontrar outra em outro condomínio.

- E por que você faria isso? – Eu o encarei e ele pareceu confuso. – Aquela casa é perfeita! A família que morava lá era uma família muito feliz e os donos só estão vendendo porque os filhos se casaram e eles decidiram ir morar na França. Rick, eu adoro aquela casa e eu adoro aquele condomínio.

- Mas o seu pai...? – Ele me olhou confuso.

- Já passou da hora de acabar com esse poder que o meu pai tem sobre mim. Eu não vou me esconder pra sempre, é só até o seu pai chegar, eu sei que ele vai me ajudar a me livrar disso. – Eu estava determinada, eu tinha que enfrentar esse medo.

- Você tem certeza? – Ele insistiu e me pareceu mais preocupado que antes.

- Sim! Assim como eu tenho certeza que eu te amo! – Eu o beijei, disposta a acabar com as dúvidas dele. Por mim, o assunto da casa estava superado.

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