Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 870

“Donaldo”

Era um grande dia o que eu tinha pela frente. Eu tinha que colocar muitas coisas em ordem. Enquanto subia pelo elevador ao lado do Átila e do Dr. Romeu, olhei para o relógio no meu pulso, ele havia sido do meu avô materno.

- Calma, rapaz, nós teremos uma batalha pela frente e será brutal, você precisa estar calmo. – O Átila me aconselhou e ele tinha razão, mas eu estava acumulando anos de frustração e raiva, isso estava fervendo em mim como uma panela de pressão prestes a explodir. E depois de tudo o que eu descobri no dia anterior, eu podia sentir tudo isso borbulhar.

- Átila, vai ser difícil me controlar. Eu me afastei por anos para não ter que lidar com a merda dele e quando voltei acabei me afastando de casa e deixando a minha irmã à mercê dele, tem muito pouco tempo que eu tomei consciência dos abusos que ela sofreu e eu me culpo por isso, e eu sinto uma raiva crescendo dentro de mim por tudo o que ele já fez com ela e... – eu respirei fundo – ...com a minha mãe. E eu não protegi nenhuma das duas.

- Você fez o que pôde, Don. Pense que você precisou se afastar para não ser atingido e conseguir se tornar um homem forte que pode lidar com ele agora. – O Átila colocou a mão em meu ombro e eu senti muita segurança nele, eu poderia mesmo confiar nesse homem. – Nós estamos com você e não deixaremos que você perca o controle, você não é como ele.

- Lembre-se, Donaldo, não caia nas provocações, não dê munição a ele. – O Dr. Romeu me alertou mais uma vez sobre algo que já havíamos conversado antes de entrar na empresa.

O elevador se abriu e nós saímos. Eu caminhei até a mesa da secretária e ela sorriu pra mim. A D. Mirtes odiava o meu pai, mas se mantinha firme ali para me ajudar.

- Mirtes, a sala de reunião está pronta? - Eu perguntei baixo.

- Sim e já estão todos lá. Só falta o diabo. – Ela estava quase sussurrando. – Mas vou te avisar, ele recebeu uma carta e está furioso!

Eu apenas sorri, eu sabia do que se tratava.

- Ótimo! Nós vamos entrar e daqui a vinte minutos você o manda pra lá. – Eu pedi e ela concordou.

Nós entramos na sala de reunião e estavam ali todos os diretores da empresa e os conselheiros. Eu fechei a porta e apresentei os meus acompanhantes. Mostrei os documentos a eles e expliquei a situação. Como eu esperava, essa parte foi bem fácil, não havia o que discutir, diante dos documentos e do estatuto, a questão era muito simples, eu assumiria a presidência, o Átila assumiria as funções da Anabel enquanto fosse seu representante e eu o nomearia meu vice presidente, como previa o estatuto que eu poderia fazer, e o meu pai... aaah, por mim o Leonel podia ir para a puta que pariu! Mas eu não podia dizer isso, então disse que se quisesse ele poderia ter uma sala e ser um observador da empresa.

Exatos vinte minutos depois o Leonel entrou na sala. Nós estávamos apenas esperando por ele. Ele estava mesmo parecendo perturbado e ficou ainda mais quando olhou ao redor e viu todos ali reunidos, mas seus olhos viraram duas bolas de fogo quando ele viu o Átila Fontes que abriu um grande sorriso de quem ia foder com a vida dele.

- Que porra é essa? O QUE ESSE CRETINO ARROGANTE ESTÁ FAZENDO AQUI? – Meu pai gritou com os olhos cravados no Átila que deu uma gargalhada.

- Está falando de você mesmo, Leonel? – O Átila o provocou e eu fiquei observando a interação dos dois, deixaria que o Átila se divertisse, ele merecia.

- Seu cachorro maldito, o que você está fazendo na minha empresa? – Meu pai caminhou em direção ao Átila que estava sentado a minha direita.

- Auto lá, papai! – Eu sorri. – A empresa é nossa!

- Cala a sua boca, Donaldo! Com você eu me entendo depois. E sai da minha cadeira. – O velho estava espumando nos cantos da boca de tanta raiva.

- Ih, pai, você está muito mal informado. Mas vem, se senta aqui na sua nova cadeira que nós vamos te contar as novidades. – Falei num tom sarcástico, como se estivesse bem humorado.

- Não brinca comigo, moleque! Você me conhece muito bem e sabe que não é bom brincar comigo. – Ele estava tentando me intimidar, mas não conseguiria.