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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 876

“Leonel”

Eu passei o dia sendo bombardeado de más notícias e agora aquele advogado mequetrefe sentado em minha frente nem sabia por onde começar a resolver os meus problemas.

- Para quê eu te paguei todos esses anos? – Eu bati a mão na mesa. – Você nem consegue me dar uma solução para os meus problemas!

Eu estava sem um pingo de paciência quando o meu celular tocou. Eu não reconheci o número e não atendi, mas o telefone tocou de novo e com certeza não deixaria de tocar enquanto eu não atendesse.

- Alô. – Eu atendi e esfreguei a testa com a mão, uma leve dor de cabeça começava a me incomodar.

- Sr. Leonel? – A voz grossa do outro lado perguntou.

- Sim, sou eu. Quem é? – Só me faltava agora, além das cartas e e-mails anônimos, eu começar a receber ligações anônimas também.

- Delegado Flávio Moreno. A sua filha está detida em minha delegacia, eu vou passar o telefone para que ela fale com o senhor. – Ah, mas só me faltava agora a Anabel ter sido presa, para arrastar ainda mais o meu sobrenome na lama!

Ouvi o delegado falar com ela que eu estava na linha e quando eu ouvi aquela voz fininha falar “pa...” eu já descarreguei a minha raiva.

- QUAL FOI A MERDA QUE VOCÊ FEZ PARA ESTAR EM UMA DELEGACIA, SUA FILHA DA PUTA? – Eu gritei cheio de ódio, mas então eu me lembrei, ela estava presa e eu poderia colocar as mãos nela agora!

- Pa-pa-papy, não grita comigo, não foi minha culpa. – Ouvi a voz chorosa da Ilana do outro lado da linha.

- Ilana? Ilana, é você? Filha o que você está fazendo aí? – Eu me preocupei imediatamente, como a Ilana foi parar em uma delegacia?

- Papy, foi tudo culpa da Anabel! Ela armou pra mim, contou um monte de mentiras e fez eu ser presa, papy! – Ela começou a chorar enquanto falava e eu mal compreendia.

- Filha, calma! Eu estou indo com o advogado pra tirar você daí! – Eu tentei acalmá-la, mas ela estava chorando muito. O delegado pegou o telefone e me informou qual era a delegacia antes de desligar.

- Mas hoje parece que o mundo está desabando na minha cabeça! Anda, Isidoro, vamos para a delegacia, a Ilana está detida. – Eu falei e a Irina vinha entrando e já começou a gritar.

- MINHA FILHA, DETIDA? QUE HISTÓRIA É ESSA LEONEL? CADÊ A ILANA? – A Irina ficou histérica, mas eu já estava nervoso demais para aguentar uma mulher gritando nos meus ouvidos.

- CHEGA, IRINA! É melhor você parar de gritar! Se quiser saber, vem e no caminho eu te explico, mas eu também não sei muito. – Eu gritei e ela se assustou com a minha explosão de raiva.

Nós saímos de casa e no caminho eu expliquei para a Irina o que a Ilana disse.

- Está vendo, Leonel? Olha o que a Anabel está fazendo com a nossa filha! Se você tivesse me ouvido e mandado essa louca para o sanatório quando ela foi flagrada na cama com o pai da amiga, isso não estaria acontecendo! É tudo culpa da Anabel. – A Irina chorava e estava nervosa.

Durante todo o caminho até a delegacia a Irina falou e chorou e reclamou porque eu não mandei a Anabel para o sanatório logo que a mãe dela morreu. Eu já estava me arrependendo de tê-la levado comigo.

Enquanto a Irina dava o seu escândalo, eu fiquei pensando que a Anabel devia estar na delegacia e eu finalmente colocaria as minhas mãos naquela depravada. Ela me pagaria muito caro pela traição que me fez e por ter colocado o Donaldo contra mim. Talvez o sanatório fosse pouco para ela.

Entramos na delegacia e um policial nos levou até a sala do delegado. Eu ia bater na porta, mas não tinha porta ali, o que eu achei bem estranho.

- Tudo bem, Isidoro! Mas saia daí de dentro com a Ilana e com a Anabel, porque a Ilana falou que isso foi armação da Anabel e eu tenho certeza que aquela cadelinha está aí dentro. – Eu ordenei e o Isidoro me deu as costas e voltou para a sala do delegado.

Quando eu me virei eu vi o Donaldo entrando na delegacia, acompanhando uma moça de uma beleza realmente marcante, com feições delicadas e olhos que pareciam duas estrelas de tão brilhantes. Ela tinha os braços enfaixados do ombro até os punhos e o Donaldo a conduzia com a mão na base da sua coluna, com uma intimidade que me chamou a atenção.

- Donaldo, você já soube. – Eu me virei para ele.

- Claro que eu soube! Sua queridinha passou dos limites, atacar a Anabel com um canivete foi demais até para vocês. – Ele me respondeu belicoso. – E está vendo isso aqui? – Ele apontou para os braços da moça ao seu lado. – Obra da sua filhinha, Irina!

- Que calúnia! A minha filha é incapaz de fazer mal a uma mosca! – A Irina respondeu e eu a apoiei.

- Vocês se merecem! – O Donaldo respondeu. – Vamos, meu bem, o delegado está nos esperando. – Ele falou com a moça e ela sorriu para ele, então nos deram as costas.

- Sabe, moça – eu chamei e eles se viraram –, você é mesmo muito bonita, mas não se iluda com ele, daqui há uma semana ele te larga. Você não é a mulher certa pra ele e ele sabe.

A jovem caminhou em minha direção com um sorriso e parou em minha frente. Tombou a cabeça de lado e quando falou, apesar da voz doce, mostrou que não era frágil e indefesa como a sua imagem a fazia parecer.

- Sabe, senhor, eu não pedi a sua opinião, então guarde-a para o senhor. Sabe como é, noção é artigo de luxo, fica a dica. – Ela me deu as costas e caminhou em direção ao Donaldo que estava rindo.

- Eu vou acabar com a felicidade do Donaldo! Ah, mas pode apostar que eu vou! – Eu falei entre os dentes e cerrei minhas mãos em punhos nas laterais do meu corpo.

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