“Irina”
Aquele velho insuportável! Que ódio eu sinto dele, que ódio! Eu estava andando de um lado para o outro no quarto. O Leonel estava atrás de mim como um cachorro no cio, querendo transar o tempo todo, parecendo um adolescente cheio de hormônios.
De onde ele tirava tanta energia? Como esse velho conseguia ficar de pau duro por tanto tempo? Eu estava desconfiada que ele tomava estimulantes, mas eu já tinha vasculhado tudo e não encontrei nenhum remédio, olhei na casa inteira, até na biblioteca e nada. Esse homem era mais forte que um touro!
Ontem pelo menos eu consegui ir ver o Lucas, foi rápido, mas eu aproveitei que o Leonel saiu para fazer aquele exame de DNA e fui ver o meu lindinho. Aquilo sim que era homem! Gostosinho, novinho, com um pauzão! Não essa coisa torta e mixuruca que o Leonel tinha no meio das pernas. E era só porque era um pauzinho pequeno e fino que eu ainda não estava toda esfolada! E os beijos? Ah, minha nossa, o Leonel parece um cachorro velho que baba em tudo, coisa horrível! Eu já estava enojada dele.
Quando eu me tornei amante desse velho tarado eu tinha objetivos muito claros, eu me casaria com ele e arrancaria tudo o que ele tivesse. O idiota caiu como um patinho, ainda achava que eu era apaixonada por ele. Ai, que ridículo! Mas aí eu descobri que quem tinha dinheiro não era ele, era a mulher, e ele não se divorciaria daquela pobre coitada nunca, ele também não queria perder a grana. Ele não tinha nada, nem o sobrenome era dele.
Porém, quando eu descobri isso, eu já tinha investido muito tempo e dinheiro nesse velho, ele tinha que dar algum retorno. Aí eu descobri que ele detestava a mulher, sei lá porquê, mas ela era um saco de pancadas. No entanto, ele nunca a deixaria, porque se deixasse ficaria sem nada e sem nada ele também não me interessava.
O que eu podia fazer? Também não queria as migalhas por ser a amante. Procurei um advogado e ele me informou tudo direitinho, um divórcio deixaria o Leonel sem absolutamente nada, até mesmo sem o sobrenome importante. Mas se ele ficasse viúvo, aí a coisa era outra. Se ele ficasse viúvo ele ficaria com a metade de tudo. Mas o advogado não era dos mais brilhantes e esqueceu de me avisar que se houvesse um testamento o Leonel poderia ficar sem nada também.
Bom, eu fiz o que precisava fazer. O Leonel se encarregou do resto e, como eu tinha certeza que aconteceria, ele se casou comigo tão logo ficou viúvo. Mas aí as coisas não ficaram tão boas quanto eu imaginei. Ainda tinha a imprestável da Anabel no meu caminho e também tinha o Donaldo, mas esse eu tinha planos para ele.
Eu precisava me livrar da Anabel e percebi que o velho não gostava dela, ele fingia que ela não existia, mas quando a Ilana começou a aprontar para tomar as coisas da Anabel, o velho começou a tratar a garota como o novo saco de pancadas, ele batia nela por qualquer coisa e também não se importava que eu a castigasse. Eu nunca entendi porque ele não gostava da própria filha, mas ele não gostava e tratava a minha como uma princesa.
Com o Donaldo era outra coisa, ele gostava do rapaz, mas quando o Donaldo passou a se meter na forma como ele tratava a Anabel, os dois começaram a brigar. Mas eu queria casar a Ilana com o Donaldo e coloquei essa idéia na cabeça do velho, assim, nós controlaríamos pai e filho e o dinheiro dos dois.
Já a Anabel, dessa eu só queria o dinheiro e comecei a fazer a cabeça do velho para enviá-la para um sanatório. Daquele lugar ela não sairia viva! E tudo o que era dela viria parar na minha mão. Era perfeito!
O problema é que as coisas estavam demorando muito e eu já não estava suportando esse velho. Eu só aguentava porque sempre tinha um amante novo para me distrair, mas agora que esse velho estava passando tanto tempo em casa e estava atrapalhando a minha vida, eu tinha que acelerar as coisas, eu não suportaria isso por muito tempo. E falando nisso, deixa eu escapar para ir ver o meu novinho.
Peguei a bolsa sobre a cadeira e saí do quarto, desci as escadas devagar, prestando bastante atenção para não ser vista pelo velho. Eu sairia pela cozinha, assim nem passaria pela porta da biblioteca. Desci a escada e não vi nem sinal do velho por ali. Me virei em direção a cozinha e já estava quase chegando lá quando ouvi a voz dele atrás de mim.
- Irinaaa! – Ele chamou como se estivéssemos brincando de esconde esconde. – Onde a minha esposa vai assim tão bonita e saindo sem se despedir.
Eu fechei os olhos antes de me virar, precisava pensar em alguma coisa rápido.
- Querido, imagina se eu sairia sem me despedir de você? Claro que não! Eu só ia passar pela cozinha primeiro, para dar as ordens do almoço às empregadas, e depois eu passaria na biblioteca para te dar um beijinho. – Eu me virei e caminhei em direção a ele, me obrigando a sorrir.
- Não se preocupe com o almoço, querida, eu dispensei os empregados. E onde você vai? – Ele perguntou, passando a mão em meu pescoço e jogando o meu cabelo para trás.
- À igreja e depois ao orfanato, como sempre. Você sabe o quanto isso me faz bem. – Eu estava sorrindo, mas por dentro eu me imaginava apertando o pescoço dele até a morte.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......