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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 903

“Ilana”

Como eu pude ser tão idiota! O Isidoro tinha me passado a perna e agora estava fazendo comigo o que bem entendia. Ele não conseguiu impedir que o Vladimir me entregasse e ainda estava me chantageando, ameaçando colocar a história todinha no colo do velho se eu não fizesse tudo o que ele queria. E pior, quando a história do nerd chegasse ao ouvido do velho eu estava ferrada! Eu precisava dar um jeito de me livrar do Isidoro. Talvez eu pudesse me livrar dele e jogar a culpa na Anabel. Eu precisava pensar em uma solução.

E pra piorar, além de lidar com os meus problemas, a minha mãe ainda achava que eu tinha que ajudar com os dela. Eu não sei o que deu na cabeça dela para me mandar essa mensagem, me mandando ir até a casa do amante dela e explicar que ela não poderia ir encontrá-lo. Mas ela mandou um “eu pago” no final da mensagem que me convenceu.

Eu estacionei e desci do carro, toquei o interfone e esperei.

- Quem é? – A voz masculina e brusca me assustou.

- A Irina me mandou. – Respondi e o portão se abriu.

Eu fui entrando e encontrei o homem parado à porta. Ele estava apenas de cueca. Eu olhei bem e percebi que o amante da minha mãe deveria ter a minha idade ou talvez só um pouco mais. Ele me observou e quando eu parei em sua frente, ele se mexeu e fez um gesto para eu entrar.

- Então a Irina te mandou. – Ele falou enquanto fechava a porta. – É, gostei! Uma versão dela mais jovem, mais gostosinha.

Ele deu a volta em mim e eu pensei que talvez ele não tivesse entendido o que eu estava fazendo ali. Eu achei a situação interessante. O amante da minha mãe não era um cara malhado, ele era magro e esguio, tinha feições quase delicadas.

- Vem, vamos lá pra cima. – Ele chamou e eu o segui.

Eu veria no que isso ia dar. Daria o recado depois e se a minha mãe não gostasse, bem, foi ela quem me mandou aqui.

O cômodo onde entramos era grande, tinha uma enorme clarabóia no teto e era decorado com tapetes, um sofá e muitas almofadas. Havia um material de pintura em um canto e algumas telas no outro.

- A Irina faz tudo mesmo para me agradar. – Ele riu, tirou a cueca e se sentou no sofá bem à vontade. – Vamos ver o que você sabe fazer, bonitinha.

Eu quase ri, o amante da minha mãe era um idiota! Ele pensou que ela tinha me mandado ali para... ah, mas isso ia ser divertido! Mas, já que ele estava disposto e minha mãezinha estava muito ocupada, porque não agradá-lo, deixá-lo bem felizinho com a amante? Eu tinha que reconhecer que ele era bem dotado. E era jovem! Era muito melhor que o Isidoro que eu estava tendo que suportar.

- Vamos ver o que você sabe fazer com isso aí! – Eu o desafiei e os olhos dele brilharam.

No fim da tarde eu tinha entendido porque a minha mãe havia comprado uma casa para o amante. O Lucas era um pintor deplorável, mas era um amante delicioso!

Nós nos divertimos muito a tarde inteira. E então, antes de ir embora, eu decidi dar o recado.

- Minha mãe mandou dizer que está complicado aparecer esses dias, mas é para você se comportar que ela vai depositar um agradinho para você. – Eu avisei quando acabei de vestir a roupa.

- Quem é sua mãe? – Ele me olhou confuso, ainda nu no sofá. Mas ele não era mesmo um Einstein!

- Quem deveria vir aqui se encontrar com você, Lucas? A Irina, tonto, ela é minha mãe! – Eu falei e o idiota começou a rir.

- Olha, eu já vi algumas coisas na vida, mas a mãe mandar a filha trepar no lugar dela é a primeira vez! – Ele era idiota e divertido, então eu ri com ele, mas tive que estragar a sua diversão.

- Ela me mandou apenas dar o recado, o resto, foi você quem entendeu errado! – Eu ri e ele ficou branco.

- Sua puta! Você me enganou! E agora? Eu preciso da coroa pra pagar as contas. Você não vai contar pra ela. – Ele pulou do sofá desesperado.

- Mas de jeito nenhum, querida, eu me preocupo com você, quero saber o que o Isidoro tem para dizer. – O Leonel respondeu de forma muito amável como sempre.

- Papy, deixa eu conversar com o doutor e depois eu te conto tudinho! – Eu me aproximei e falei no tom mais carinhoso que eu consegui.

- Não, filhinha, vem, senta aqui! Deixa o papy te apoiar. – Ele me puxou para sentar ao seu lado.

- Mas papy, assim parece que eu ainda sou criança. Por favor? – Eu choraminguei. Mas eu ia matar o Isidoro.

- Leonel, a Ilana tem razão. Ela é uma moça bem inteligente, eu vou explicar tudo pra ela, cada passo que nós vamos dar e como vai funcionar, depois ela te conta. Deixa a moça ser independente, Leonel. – O Isidoro falou de forma confiante e o Leonel pareceu pensar.

- Ah, tudo bem! Mas depois você me conta tudo, querida! Vocês podem usar a biblioteca.

- Não, papy, se o doutor não se importar, nós vamos conversar no jardim. A noite está tão quente!

- Ótima idéia! – O Isidoro se levantou e nós saímos da casa.

Assim que nos afastamos em direção à piscina ele olhou em volta e me puxou pelo cabelo para a sauna.

- Você pensou que se livraria de mim assim, mimadinha? Mas não mesmo! Olha isso aqui! – Ele me mostrou no celular um vídeo da noite na casa dele, quando eu me ofereci em pagamento. O filho da puta tinha gravado tudo. – Agora você vai cumprir a sua obrigação!

Eu não tive como escapar. Aquele velho idiota me prendeu na minha própria armadilha! Eu daria a ele o que ele queria, mas ele ia me pagar caro por isso.

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