“Melissa”
O Flávio e eu estávamos ali, esperando que a cúmplice da Ilana nos entregasse as armações da amiguinha. Ela não era boba, sabia que estava em uma situação delicada e que a Ilana não salvaria a pele dela se fosse o contrário, porque a Ilana era o tipo de pessoa que só se preocupava consigo mesma. A Viviane nos encarou, como se pensasse por um momento no que deveria dizer. Ela hesitou pelo que pareceu uma eternidade, eu já estava a ponto de perder a paciência, então ela olhou de um lado para o outro, respirou fundo e finalmente decidiu falar.
- Eu estava lá o tempo todo! Eu transei com um deles... talvez mais de um... droga, a Ilana pagou bem pra fazer o vídeo! – Ela falou como se isso justificasse os seus atos e nos fizesse ter empatia pela causa dela. – Os caras não tocaram na Anabel. Um deles filmou, para que parecesse que era a Anabel com os caras, mas era eu. Eles pesaram a mão no “boa noite cinderela” e ela apagou totalmente, estava como se estivesse morta. Aquele quarto virou o quarto da orgia, mas ela só estava apagada lá, não viu nada e não fez nada. Depois, fui eu quem tirou a roupa dela e a deixei lá, no meio dos caras. Eu fiquei escondida e filmei a cena dela nua no meio deles e o que aconteceu quando ela acordou. Nossa, ela ficou apavorada! Mas ninguém tocou nela, eu juro. Eu reclamei com a Ilana, ela tinha ido longe demais, mas estava feito.
- Que nojo de vocês! – Eu comentei.
- Você não sabe o que é precisar de dinheiro, Melissa! – A Viviane ainda achava que tinha justificativa.
- E você não sabe o que é ter dignidade, Viviane! – Eu retruquei.
- Eu quero os nomes dos caras que participaram disso e tudo o que você souber deles. E dos caras que te viram na outra festa também. – O Flávio exigiu.
E ela contou tudo. Pra nossa sorte ainda tinha contato com um dos caras e passou o endereço e o número do telefone dele.
- E agora nós queremos saber o que a Ilana foi fazer na sua casa hoje. – O Flávio não deixou de perguntar nada e a Viviane o encarou surpresa.
- Como vocês... a polícia está me vigiando. Que merda! – Ela se deu conta.
- Pois é, filhinha, então vai conta. – O Flávio estava começando a ficar impaciente ou só estava irritado mesmo com a falta de caráter daquela fulaninha.
- Ela quer repetir a cena que fizemos com o pai da ex amiga da Anabel. Só que agora vai ser com o advogado do pai dela. – Ela falou simplesmente.
- E você topou? – Eu perguntei e ela deu de ombros confirmando. – Você não é amante do outro cara? Vai repetir a cena com o amigo dele? – Eu olhei aquilo sem acreditar.
- Não, não, a Ilana me garantiu que eles não se conhecem, que o meu sugar daddy não vai ficar sabendo. – Ela era idiota por acreditar naquela cobra.
- Minha filha, os dois jogam tênis juntos todo sábado de manhã. Vai por mim, eu não tenho porque mentir. – Eu a alertei.
- Ah, mas aquela vaca me paga! Bem que eu achei estranha a história, eu até falei pra ela que isso era básico demais. E, vai por mim, a Ilana não é básica, quando ela armou o lance na festa da faculdade ela disse que tinha que ser maior que o primeiro, que sempre tinha que ser melhor que o anterior. – Ela dizer isso acendeu um alerta na minha cabeça, tinha mais coisa aí.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......