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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 964

“Irina”

Isso não podia estar acontecendo, como eles tinham descoberto isso? Como eles descobriram que o Leonel falsificou aquele testamento? Não, eles não iam me tirar a minha casa, não depois de tudo o que eu tive que fazer e suportar, não essa casa era minha por direito, eu a havia conquistado. Eu olhei o papel que o oficial de justiça me entregou sem acreditar.

- Não, não, tem algum engano aqui. – Eu me recusava a acreditar naquilo, o Leonel me garantiu que jamais descobririam a fraude, que ele mesmo destruiu o testamento verdadeiro.

- Engano nenhum senhora. A senhora deve deixar a casa imediatamente e com a roupa do corpo. Inclusive, essas jóias que está usando, a senhora precisa me entregar. – O Oficial me encarava e ele não parecia ser um homem muito paciente.

- Vocês estão muito enganados se pensam que eu vou sair daqui assim. – Eu alterei a minha voz, eu ia me impor ali, eu não sairia de cabeça baixa como uma perdedora. – Essa armação é coisa sua, não é Donaldo? Sua e dessa ordinária da sua irmã!

- Não ofenda a minha irmã de novo ou eu posso esquecer que eu sou um cavalheiro. – O Donaldo me encarou, o rosto fechado em uma expressão severa, havia raiva ali, muita raiva.

- Vocês não vão tirar o que é meu! Essa casa é minha! Amanhã eu assino o divórcio, me livro do quase defunto e vou levar metade de tudo o que ele tem, inclusive essa casa! – Eu estava furiosa! Logo agora que eu poderia ter ficado com tudo o imbecil do Leonel resolveu se divorciar e eu ficaria só com a metade, mas como se não bastasse, agora me apareceu o Donaldo me dizendo que eu não ficaria com nada? Ah, mas isso eu não aceitaria.

- Acorda, vadia! Nada aqui é seu, nunca foi. Você vai sim levar metade de tudo o que o Leonel tem, você vai levar metade de nada, ou seja, não vai levar nada. – O Donaldo deu uma risada ao terminar de falar. – Eu vou ter, Irina, muito prazer em pegar as roupinhas que você acha que são suas, todas essas peças grifadas e caras, e levar para aquele orfanato que você dizia que ajudava, quando na verdade estava pulando na cama dos seus amantes.

- Você não vai tocar nas minhas roupas! – Eu aumentei ainda mais a voz, já estava quase gritando, mas parecia que eles não ouviam.

- Para de show, Irina! Você já sabe que nada aqui é seu. – A Anabel resolveu me enfrentar. Aquela insignificante achou mesmo que poderia me enfrentar? Mas não podia.

- Ah, olha como a ordinária está corajosa! – Eu dei dois passos em sua direção, louca para espancar aquele rostinho de boneca como eu já tinha feito tantas vezes quando ela morava comigo, mas o Ricardo entrou na frente.

- Se der mais um passo eu mesmo te arrasto até a sarjeta pelos cabelos. – O Ricardo me ameaçou e conseguiu tirar o meu foco da Anabel.

- Foi você, não foi, Ricardo? Você acabou com a minha vida! MALDITA HORA QUE EU ENTREI NAQUELA CASA! – Eu comecei a gritar. Eu tinha certeza de que ele tinha contado ao Leonel sobre o Lucas. – VOCE ME DISSE QUE NÃO SE LEMBRAVA DE MIM.

- Mas além de piranha é burra! – O Donaldo riu. – É claro que o Rick te reconheceu, mas fui eu quem contou ao meu pai sobre o seu amante de fraldas!

- Seu cretino! – Eu parti pra cima do Donaldo, mas senti a minha cabeça ser puxada pra trás, alguém estava puxando o meu cabelo.

- Vocês dão muita atenção pra essas vagabundas! – Uma mulher que eu não conhecia falou, vestida com um terno preto e camisa branca, estava me segurando pelos cabelos e de uma forma que eu nem conseguia me virar para acertá-la. – Podemos jogar na sarjeta agora?

- Agora a senhora pode ir. Policiais, acompanhem a senhora até a saída. – O oficial de justiça informou e os policiais se aproximaram. Era mais uma humilhação que essa família horrorosa me fazia passar.

- Eu não posso mesmo levá-la, Sávio? – A mulher de terno perguntou.

- Não, Sandra! – O oficial respondeu tentando ficar sério, mas estava na cara que estava se divertindo com a minha tragédia.

Eu saí daquela casa, a minha casa, escoltada por dois policiais, eles me colocaram na viatura dizendo que me escoltariam até o lado de fora do condomínio. Eu dei uma última olhada para aquele lugar, o lugar que eu lutei tanto para conseguir.

Quando eles me deixaram do lado de fora do condomínio, eu não sabia o que deveria fazer para reaver o que era meu. Nem o celular eles deixaram comigo, eu não tinha nem um centavo no bolso. Ainda bem que eu tinha para onde ir.

Eu dei sinal para um taxi e pedi para que ele me levasse para casa, a minha outra casa, a que eu havia comprado para o Lucas. Lá ele que pagasse o taxi, eu tinha dado dinheiro a ele na semana anterior e foi uma boa quantia, com certeza ele ainda tinha algum.

Eu me recostei no banco e fechei os olhos. Estava me sentindo tão cansada e por causa daquele puxão de cabelo, agora eu estava com dor de cabeça. Eu iria para aquela casinha chechelenta e no dia seguinte eu falaria com o advogado para resolver essa situação.

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