Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 965

“Taís”

Aquela troglodita metida a segurança, naquele dia em que eu fui ao condomínio, quebrou meu dente de novo! Quer dizer, o meu não, o dente da dentadura que eu estava usando. O pior é que eu fui lá naquele dentista mequetrefe para arrumar essa coisa e não o encontrei.

Aquele dentista pilantra! O porteiro do edifício me contou que ele sumiu, de um dia para o outro, ele simplesmente esvaziou a sala e desapareceu. E que deu o golpe em muita gente, pois ele recebia adiantado o tratamento dentário e muita gente ficou sem dinheiro e sem tratamento. E eu fui uma dessas, né, porque fiquei sem a tal ponte fixa que ele ia fazer.

É claro que a doida da Ruby achou a história engraçada e riu como se eu tivesse contado uma piada. Mas ela disse que ia me ajudar a resolver aquilo. Eu pensei que ela conhecia algum dentista e ia pedir para me ajudar, porque dinheiro eu estava sem. Mas não, a doida saiu correndo e quando voltou me pediu a dentadura e o dente e quando eu vi, ela estava colando o dente na dentadura com cola instantânea. Aquela mulher era completamente sem noção. O pior foi que quase colou a dentadura na mesinha de plástico que tinha no quarto. Bom pelo menos colou, estava torto, mas colou, então que fosse, até eu ter dinheiro, isso tinha que servir.

Eu acabei de me arrumar e fui para o meu ponto. Infelizmente, até eu conseguir resolver a minha vida, eu teria que fazer programa. Eu até procurei o meu antigo patrão, aquele para quem eu trabalhei antes de ir trabalhar com o Heitor, para pedir o meu emprego de volta, mas ele tinha morrido e fecharam o escritório. Então eu tive que enviar currículos e era uma sucessão infindável de “não temos vaga” ou “você não tem o perfil para a vaga” ou “a vaga já foi preenchida”.

Sinceramente, parecia que eu nunca mais ia conseguir um emprego, eu já estava pensando até em fazer ponto numa região mais nobre, para poder cobrar um pouco mais, só que aí correria o risco daqueles estúpidos me verem. Talvez fosse melhor mesmo continuar aqui, onde ninguém me reconheceria.

Eu saí do hotel e andei até a metade do quarteirão quando ouvi alguém me chamar.

- Ô, Tatá Boquete! Espera.

Eu me virei e vi um sujeito vindo correndo, ele já estava se tornando um cliente habitual, sempre no bequinho escuro, porque ele dizia que só queria “a especialidade da casa” e pra isso não precisava de cama. Um tipinho sovina e sem educação.

- E aí, Tatá, vai começar o trampo agora? – Ele perguntou. – Eu vim mais cedo hoje só pra te pegar com a boca limpinha.

- O de sempre, amorzinho? – Eu sorri, mas na minha cabeça eu estava dando um soco no meio daquele nariz grande dele.

- Ah, você já sabe, a especialidade da casa. Vou te falar, Tatá, você é muito boa nisso. Tão boa que no dia do pagamento eu vou querer o pacote completo só pra ver se você é boa em tudo mesmo. – Ele riu.

Eu não entendi porque a criatura tinha dez pra fazer uma coisa, mas não tinha trinta pelo programa completo. E quando nós nos viramos para ir para o beco eu senti um puxão no meu cabelo.

- Colé, piranha, tu tá me tirano? Esse ponto aqui é meu! – Era a Catita Pega Fogo, uma encrenqueira que vivia arrumando confusão e eu nem tinha me dado conta de que tinha parado justamente no lugar que ela ficava.

- Ai, Catita! Quanta ignorância! Eu estava descendo, só parei porque o cliente chamou. – Eu respondi, mas ela me encarou.

- Cliente chamô? No meu ponto? Não faz a egipça comigo não, Tatá Boquete! O cliente no meu ponto é meu, piranha!

- Ah, vá se foder, Catita! Fica me chamando de piranha, tá pensando que é o quê, freira?

- Tu baxa tua bolinha comigo, vagabunda! Tu acabô de chegá aqui, tá criano asa demais, galinha!

- E você está se achando a Imperatriz do sobe e desce, né, puta! – Eu respondi sem um pingo de paciência e só senti a mão da Catita explodir no meu rosto.

Num segundo a calçada do sobe e desce tinha virado uma confusão, as outras meninas foram depressa até nós, na tentativa de separar a briga, um monte de marmanjo parado em volta rindo e fazendo torcida e a confusão só dispersou com a chegada de uma viatura.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque