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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 966

“Irina”

Eu fui escorraçada da minha própria casa, com a roupa do corpo e mais nada. Isso era humilhante e eu não aceitaria isso assim. Eu aproveitaria que tinha que assinar o divórcio para reaver tudo o que era meu, a casa, o carro, o dinheiro, as ações da empresa, tudo!

O motorista parou o carro em frente aquela casinha sem graça. Eu pedi que esperasse um momento e toquei o interfone. O Lucas abriu o portão e eu entrei apressada.

- Esqueceu a chave? – Ele estava de pé na porta me vendo atravessar o pequeno jardim.

- Saí de casa sem a minha bolsa. Vai lá e paga o taxi, depois a gente conversa. – Eu mandei.

Ele entrou na casa junto comigo e pegou o dinheiro numa lata de açúcar na cozinha. Mas que lugar era esse pra guardar dinheiro? Enquanto ele saiu para pagar o motorista eu fui até a cozinha e olhei a lata, tinha um bom dinheiro lá e era meu. Eu iria colocar aquele traidor pra fora, porque afinal ele transou com a minha filha, seria melhor esconder o dinheiro. Peguei as notas e enfiei no bolso da calça jeans que eu estava usando, precisaria desse dinheiro para umas coisas básicas, ele que se virasse com aqueles quadrinhos medíocres que ele pintava. Quando ele voltou para dentro eu já estava sentada no sofá.

- Saiu de casa escondida do velhote? Não me diga que ele estava querendo participar do nosso acordo? – O Lucas riu e se sentou ao meu lado no sofá.

- Eu quero saber, seu cretino, porque o velhote tinha um vídeo de você na cama com a minha filha. – Eu olhei para ele com muita raiva.

Eu tinha pensado em simplesmente deixar pra lá e encontrar outro novinho gostoso, mas agora eu precisava da minha casa de volta, então eu colocaria esse aproveitador pra fora.

- Não faço idéia. – Ele respondeu como se não estivesse nem aí.

- Ah, não? Quer dizer que você não transou com a Ilana? – Eu perguntei.

- Ah, isso eu fiz, mas foi você que mandou a novinha pra mim. A culpa é sua. – Ele falou naturalmente, como se não fosse nada demais.

- Como é que é, seu imbecil? – Eu senti vontade de matá-lo.

- Olha, ela chegou aqui e disse que você tinha mandado ela vir porque você não estava podendo, como se você tivesse mandado ela vir no seu lugar, entendeu? – Ele contou e eu bem acreditava que a Ilana fosse capaz disso e, considerando que o Lucas não era muito inteligente, ele caiu na conversa dela.

- Eu mandei ela vir te dar um recado! – Eu estava indignada.

- É, mas ela só me disse isso depois que a gente se pegou! Qual o problema, Irina? Você também não transa lá com o velhote? E foi só uma vez que ela esteve aqui. – Ele me olhou como se eu fosse idiota. No fim das contas, já nem tinha importância, a Ilana estava presa e esse idiota devia mesmo ter pensado que eu a mandei aqui para transar com ele.

- Onde estão as minhas roupas que ficaram aqui? – Eu perguntei, ele se levantou e foi até o quarto, quando voltou estava segurando uma sacola de papel com as minhas coisas dentro.

- Até mandei lavar. – Ele sorriu.

- Pelo menos vou ter o que vestir amanhã para a audiência. – Eu suspirei.

- Que audiência? – Ele perguntou.

- O que você está dizendo, Lucas? – Eu perguntei, quase sem acreditar.

- É isso mesmo, Irina, eu estava te comendo porque você estava me bancando, se você não me banca mais, eu não te como mais. Entendeu? – Ele abriu o portão e me empurrou pra fora.

- Seu moleque cretino! Então é você quem vai embora, porque essa casa é minha! – Eu gritei e o empurrei, tentando voltar para dentro sem sucesso. Mas ele deu uma gargalhada.

- Mas essa é boa! A velha está gagá! Esqueceu que essa casa está no meu nome, Irina? – Ele me perguntou enquanto ria e ainda teve o atrevimento de me chamar de velha.

- Seu cafajeste, essa casa foi comprada com o meu dinheiro! – Eu gritei.

- Exatamente, com dinheiro vivo, você nem tem como provar que pagou por ela, e ainda que tivesse, os documentos estão todos em meu nome, sua velha safada! Agora vai, some daqui e não volta mais não, tenho horror a mulher mais pobre que eu! – Ele falou com uma gargalhada e bateu o portão.

Eu gritei, por pelo menos meia hora, até que um vizinho apareceu e me avisou que se eu não saísse dali chamaria a polícia. Eu não tive escolha. Pelo menos eu tinha pego o dinheiro, o que foi uma sorte.

E como ali naquela rua não passava taxi, eu tive que caminhar uns cinco quarteirões até chegar a uma avenida e aí eu consegui pegar um taxi, mas pra onde eu iria? Então eu me lembrei, não pensei que voltaria a precisar dela, mas era a única amiga que eu tinha, a única com quem eu poderia contar. Dei a direção ao motorista e ele me levou para o outro lado da cidade, um bairro muito pior do que o bairro classe média onde eu comprei aquela maldita casa para aquele fedelho aproveitador.

Eu paguei ao taxista uma verdadeira fortuna e fui em direção ao portão e toquei a campainha. Eu tinha certeza de que ela não me negaria ajuda.

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