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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 968

“Ricardo”

Eu não esperava que a Anabel compreendesse essa situação, mas eu nem precisei explicar. Eu liguei para o meu pai enquanto ia para a delegacia, expliquei a situação e pedi que mandasse um advogado. Quando cheguei è delegacia o Flávio veio logo.

- Rick, me desculpe, mas eu te liguei porque se estivesse no seu lugar ia querer saber. – O Flávio explicou.

- E você fez bem, meu amigo, eu te agradeço por isso. O que eu preciso fazer para liberá-la? Já tem um advogado a caminho. – Eu falei.

- Então vamos esperá-lo chegar, no momento é o que ela precisa. – O Flávio bateu a mão em meu ombro.

- Posso falar com ela? – Eu pedi.

- Cara, eu só não tenho nenhuma sala liberada hoje, até a minha está ocupada, o plantão está terrível. Pode ser lá na cela mesmo? – O Flávio perguntou.

- Pode, claro. – Eu confirmei e olhei para a Anabel que me deu um sorriso.

- Vai, eu te espero. – Ela falou com a voz suave.

- Renatinha, leva o Ricardo lá na cela pra falar com as meninas. Vem, Ana, vamos tomar um café na cozinha. – O Flávio me deixou mais tranquilo, pois ficaria de olho na Ana.

Eu acompanhei a policial até a cela e nem pude acreditar quando via a Taís ali, no meio de outras mulheres, numa condição que eu nunca pensei ver.

- Nossaaa! Renata, minha linda, quem é o gato? – Uma loira perguntou num tom jocoso, como se nem estivesse presa.

- Visita pra Tatá. – A policial respondeu e eu achei estranho, a Taís odiava apelidos. Mas os olhos da Taís recaíram sobre mim.

- Ai, culega, quem é esse bofão lindooo? – Uma ruiva mais espalhafatosa perguntou animada.

- Meu ex marido. – A Taís respondeu e veio até a grade. – Veio rir de mim, Rick?

- Você não me conhece, Taís? Nós passamos anos casados e você acha que eu viria aqui rir de você? – Eu perguntei com tristeza, vendo o quanto ela tinha se rebaixado, e não foi por necessidade.

- O que você quer, Rick? – Ela perguntou, na defensiva.

- Eu vim te tirar daqui, Taís. E te oferecer ajuda. E não confunda as coisas, eu só estou oferecendo ajuda, não estou me sentindo em dívida com você. – Eu deixei bem claro.

- Eu não quero a sua piedade! – Ela falou e me deu as costas.

- Ai, Tatá! Ser orgulhosa não vai te tirar dessa vida de puta não! – A ruiva falou e se levantou, vindo até mim.

- É Rick, né? – Ela perguntou e eu fiz que sim. – Conta pra mim a história, foi chifre que você pôs nela, foi? Pra ela ficar nessa desilusão só pode ser.

- No caso, quem carregou o chifre fui eu. – Eu falei e a mulher olhou para a Taís com os olhos arregalados.

Diante das perguntas de todas as mulheres ali, a Taís acabou contando a história, de forma resumida, claro. Era a primeira vez que eu ouvia da boca dela todas as coisas absurdas que ela fez e pensou.

- Tô rosa chiclete, culega! – A ruiva falou e eu dei um pequeno sorriso. – Pensa, se eu tivesse um gato desse, meu amor, eu podia viver debaixo da ponte! Gato, você tá tipo assim solteiro, lindo, procura? – Ela girou uma mexa de cabelo no dedo.

- Não, querida, sinto muito, mas eu já encontrei, uma mulher linda, que me ama e que vai ser a mãe dos meus filhos. – Eu respondi educadamente.

- Ah, claro que encontrou! Homem bom não fica solto por aí. E tem que ser um cara muito maravilhoso, tudo de bem, pra ainda se preocupar com a ex que, você sabe, botou a galhada. – A ruiva era uma pessoa engraçada, era nítido que a vida a maltratou muito, mas ela era espirituosa. – Vai, Tatá, aceita a ajuda do moço.

- Sim, Taís, um emprego, uma oportunidade de recomeço. – Eu falei.

- Qual a condição? – Ela perguntou diretamente ao meu pai.

- Que você tome jeito na vida. – Meu pai respondeu. – E que esqueça a nossa família. Foi você quem quis assim, não tem porque voltar para assombrar o Rick.

- Está bem, eu aceito! Eu só preciso ir até o hotel, pagar e pegar as minhas coisas. – A Taís concordou.

- Ótimo! Doutor? – O meu pai chamou o advogado. – O senhor já sabe o que tem que fazer, a coloque dentro do avião. Ele vai te passar as instruções, Taís, vai te dar o dinheiro, comprar a passagem e te passar o contato do seu novo empregador.

- Obrigada, Átila, eu sei que você nunca gostou de mim, sei que está fazendo isso só porque o Rick pediu. – Ela encarou o meu pai.

- Taís, eu não gosto de você porque você nunca teve boas intenções com o meu filho. Mas eu estenderia a mão para qualquer um que realmente quisesse ser melhor, assim como o meu filho. – O meu pai respondeu sem mentiras e ela fez um aceno com a cabeça.

- Adeus, Rick. A Ruby tem razão, você é bom. – Ela me olhou, mas seus olhos já não refletiam a alegria de outros tempos, nem mesmo o atrevimento de antes.

Se ela estava arrependida ou se mudaria o rumo da vida dela eu não tinha a menor idéia, mas eu não podia deixar que ela se afundasse ainda mais, como o meu pai disse, eu estenderia a mão a qualquer um que precisasse e ela precisou. No fim das contas, eu sentia muita pena dela, seus pecados foram a inveja e a ganância, movida por eles ela fez escolhas ruins e a maior prejudicada foi ela mesma.

Eu agradeci ao Flávio por ter me ligado e saí dali com a Anabel e meu pai. Tinha sido um dia cheio de complicadas emoções para todos nós, capítulos se encerrando.

N.A.:

Queridos, eu gosto sempre de deixar uma “nota da autora” aqui pra vocês, porque eu gosto de me comunicar com vocês e sentir a energia boa e o carinho que vocês me passam. Além do mais, eu amo ler os comentários e ver essa interação gostosa, porque eu acho que já somos uma comunidade aqui, né. E hoje eu vou pedir desculpas pelos horários meio bagunçados dos últimos dias, mas eu estou com um doentinho em casa, então, sabem como é, mas vai passar e nosso horário vai se estabilizar. Ah, e eu numerei um capítulo errado, o capítulo anterior ao 147 é o 146 e não 143 como eu numerei, desculpem. Eu não corrigi, porque se eu fizer isso o capítulo fica bloqueado até a plataforma liberar e pode ser rápido ou não, mas não está faltando capítulo. Beijo no coração!

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