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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 977

“Leonel”

As palavras da Anabel doeram fundo na minha alma, tudo o que eu queria era poder chamá-la de filha agora e pedir perdão. Não haveria sofrimento suficiente para mim que me fizesse pagar pelo sofrimento que eu causei a ela. Mas eu não conseguia falar, eu nem conseguia me mover para abraçá-la ou ao menos segurar sua mão. Mas ela me surpreendeu de novo e tocou a minha mão, a que ainda não estava totalmente esquecida e ela apertou e eu fechei levemente os meus dedos sobre a mão dela. E ela foi em frente com suas palavras.

- Pai, você foi a minha casa e disse que esperava que um dia eu pudesse te perdoar. Pois bem, eu estou aqui, com o meu coração aberto para o senhor, para dizer que eu te perdoei. Todos aqueles dias que eu te visitei no hospital eu estava trabalhando nesse perdão e hoje eu estou aqui porque eu te perdoei. E eu vou estar aqui, uma vez por semana eu virei te ver, você pode me esperar, eu vou me sentar aqui com você e te falar da vida ou só me sentar e segurar a sua mãe em silêncio.

Ela me deu um sorriso tão puro, tão genuíno, que meu peito se encheu de mais do que dor e lamento. Eu senti o amor que ela emanou e eu lamentei não poder lhe dizer que eu a amava e que a tinha aceitado como filha, infelizmente muito tarde.

- E eu tenho novidades para te contar. – Ela falou com um leve tom de empolgação e puxou a minha mão até o seu ventre. – Eu estou grávida, de gêmeos! Em breve eu vou trazer os seus netos para te conhecerem.

Eu emiti um som de alegria ao ouvir a notícia. Minha filha estava me presenteando não apenas com o seu perdão e o seu amor, ela estava me dando netos, me dizendo que permitiria que eu conhecesse os seus filhos. Eu estava feliz por ela, ao mesmo tempo em que eu estava sentindo o meu coração sangrar por não poder sair da minha prisão para abraçá-la, para brincar com os meus netos, para provar a ela que eu seria digno dessa segunda chance que ela me dava.

- E eu vou me casar, pai. No próximo sábado. Com o Ricardo. Ele é o amor da minha vida, o pai dos meus filhos. Não é irônico isso? – Ela me perguntou com um sorriso travesso. – Ele é o filho do homem que você passou a vida odiando. Mas eles são bons pai. E ele quer vir te visitar. Eu posso trazê-lo, pai, quando eu voltar?

Eu fiz um aceno de cabeça para ela e tentei sorrir. Eu queria poder dizer que eu ficaria feliz em poder me desculpar com o Ricardo, que eu estava feliz que ela tivesse encontrado um bom homem. Eu queria poder dizer a ela tanta coisa.

- Pai, você quer ir ao meu casamento? – Ela perguntou e eu senti a sinceridade do seu convite.

“Anabel”

Quando eu saí dali daquele quarto eu me senti em paz, como eu nunca havia me sentido antes. Eu senti uma onda de tranquilidade e de amor tomar conta de mim. Eu pensei muito antes de vir ter essa conversa com o Leonel. Eu entendia que o fato dele estar doente, acamado, não apagava todas as coisas ruins que ele havia feito, não apagava todas as maldades e atrocidades que ele tinha cometido, mas eu não queria ser a sua julgadora, não queria eu ser a sua carrasca. Então eu pensei em todas as coisas boas que a vida estava me dando e eu percebi que eu era capaz de compartilhar, eu tinha muito amor no meu coração, tinha boa vontade, tinha esperança e poderia compartilhar um pouco disso. Além do mais, porque ele foi cruel comigo eu não precisava ser má com ele, eu não precisava devolver na mesma moeda, porque eu não era como ele. Além do mais, minha mãe me falou muitas vezes que “errar é humano e perdoar é divino”, não que eu seja divina, longe disso, eu era uma humana com todas as falhas e vícios e cometia tantos erros quanto todo mundo. Mas eu era alguém capaz de gestos gentis. Eu poderia acolher e dar um pouco de gentileza para o coração frio do Leonel. Além do mais, o gesto do Rick para com a Taís me fez pensar, aquele homem lindo que estava me dando o seu amor foi capaz de tanta generosidade e estendeu a mão para ajudar a mulher que o traiu, porque eu não poderia ser capaz de estender a mão para o meu próprio pai? O Rick, sem querer, me deu o maior exemplo e me impulsionou para a decisão que eu tomei. E no final das contas, quando eu saí daquele quarto depois de visitar o Leonel, eu percebi que o perdão liberta, não só a quem foi perdoado, mas muito mais a quem foi capaz de perdoar. Eu me sentia liberta, em paz e ainda mais feliz!

N.A.:

Queridos, desculpem os atrasos de ontem e hoje, eu não dormi na última noite, por causa do meu doentinho, então me atrapalhei com o dia. Mas faz parte, né. Só me desculpem. Beijo no coração!

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