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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 611

~ RENATA ~

Levei Bella para uma pizzaria depois que saímos da loja infantil.

Não era o lugar mais chique da cidade, mas era agradável o suficiente. Familiar. O tipo de lugar onde crianças podiam comer sem precisar se preocupar em ficar quietas demais.

Bella pediu uma pizza margherita individual e suco de laranja.

Observei-a comer devagar, usando garfo e faca com aquela concentração séria que crianças têm quando tentam fazer as coisas direito. Não era perfeito - alguns pedaços escorregavam, o queijo derretido complicava - mas ela tentava.

Bem-educada. Nico tinha feito um bom trabalho nisso pelo menos.

— Então — comecei casualmente, tomando um gole do meu suco — me conta uma coisa. Essa tia Bia que te deu o colar. Como você a conheceu?

Bella olhou para cima, um fio de queijo derretido ainda pendendo do pedaço de pizza.

— Ela ficou dodói — disse simplesmente.

— Dodói? — repeti, franzindo a testa.

— É — confirmou Bella, pegando o guardanapo para limpar a boca. — Ela caiu na escada lá de casa e bateu a cabeça muito forte. Aí o papai cuidou dela.

Interessante.

— E ela ficou muito tempo lá com vocês? — perguntei, mantendo o tom leve, curioso, maternal.

— Só até melhorar — disse Bella. — Porque ela não sabia nem onde era a casa dela. A nonna disse que foi por causa da cabeça.

Amnésia então. Ou algo parecido.

— Nossa, que assustador — comentei. — E seu pai cuidou dela esse tempo todo?

— Uhum — Bella pegou outro pedaço. — Ela ficou no quarto de hóspedes. A nonna Martina fazia comida especial pra ela. E o papai levava ela no médico.

Que conveniente. Uma mulher bonita, vulnerável, dependente completamente dele.

Claro que Nico tinha se apaixonado.

— E ela mora longe? — perguntei. — De onde ela veio?

— De Florença — respondeu Bella. — Mas agora ela vem toda semana ver a gente.

Florença.

Anotado mentalmente.

— Ela deve ser muito legal — disse, sorrindo. — Para você gostar tanto dela.

Bella sorriu também. Um sorriso genuíno que nunca via quando ela olhava para mim.

— A tia Bia é a melhor — declarou uma convicção infantil absoluta. — Ela brinca comigo. E me ensina coisas. E me leva para comer gelato.

Senti algo apertando no peito. Não era exatamente ciúmes. Era mais... frustração.

— Vocês parecem muito próximas — comentei.

— Somos — concordou Bella. — Ela vai ser minha nova mamãe.

Quase engasguei com o suco.

— O quê?

— Quando ela e o papai se casarem — explicou Bella como se fosse óbvio. — Aí ela vai morar com a gente sempre e eu vou ter uma mamãe de verdade que não vai embora.

A faca verbal foi tão precisa que doeu fisicamente.

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