Grávida de um mafioso romance Capítulo 119

- Você é algum vidente ou feiticeiro? - ela me pergunta enquanto andamos de braços dados pela rua.

Apesar de não ser muito afetivo, ela precisava de um ombro amigo, não era sempre que você presencia uma tentativa de assassinato contra sua melhor amiga.

- Não sou nenhum vidente e muito menos feiticeiro. Por que está me perguntando isso? - Mariana evita me olhar enquanto conversamos, ela deveria ser muito tímida ou não estava acostumada a falar sobre si mesma.

E isso me admira vindo dela, que se arriscou para proteger e encobrir Carolina.

- É que antes ninguém tinha me dito o que você me disse - ela parecia envergonhada, acanhada e chego até em dizer com receio, como se pisasse em ovos ao falar sobre ela mesma. E isso me chamou mais atenção.

- E o que eu disse? - ela finalmente me olha e sorri um pouco mais distraída agora. Tenho que dizer que o seu sorriso é lindo, mas também não é a única coisa bela nela.

Controle-se Matteo, você não vai levar a amiga da mulher por quem você está supostamente apaixonado para sua cama!

Se bem que Carolina nunca me deu uma chance, ela nem ao menos me dava a oportunidade de dizer alguma coisa. A mulher era escorregadia, escapava sempre das minhas mãos e Mariana estava bem aqui do meu lado, segurando meu braço e precisando que eu lhe distraia da realidade. Não era nada demais dois solteiros saírem de braços dados na rua conversando banalidades.

- Eu preciso repetir? - subo e desço com a cabeça dizendo que sim - você disse que eu deveria ser mais egoísta, e ninguém tinha me dito aquilo antes, me surpreendi porque você enxergou mais além de mim sem me conhecer.

Não posso chamar isso que tenho de dom ou talento, porque adquirir de acordo com a minha experiência, o meu trabalho exigia isso.

Eu aprendi a ler as pessoas apenas as observando, e com Mariana não foi diferente. Eu a tinha observado no trabalho pensando que ela era a Carolina.

E pensar que fui eu quem disse para Luigi vir para o Brasil encontrar com a tal Carolina que ele tinha me dito, a mulher que o tinha dado um bolo no teatro. Fui burro de não ter ligado os fatos, Carolina tinha sumido e a suposta Mariana também, as duas tinham sumido no mesmo momento e do mesmo lugar.

Mas eu não pensei, agi por puro impulso e corri atrás daquela mulher pelas ruas de Roma. Aquilo tudo foi uma loucura, a loucura que faltava na minha vida. E foi naquele momento que percebi que estava gostando da Mariana, que na verdade era a m*****a da Carolina.

M*****a mulher que não saía da minha cabeça!

Parecia até uma bruxa que me jogou um feitiço, eu não conseguia trabalhar, nem dormir e muito menos transar com outra mulher sem pensar na Carolina.

- É uma qualidade minha adquirida através do trabalho - digo como se fosse nada demais. Não sei o que Carolina disse para Mariana e prefiro não me aprofundar nisso - sua casa está perto? - pergunto mudando o rumo da conversa.

- Sim, fica na segunda rua a esquerda - ela diz e o silêncio se faz presente na maior parte do nosso trajeto.

- Acho que vai chover - digo quebrando o silêncio e olhando para o céu escuro e cheio de nuvens.

Eu não sou muito emotivo e não sou um cara sentimental, que sabe sempre o que dizer em horas como essas. Não sou bom em nada disso. Porém eu sabia como conquistar uma mulher e isso já me bastava.

***

Aceleramos os passos mas nada do que fizemos nos fez escapar do banho de chuva que levamos. Mariana abre o portão da frente e corremos para debaixo da varanda, ambos molhados e com as roupas enxarcadas.

- Você pode entrar e se secar - ela diz abrindo a porta e me oferecendo á entrada - se você quiser, é claro.

Essa era a questão. Eu queria? Não sei dizer mas acho que senti a necessidade de entrar, não só porque estava completamente molhado e nem porque uma mulher como Mariana estava me convidando para entrar em sua casa. Mas também pela raiva que estava sentindo, não só de mim mesmo como também da Carolina.

Eu não conseguia tirá-la da mente e a única coisa que me ocorreu era obrigar a minha mente a se esquecer dela. E com Mariana tão frágil assim, eu poderia matar dois coelhos com uma cajadada só. Tentaria me curar do veneno da Carolina e de quebra ainda me vingaria dela.

- Acho que vou querer entrar - digo um pouco sem graça e ela me leva para dentro da sua casa.

Mariana morava sozinha e se podia ver que era bem organizada. Um ponto positivo em minha concepção porque isso significava que ela se dava melhor sozinha, que não precisava de ninguém e talvez até era desapegada em relações amorosas.

- Toma essa toalha - ela me entrega uma tolha branca em mãos - mas acho melhor você tomar um banho quente primeiro, você levou muita chuva e pode ser que pegue algum resfriado amanhã.

Eu já tinha me decidido e entrei em sua casa, acho que ela também sabia no que isso resultaria e a minha dúvida final era quem daria o primeiro passo.

- E você? Não vai tomar um banho? Você levou muita chuva também, deveria tomar cuidado para não pegar um resfriado - ela sorri da minha falha tentativa de ser cuidadoso.

- Eu vou - Mariana diz porém fica parada na minha frente, até então não tinha percebido que a sua roupa estava bastante transparente revelando o sutiã meia taça vinho. A roupa molhada se colava ao seu corpo, o modelando.

Ela deixa escapar um suspiro pela boca e noto que estava tremendo de frio, seus olhos estavam analisando a minha roupa molhada mas quando veem que eu a tinha pegado no flagra, ela para e foca no meu rosto.

- Você deveria tomar um banho quente logo - digo num tom mais baixo deixando mais aparente a minha segunda intensão.

- Eu já disse que vou, logo depois de você - ela quase sussurra as últimas palavras e não me contenho.

Vou para cima dela beijando aqueles lábios carnudos e arrancando fora a sua roupa molhada. Ela se atrapalha um pouco com o meu ritmo mas logo me acompanha. Não peço permissão nenhuma para arrancar aquele sutiã e apertar aqueles seios lindos que logo estariam na minha boca.

- Você tem certeza? - ela balança a cabeça dizendo que sim - não quero que misture as coisas, será apenas uma noite - digo e ela abre o zíper da minha calça enfiando a mão dentro.

- Eu sei disso, não sou nenhuma menina. Agora me beije e me faça esquecer desse dia horrível - ela praticamente me ordena.

- Sim, senhora - arrasto nossos corpos o mais rápido possível para debaixo do chuveiro. Ambos precisamos tomar um banho quente para não ficarmos doentes mas acho que dessa vez o banho terá que ser frio porque de quente o corpo dela já está.

Desço minha boca pela sua pele morena, minhas mãos agarrando sua silhueta enquanto ela gemia desesperada por mais. Me pergunto a quanto tempo ela não tinha sido tocada para estar nesse estado.

Acho que a pergunta certa era, a quanto tempo que ela não pensa em si mesma para estar nesse estado tão desesperado por atenção.

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