Grávida de um mafioso romance Capítulo 179

Hoje faz uma semana que Luigi desapareceu e todos continuam fazendo o que pode para encontrá-lo, até mesmo Cassandra está ajudando e tentando unir forças com o Sr.Benacci porém sem sucesso. Enquanto isso, Carolina se finge de forte e mantém a esperança de que vamos encontrá-lo. Tivemos que levá-la para a casa da nonna porque a mesma queria continuar na mansão de Luigi, esperando ele voltar.

Tanto eu como a Giulia e a Laura concordamos que não seria saudável ela ficar naquele lugar, depois de tudo o que aconteceu naquele dia trágico. Carolina então está agora morando na casa da nonna, sempre sendo vigiada para não fazer nenhuma besteira. Após aquele susto, assim que ela saiu do hospital o médico disse que ela precisava ficar em completo repouso.

E em concordância de todos, eu fiquei morando lá também para dar apoio a minha amiga.

Eu e matteo estávamos trabalhando juntos também para descobrir o paradeiro de Luigi. Matteo entrava em contato com alguns conhecidos e fazia grupos de buscas pela Itália, enquanto eu conversava com alguns amigos jornalistas que conheci ao longo dos anos no trabalho. E consegui o nome de um cara, um hacker, que tem fama de ser o melhor para encontrar qualquer um ou qualquer coisa.

Matteo estava viajando, era a sexta vez que ele viajava para ajudar nas buscas por Luigi. E eu estava sozinha aqui e não tinha como me contatar com ele para avisar que conseguir talvez um meio de achar o noivo de Carolina. E outro motivo que me impediria de dizer para Matteo e para qualquer membro da família Benacci é o fato de termos tidos várias decepções nas buscas pelo italiano sequestrado.

Carol estava exausta, eu sentia isso, eu poderia perceber na sua expressão mesmo ela usando um sorriso falso por cima para encobrir o medo que sentia de nunca mais achar Luigi. Desde daquele dia, nem ela e nem Matteo, queriam dizer o que realmente aconteceu naquela sala de estar. Matteo contou que quando entrou na mansão foi logo atacado por homens mascarados e que Raquel era a mandante, porém assim como a Carolina que se mantinha em silêncio, ambos não queriam dizer o que foi falado naquele sala, qual foi a motivação da Raquel.

Na minha opinião, acho que isso tudo está relacionado com o passado de Luigi e Bárbara, a irmã mais velha da Raquel. Eu não conhecia as duas pessoalmente porém, do que a Carolina me falou naquele dia que nós conversamos no hotel no mesmo dia em que desmacaramos Marco, eu já não fui com a cara de nenhuma.

Nem eu e nem Matteo, quando sentamos para conversar e planejar uma busca por Luigi. Matteo colocou espiões para vigiarem Bárbara de perto. Sabíamos tudo sobre ela, aonde ia, o que comia, onde dormia e nenhuma das coisas que ela estava fazendo estava ligava ao desaparecimento de Luigi. Tudo o que ela estava fazendo era preparar o funeral da irmã que morreu em motivos suspeitos num acidente de carro, segundo o que o Sr.Benacci determinou que parecesse.

Matteo me disse que soube que o pai de Luigi ordenou que seus membros da máfia fizessem parecer tudo um grande acidente que não envolvia nada com a família Benacci. Para todos e a mídia, Luigi e Carolina estavam bem e apenas um trágico acidente de carro acabou matando uma dos dois membros que sobraram da família Ferraza. O enterro aconteceria no dia seguinte, conforme Bárbara avisou à mídia.

Sinceramente, não sei como eles fizeram para esconder os tiros de bala que estavam no corpo da defunta e nem sei como na autópsia que Bárbara fez na irmã não mostrou resultados de assassinato. Acho que o Sr.Benacci comprou os médicos legistas...

- Carolina ainda está no quarto? - Giulia me pergunta quando nos encontramos no corredor do segundo andar da mansão dos Benacci. Até então, não tínhamos trocado muitas palavras e pelas olheiras fundas abaixo dos olhos não acho que seja um bom momento para brigas infantis de quem é mais amiga da Carolina. Então, apenas confirmo e digo que ela continua lá, olhando pela janela e acariciando a barriga, igualmente como fez todos os dias desde que chegou nessa casa - Hm, Mariana, eu queria pedir desculpas pela forma como me comportei no hospital naquela noite, eu estava nervosa e tinha acabado de saber que meu irmão foi sequestrado e...

- Tudo bem, não precisa se desculpar, todos estávamos alterados e nervosos por tudo o que aconteceu naquela noite. Era compreensível a sua alteração, eu não deveria ter provocado aquela situação desconfortável e também, deveria ter ficado do lado da Carolina - desvio meu olhar para as próximas verdades que sairão da minha boca - você estava certa, eu abandonei minha amiga no momento em que ela mais precisava de mim - olho para Giulia que tinha os olhos quase arregalados para mim - fico aliviada de saber que ela tinha alguém como você por perto.

- Eu estive perto dela, sim. Mas sei que você também gostaria de ter estado. Não sei quais foram os motivos que afastaram vocês duas e nem me interessa saber de um assunto que cabe somente á vocês duas, mas eu queria te dizer que você fez muita falta para ela e eu nunca vou conseguir preencher o seu lugar - ela me dá um meio sorriso e vai andando na direção oposta a minha, entretanto, como se estivesse lembrando de algo Giulia vira o rosto e conclui - você nunca abandonou a Carolina, nunca Mari.

Me pergunto se Matteo disse alguma coisa para a Giulia mudar de atitude e dizer com tanta certeza aquelas sete últimas palavras. Ou simplesmente, ela amadureceu. Giulia, pelo que eu pude perceber no pouco tempo que estive nessa casa, é a mais mimada da família. Não sei qual foi o motivo para fazê-la ter essa transformação de personalidade porém fico feliz com o seu crescimento.

***

Ligação on:

- Você já está aqui? - pergunto ao telefone enquanto entro dentro de um bar clandestino numa área muito perigosa de Roma. Esse território era de outra máfia, então torço para que isso não seja nenhuma armadilha ou trote, caso senão estou ferrada.

- Sim, estou - o hacker responde do outro lado da linha, sua voz é baixa e parece ser quase suave. Entro no estabelecimento de pouca iluminação e com muita fumaça incenssando o ar. Muitos homens mal encarados me encaram quando eu passo por uma mesa de sinuca velha no centro do lugar.

- Aonde? - pergunto, notando todos os homens que pareciam viciados e alcoólatras observarem cada passo que eu dava. Nenhum parecia ser dono daquela voz suave que eu ouvia do outro lado da linha e mesmo que fosse algum deles, não tinham um celular na mão ou próximo ao ouvido.

- Estou mais no fundo, passando pelas mesas de sinuca - ajeito minha postura e mostrando firmeza nos meus passos, sigo para o lugar que ele vai ditando durante a ligação - e pelas mesas e cadeiras vermelhas, no fundo você verá um balcão e irá me encontrar - ele encerra a ligação e eu sigo o trajeto traçado pelo mesmo.

Ligação off.

Após ter passado pelas mesas de sinuca velhas e um grande grupo de caras com olhares de você-não-deveria-estar-aqui, encontro as mesas vermelhas e cadeiras dobráveis da mesma cor correspondente. No fundo, como ele havia dito, tinha um balcão de madeira velho com quase todos os bancos altos com acolchoados vermelhos vagos, a não ser por um que estava sendo ocupado.

É ele!

Me aproximo e o som dos meus saltos me denunciam, o homem se vira me dando a total visão do seu rosto e corpo. Ele possuía pele escura, olhos castanhos e dreadlocks soltos. Seu estilo consistia numa mistura louca de roupas rippies e bastantes largas para o seu manequim, nos pés uma sandália gasta de couro marrom. Ele era bonito, mas não fazia muito o meu estilo.

Ele sorri quando eu me aproximo e me sento no assento do seu lado, agora estando do seu lado consigo ver um piercing fino de argola no seu nariz. O atendente que estava no balcão olha para mim e depois para o hacker, que dá um sinal para que ele saia e o homem some das nossas vistas.

- Mariana, prazer em conhecer você... - estendo minha mão para um aperto, sendo tão bom recomendado por alguns amigos jornalistas meus, esse cara tinha que ser o mais formal possível, então tento manter o nível formal.

- Will, me chame de Will - ele segura minha mão e a beija - e o prazer é todinho meu.

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