Grávida de um mafioso romance Capítulo 37

No dia seguinte, agradeço pela minha amiga ter o mesmo manequim que eu, não podia ainda ir para a minha casa e tinha deixado a minha mala no hotel quando resolvi fugir da Itália. Então teria que ficar usando as roupas de Mari por algum tempo.

_morreu aí dentro?!_grito e bato na porta do banheiro, Mariana era uma negação quando se tratava de pontualidade. Ela tinha se trancado dentro do banheiro havia minutos.

Acho que ela deveria está se arrumando para alguém da empresa, seria algum pretendente? Ela teria que me dizer, tenho que avaliá-lo para ver se ele está à altura de ser um peguete da minha melhor amiga. Eu tinha Mari como uma irmã, apesar dela ser a mais velha, eu a tratava como mais nova, sendo que eu era a quem fazia as merdas e ela a que dava os conselhos.

_pronto!_ela finalmente dá sinal de vida ao sair de dentro do banheiro, estava vestida com uma vestido vinho super sexy que valorizava as suas curvas, o decote em V e o comprimento abaixo dos joelhos dava um ar de primeira dama diplomática.

Ela pretende conquistar quem? O presidente?

Eu olho de cima a baixo e me sinto deslocada. Sabe quando uma pessoa te chama para sair e diz para vir toda básica? Aí na hora de sair a pessoa aparece vestida como uma primeira dama enquanto você está usando jeans, uma camisa branca acompanhada de um chinelo parecendo uma mendiga?

Que ódio!

_vai dar para quem na empresa? Tá querendo um cargo melhor, Mariana?_estreito os olhos brincando com a minha amiga e ela j**a uma toalha em mim.

_deixa de ser assim! Você acha que estou muito arrumada?_ não, imagina, olha só para a mendiga na sua frente. Isso não responde a sua pergunta?

Que se dane, eu não vou arriscar atrasar mais na reunião porque Mariana quis fazer um tipo de intervenção da moda.

_um pouco, mas tá linda do mesmo jeito. Cuidado Mari, se a pessoa que você quer impressionar for de idade avançada é capaz de ter um infarto quando te ver_brinco e ela sorri jogando algumas almofadas em mim.

***

Agora estamos dentro do elevador em rumo a reunião que a megera da Cassandra organizou. Mariana me fez o desgosto de não me dizer se tinha ou não um pretendente na empresa.

A curiosidade me consome de diversas formas, como se já não bastasse a tensão dessa bendita reunião que ninguém sabia do que se tratava, ainda tenho que aceitar a minha amiga fazendo mistério sobre quem queria conquistar.

Me pergunto se o Ítalo sabia sobre essa reunião e se ele estaria aqui também, se sim, eu teria a chance de não perder meu emprego, faria de tudo para me redimir e não ser demitida. Ítalo me entenderia.

E me pergunto também como ninguém sabia quem era o pretendente da minha amiga, isso era quase impossível de não descobrir, levando em consideração que a Montero é uma empresa muito fofoqueira, a vida de todos os funcionários eram quase como um livro aberto, todos que trabalhavam lá sabiam dos problemas e conflitos um dos outros.

E isso tinha seus pontos positivos e negativos, alguns tinham empatia e outros criticavam na maior cara-de-pau como se não tivessem problemas mais graves.

Resumindo...a Montero era um ninho de cobras, deixando escapar só alguns que poderiam ser contados nos dedos.

A porta do elevador se abre e as pessoas que estavam junto comigo e Mari vão na mesma direção que nós. Não sei por que mas essa cena está me cheirando a juízo final. Seria um massacre que a megera pretendia fazer naquele sala de reunião? Quantas vidas seriam perdidas durante aquela reunião?

Okay, tenho que parar de ser tão dramática, mas também não me culpe, a megera era uma verdadeira víbora e não gosto de excluir hipóteses quando se tratava dela. Ela era ruim o suficiente para fazer demissão em massa sem nem pensar duas vezes. Claro, isso se ela conseguiu o tal cargo que lhe dava plenos poderes sobre nós, pobres trabalhadores injustiçados.

Mas duvido muito que ela tenha conseguido o cargo, por ter ficado doente e não ter podido ir para o casamento na Itália, ela deveria ter perdido a chance de ficar no mesmo nível que Ítalo. Foi castigo divino por toda maldade que ela já fez comigo e com os outros.

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