Capítulo 350 – Até parar de bater.
John
Eu não queria que Amira saísse, sei que agora ela se sente parte da família e fico feliz por ela. Mas eu conheço esses malditos e eles não poupam ninguém. No meio da reunião que Alex organizou, a notícia veio através de Hugo, que parece ser tão possessivo e cuidadoso com a Elo quanto eu com Amira.
No primeiro momento, Alex o questionou sobre o que ele estava fazendo, mas depois que entendeu, agradeceu porque era exatamente isso que ele queria. Os tais Dons quiseram nos acompanhar, mas o chefe não permitiu. Pediu que eles pegassem as pistas sobre Giovanni Mancini para verificarem, e eles assentiram.
Essa história dos Mancini, da Máfia, dos Blacks e do maldito do Farid era mais complexa do que imaginava, elas estão todas ligadas e pelo que vi hoje… também estão longe de acabar.
Logo chegamos ao hospital, Hugo disse aonde a mulher de cada um estava e seguimos nossos caminhos, no meu caso, Ethan me acompanhou já que Sara estava com Amira. Assim que as achamos, em segundos eliminei os cretinos, mas o que veio a seguir… eu não estava preparado.
“Nossa… nossa bebê.”
Essas palavras da Amira vão ficar marcadas no meu coração para sempre, pois ela me escolheu, mas outra coisa que ficará marcada é a dor que senti vinda dela pela morte da mãe de Emma. Só que neste momento não temos tempo para chorar pela perda, e nem mesmo celebrar pelo presente que recebemos.
Porque na nossa frente estava uma dezena de malditos sírios.
— O que fazemos? — Sara perguntou.
Minha mulher segurou firme na arma, antes de responder.
— A gente abre caminho.
— Como? — Ethan perguntou, os homens já começavam a se aproximar.
— Eles irão atirar assim que estiverem mais próximos, só que se nos movimentarmos antes eles atiram mesmo a distância. — Amira nos disse.
— O que está pensando, amor? — perguntei a ela.
— Ethan, a maca atrás de você, precisamos virá-la, mas você vai ter que ser rápido. — Ela disse.
— Ok. — Ele respondeu e começou a se mexer, mas Amira o impediu.
— Agora não, só no três, porque vai ser no seu movimento que eles vão abrir fogo. Eu conto, e no instante que eu começar a atirar, você deita a maca. — E como combinado, minha mulher contou.
— TRÊS!!! — Ela gritou e tudo aconteceu rápido.
Ethan virou a maca, corremos para nos proteger e Amira não parou de atirar. Os malditos também atiraram, olhei para o lado e vi uma porta aberta.
— Amira! — Sara gritou, e logo ela veio para trás da maca também.
— A porta. — eu disse. — Vamos empurrando até lá.
Todos concordaram, e começamos mas os cretinos intensificaram seus tiros e estavam cada vez mais perto.
— Não vamos conseguir, precisamos abater mais alguns. — Ethan disse, Amira já foi levantando e ajeitando a arma, mas antes de dar o primeiro tiro ouvimos o som de outra metralhadora. Quando olhamos era Javier, Mateo, Ben e Jane.
Amira, sem avisar, se colocou à nossa frente novamente e voltou a atirar, aquilo me irritou pois ela era alvo fácil ali. Ethan aproveitou, e levantou atirando. Emma começou a chorar e eu a prendi em meu peito, mas seu choro chamou a atenção de Amira, que assim que se distraiu.
— AAAAA!!! — Ela gritou, caindo no chão.
— Amira!! — Sara e eu gritamos ao mesmo tempo. Os caras terminaram de eliminar os sírios, e eu corri até ela.
— Amor. — Eu a chamei, olhei para sua blusa e notei o sangue escorrendo.
— Sara, segura para mim por favor. — Pedi, e lhe entreguei Emma.
— Amor… — chamei mais uma vez.
— Ela atravessou, eu senti. — Amira me respondeu.
— Mas não muda o fato de você ter sido baleada, de novo! — Minha voz saiu mais dura do que eu pretendia.
— Querido, já te disse que… — Mas não a deixei terminar, a segurei pela nuca e a beijei, o beijo foi urgente, possessivo e carregado da minha frustração em vê-la ferida mais uma vez.
Encostei minha testa na dela, antes de falar.
— Amor, agora você é mãe, por favor não se coloque mais em risco. — Os olhos dela brilharam pelas lágrimas que ela tentou segurar. Me levantei a pegando em meu colo.
— Sara, Amira!! — Ouvimos vozes atrás de nós e era Elena e Iris.
— O que aconteceu? — Iris perguntou.
— Foi baleada, precisamos encontrar alguém para atendê-la. — eu disse e minha voz estava carregada de urgência.
— Andrew está vindo com Enzo, ele pode examiná-la. — Elena disse, depois perguntou. — E a criança?
— É da Amira e do John. — Sara respondeu, e ouvi Amira gemer.
— O que foi? — perguntei preocupado.
— Não sei, estou sentindo umas coisas estranhas. Talvez seja, seja… — Ela não terminou de falar, pois desmaiou em meu colo.
— Amira?! Amor?! Fala comigo! — Comecei a chamá-la e a chacoalhá-la.
Andrew veio correndo em nossa direção, Ben e os outros também se aproximaram.
— Merda!! — Ben xingou. A vendo ferida.
— Vamos até o posto médico, fica ali na frente. — Andrew disse e todos nós corremos naquela direção.
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