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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 349

Capítulo 349 – Te dê uma linda vida.

Amira

Alessa fez com que me sentisse parte de uma família, assim como foi na minha infância. Descobri que tenho mais afinidades com essas mulheres do que poderia imaginar, as histórias de vida dos caras são mais parecidas com a minha, lares desfeitos, órfãos desde cedo, mas o que as garotas me entregam? É isso que me liga ainda mais a elas.

E tem a Maria, sei que ela hoje tem o amor dos pais adotivos, mas ela perdeu a família como eu. E essa conexão ninguém pode nos tirar.

Nossa general decidiu que iríamos todas até o hospital visitar Rosa e Aurora, Jhony foi contra de imediato, ele conhece os Blacks, assim como eu conheço Farid e tudo que eles estão esperando é uma oportunidade, e como imaginamos um tempo depois de chegarmos para nossa visita ele me avisou: “Já estão aí”. Foi o suficiente para Ben decidir ir atrás dos malditos.

Nos separamos, e Sara e eu seguimos pela ala infantil. Eu amava criança, não sei se era pelo fato de não ter tido infância e desejar que todas as crianças a tenham, ou se… é pelo meu desejo de ser mãe. Mas, isso nunca vai acontecer.

Paramos em frente ao berçário, mas só havia um bebezinho, não resisti e fiquei presa no vidro.

— Amy, está tudo bem? — Sorri pela forma que me chamou, foi Elo quem me deu esse apelido.

— Sim, querida, só me encantei pela delicadeza do bebê. — Ela segurou minha mão me fazendo encará-la.

— Sabe que sempre pode adotar um, né? Existem tantas crianças que perderam os pais e estão desejando ser cuidadas e amadas. — Tive que evitar piscar para as lágrimas não escorrerem.

— Eu sei, obrigado, Sa. — Ela me puxou para um abraço, depois falou.

— Vamos continuar caçando esses cretinos. — Assenti com um aceno e seguimos nosso caminho, mas antes dei uma última olhada no bebê.

— Que Allah te proteja meu bem, e te dê uma linda vida. — murmurei através do vidro, e parecia que ele havia me ouvido, pois sorriu, o que me fez sorrir também.

Me virei e caminhei até Sara, e foi nesse instante que um som alto seguido do escuro tomou o ambiente, todos ao redor ficaram em silêncio tentando entender o que havia acontecido. Só que não durou, porque os cretinos já entraram atirando, e o desespero em forma de gritos e passos apressados ecoavam na ala infantil.

— Amy! — Sara me puxou para o lado, no instante em que uma maca havia sido empurrada em minha direção.

Dois Blacks vieram pelo corredor. Um deles descarregou a arma sem rumo, acertando paredes e portas, sem se importar com quem estava por perto. Sara reagiu rápido, dois tiros secos, certeiros, um na cabeça e outro no peito. Eu avancei para o segundo, mirei com calma e puxei o gatilho. Ele caiu com o corpo duro no chão.

Mais dois vieram na sequência, mas já estavam mortos antes mesmo de entenderem de onde vinham os disparos. Sara se movia com agilidade, atirando e recarregando em segundos. Eu era mais calculista, cada movimento pensado, cada tiro escolhido.

O corredor já começava a cheirar a pólvora. E foi nesse momento que ouvi o barulho atrás de mim. Olhei, eram sírios, e muitos, mas eu vi quando três deles seguiram em direção ao berçário.

O gelo subiu pela minha espinha. Eu sabia. Esses desgraçados não poupam nem crianças.

— Amy, são muitos! — Sara puxou meu braço. — Não temos chance, precisamos correr!

— Não. — Olhei nos olhos dela, firme. — No berçário, o bebê, lembra? Ele está sozinho.

Ela me encarou, e algo brilhou nos olhos da minha amiga. Não foi dúvida. Foi decisão.

— Ok. Vamos salvar o bebê.

Avançamos de volta. Sara atirava com precisão, derrubando um atrás do outro. Eu saquei a segunda arma da cintura e comecei a disparar com as duas mãos. Não havia espaço para hesitar. Cada tiro era uma vida a menos contra nós.

Foi quando a porta do berçário se abriu e uma mulher surgiu. Estava de bata de hospital, os olhos arregalados de pavor, o bebê apertado contra o peito.

— Corre! — gritei para ela, mas não deu tempo.

Um sírio ergueu a metralhadora e abriu fogo. As balas estouraram vidros e rasgaram as paredes. Sara e eu revidamos e o abatemos, mas não conseguimos impedir ela de ser atingida. A mulher cambaleou, gritou, e caiu de joelhos, ainda segurando a criança.

— Merda! — corri até ela, Sara me cobrindo.

Dois homens se aproximaram por trás, prontos para atirar, mas uma rajada de tiros ecoou pelo corredor. O som era diferente, pesado, certeiro.

Quando olhei, vi Jhony avançando com uma metralhadora nas mãos, a cara fechada de ódio. Atrás dele vinha Ethan, limpando o caminho. Sara e eu respiramos aliviadas, minha amiga sem hesitar gritou.

— Ethan! — Sara correu até ele. — Como sabia onde estávamos? — ela perguntou confusa, e antes de responder, ele a puxou e lhe deu um beijo rápido.

— Hugo tinha acesso às câmeras. Vimos vocês e viemos.

— Tinha? — perguntei, encarando-o. Ethan suspirou, o rosto sério e me respondeu.

— Sim. Agora estamos no escuro. E não é só literal. Sem comunicação, sem rede.

John se aproximou, e envolveu um braço na minha cintura e deu um beijo em meu pescoço.

— Você está bem? — Eu dei um selinho nele.

— Estou querido. — Nesse momento ouvi um gemido baixo, e foi aí que me lembrei da mulher. Me agachei ao lado dela. O bebê resmungava, o choro fraco contra o peito da mãe.

— Você fala minha língua? — perguntei, ela acenou que sim, seu corpo tremia, os olhos cheios de lágrimas. — Vocês estão bem? Estão feridas? — por um instante ela não me respondeu, só prendeu seu olhar ao meu, até que abriu a bata e mostrou o ferimento, ela havia levado vários tiros.

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