Capítulo 354 – Você vai
Vivian
O aperto no meu peito não ia embora, mas eu não sabia dizer se era por essa situação ou pelo italiano de olhos castanhos, cabelos bem alinhados, com a cara séria, a barba que o tornava ainda mais atraente, aquele corpo, Deus… um braço dele é maior que minha coxa. E aquele sorriso contido que o torna extremamente sexy.
Pelo amor de Deus, Vivian, você está correndo riscos e pensando no Peppe. Se controla!!
— Tudo bem? — Lyu me perguntou parando ao meu lado.
— Está sim, Japa, só pensando em toda essa situação.
— Nessa situação, ou em um certo italiano? — perguntou batendo o ombro no meu.
— Vocês não me dão uma trégua, né? — respondi cruzando os braços.
— Vivi, qual o problema das pessoas saberem?
Não tinha problemas aos olhos dos outros, pois para eles eu era uma mulher solteira, Giuseppe também. Mas a verdade é que aceitei esse emprego pois sabia que era a única maneira de conseguir fugir do meu marido, Jason…
Eu não menti para o Giuseppe, nem para a Evie. E mesmo que Jason e eu ainda estejamos casados só no papel, não muda o fato de que sou uma mulher casada. Evie disse que quando voltarmos para Houston ela vai dar um jeito de Jason assinar os papéis, e colocá-lo atrás das grades se ele tocar em mim novamente.
Evelyn se tornou uma pessoa especial demais pra mim, assim como minha pequena Rachel e cada uma dessas meninas aqui. E é por esse motivo que não quero ser uma vergonha, nem para Evie, nem para Giuseppe, para nenhum deles.
— Não estamos tendo nada, somos amigos. Gostamos de conversar, e ele me ajudou a melhorar a minha mira. — respondi a ela tentando conter meu coração que batia descompassado em meu peito. Amigos? A quem eu acho que engano.
— Vou fingir que acredito. — ela me disse e eu balancei a cabeça sorrindo. — Mas enfim. — ela continuou. — Assim que sairmos daqui vou exigir que Chen me ensine a atirar, bem fez o Peppe, pelo menos agora você pode se defender com confiança.
Sorri para as palavras dela, foi exatamente por isso que ele me ensinou. Mas a confiança não para os inimigos da família Sterling, e sim para enfrentar meu marido.
Fui até Cat e peguei Rachel que estava resmungando, nanei minha garotinha até que ouvimos tiros. As meninas começaram a se desesperar dentro do quarto.
— Eu vou lá. — disse Alessa.
— De jeito nenhum! — rebateu Aline.
Ouvimos mais um tiro, e Maria gritou.
— Está vindo do corredor, só pode ser elas. — Elo disse.
Entreguei Rachel de volta a Cat.
— Eu vou. — Peguei a arma que eu tinha deixado com Lyu.
— Tem certeza? — Lyu perguntou segurando minha mão.
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