Capítulo 351 – Plano B
Alexander
Eu sabia que devia ter ouvido a minha intuição, aquele sentimento ruim, a espera pelo pior que estava me consumindo e não ter deixado elas saírem.
Agora, aqui estou novamente desesperado em saber que minha mulher e minha filha correm perigo, não só elas, minha família inteira.
Chegamos ao hospital e um dos seguranças nos informou sobre polícia, mas parece que houve problemas no percurso e eles não conseguiram chegar, os cretinos planejaram isso com cuidado, o que me levou a pensar que talvez não tenha sido só por nós, e sim um ato de terrorismo.
Me lembrei da conversa que tive com a Lena após o incidente do avião, ela me disse que Lorenzo queria atingir a mim e Enzo, mas que o Emir, que agora sabemos que é o Farid, só uniu o útil ao agradável.
Elevadores parados, portas fechadas, pessoas feridas, mortas, correndo, o lugar está do jeito que o inimigo gosta, um verdadeiro caos. Minha equipe é boa, e a equipe da minha mulher também. Mesmo assim, Amira e Owen foram feridos, e para completar o meu desespero interno.
— Sinto muito, Alex, se ela explodir o andar inteiro vai pelos ares.
As palavras de Wyatt ecoavam na minha mente, e por um longo minuto eu não disse nada. Já o Jack.
— Eu juro por Deus, que quando tirar a Jordan daquele lugar vou amarrá-la trancafiada e ainda jogar a chave fora! — ele disse irritado.
— Calma, cara, agora não adianta. Precisamos desarmar a bomba e tirá-las de lá. — Tom disse a ele.
— Eu vou ir até lá para ver o tipo de bomba que é. — Ethan disse, e Amira que estava sentada em uma das macas com a bebê no colo falou.
— Eu vou com você, conheço as bombas do Farid.
— Acho que é melhor você se recuperar um pouco. — John disse a ela antes de se voltar a Ethan. — Sou do EOD, posso te ajudar.
— Os céus realmente nos amam. — Jack disse, e John sorriu. — A única coisa que faltava na equipe, um cara da antibombas, e ainda do exército. Obrigado senhor.
— Menos Jack. — Ben falou, e todos riram.
— Ok, vamos lá. — John nos disse.
— Eu também vou. — falei para ele, Ethan e meus irmãos quiseram vir juntos, Enzo, Elena e Peppe também.
Assim que chegamos, John se ajoelhou ao lado da bomba com a cara de quem estava prestes a desmontar um quebra-cabeça de uma competição, estava sério, concentrado, sem heroísmos. A peça pendurada na porta não parecia de primeira, era fio, metal, um visor que piscava e um barulho elétrico baixo que ninguém gostou de ouvir, simples demais…
— Não é brinquedo — John falou direto, sem olhar para ninguém. — Tem trava mecânica e sensor. Se mexer errado, aciona.
— Quanto tempo? — perguntei.
— Pelo visor, os caras estão certos, três horas. Mas… — ele fez uma pausa. — Como eu disse antes, um toque errado e vamos conhecer Jesus antes da hora.
— Isso não foi muito encorajador. — Jack disse.
— Me desculpe, cara, mas preciso ser sincero. Isso aqui não pode ser feito de qualquer jeito, não vai ser rápido, tenho que ser preciso.
— Faça o que tem que fazer. — ordenei a ele, que assentiu, Ethan parou ao seu lado e perguntou.
— O que está pensando?
— Vou tentar desacoplar a trava e isolar a alimentação. — John respondeu, e Ethan concordou com um aceno. Decidi deixar eles trabalharem.
— Chefe. — Hugo me chamou se aproximando. — Descobri que as portas são digitais, alguém trancou tudo pelo sistema.
— E dá para fazer alguma coisa? — Enzo perguntou.
— O bloqueador anulou a rede e o sinal, preciso derrubá-lo. Infelizmente não consigo abrir nada remoto.
— E onde fica o controle? — perguntei.
— Conseguimos a planta do hospital na sala da administração. — Hugo começou. — Tem um porão técnico, perto das caldeiras. Se a gente achar a cabine e derrubar o jammer, a rede volta.
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