Quando cheguei no apartamento de Hamzaf, como esperado, estava vazio. Não havia uma alma viva. Hamzaf estava no restaurante e Grace pelo visto estava gastando o dinheiro de Hamzaf, ainda, pelo shopping. Deveria ter tentado encontrá-la, muito embora ela tivesse literalmente desaparecido.
Aproveitei para tirar os últimos vestígios da antiga Pâmela indo tomar um banho para passar um gilete nas pernas e quem sabe ficar minimamente gostosa para que ao menos eu conseguisse o dinheiro de Hamzaf pela beleza.
Não ia me iludir, mas ia aceitar isso como uma boa opção.
Busquei uma abaya que Grace havia me ajudado a escolher que estava numa daquelas sacolas que agora estava no quarto. Era de cor vinho, muito bonita e tinha uma cor que lembrava paixão. Era a minha intenção despertar alguma coisa em Hamzaf. Minha mente acusava que vinho lembrava também vermelho que era cor da raiva, mas eu tentava afastar esses pensamentos terríveis, dizendo para mim mesma que não havia motivo para Ham sentir raiva de mim. Era melhor parar de pensar nessas coisas e correr para me arrumar logo.
Rapidamente segui para o banheiro e tratei de me arrumar. Não sei se o cheiro do sabonete de rosas entrou em mim ou eu que entrei nele, porque tenho certeza que não deveria ter esfolado a minha perna como eu havia feito. O importante é que eu podia literalmente dizer que tinha cheiros de flor sem precisar ter colocado um perfume para isso, embora assim tivesse sido mais fácil do que esfolar minha pele.
Respirei fundo e comecei a passar uma base no rosto para ficar mais apresentado.
Foi nesse segundo que comecei a perceber que algumas coisas estavam muito erradas. Arqueei a sobrancelha. Ouvi vozes e risos. Claro, provavelmente Grace estava ali, mas ouvi uma voz masculina que me fez ficar em alerta. Depois silêncio. Arqueei uma sobrancelha enquanto voltava a passar maquiagem de novo, mas novamente me assustei e derrubei a base no chão tentando me manter em pé quando ouvi Grace gritando:
― Não! Não! Jason, não! ― Arregalei os olhos. Ah, meu Deus. Grace estava sendo agredida ou violentada pelo primo dela! Ele tinha feito papel de bom e agora estava ali, vendo que ela ia casar com outro e entrando em fúria extrema.
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