O Acordo Perfeito(Completo) romance Capítulo 38

Resumo de Capítulo 38: O Acordo Perfeito(Completo)

Resumo do capítulo Capítulo 38 de O Acordo Perfeito(Completo)

Neste capítulo de destaque do romance Romance O Acordo Perfeito(Completo), Diana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Nícolas tem o péssimo hábito de se sentir em casa independente do cômodo onde ele está, do que está fazendo ou quem tem que encarar. É por isso que não é nenhuma novidade vê-lo pular na cama de solteiro e encarar o quarto como se avaliasse se era um lugar bom para ele ficar. Seus olhos vagueiam procurando algum erro, o que me dá raiva, já que ele já estava ali por conta da benevolência de Ham e não porque tinha alugado um hostel.

― Pam, pode vir aqui rapidinho? ― Me chama Ham e eu deixo o meu irmão idiota assoprando uma mexa do seu cabelo que insiste em cair no olho dele para dar atenção a Ham que me acompanha até a cozinha.

― Ele disse quanto tempo vai ficar?

― Hm… Na verdade, não perguntei. Espero que pouco. ― Admito e Ham concorda bufando. Meu irmão decidiu aparecer de um jeito inusitado. Decidi seguir até o quarto onde ele estava, olhando para o nada, enquanto o perguntava:

― Nick, é… Quanto tempo você tem em mente para ficar aqui? ― Meu irmão nem demoveu os olhos do teto, como se minha presença fosse uma mera inconveniência.

― Não sei… "To" com fome. Quando que sai o rango? ― Crispei os lábios. Estava bem próxima de socar o meu irmão, mas me segurei.

― Não sei. ― Sai de perto dele antes que cometesse alguma loucura.

Fui até Ham e suspirei. Seriam dias longos, era a única certeza que eu tinha.

― Você não teria irmãs para me apresentar não, Pam? ― Pergunta Rashid se aproximando de mim. Nego com a cabeça e acabo desistindo de conversar com Rashid e Ham e me preparar para o almoço na presença do meu irmão.

*

Já pronta, encaro Hamzaf e meu irmão que realmente não se dão nem um pouco bem. Meu irmão está vestindo uma blusa de meia manga surrada e um short de pano e lona e chinelos, como se estivesse indo para o bar do Manuel, na esquina da minha casa no Brasil. Não é possível que ele não tivesse se tocado que a gente não estava indo para um bar.

― Eu disse para você se arrumar! ― Ralhei com Nícolas que franziu o cenho como se o que eu dissesse não fizesse o menor sentido para ele.

― Mas eu me arrumei. Até penteei o cabelo, ó! ― Ele disse apontando para o couro cabeludo molhado e levemente arrepiado. Meus nervos estavam quase a flor da pele.

― Coloque ao menos um tênis e uma calça jeans! ― Ralhei novamente fazendo Nícolas negar com veemência.

― Eu "to" bem. "Cê" tá louco ficar parecendo um engravatado mauricinho igual ao seu marido. ― Ele apontou novamente para Hamzaf que novamente deu um passo para frente intimidando o meu irmão que deu um passo para trás realmente com medo. A cena já estava começando a ficar hilária e eu precisei segurar o meu riso.

― O que ele está falando Pam? ― Perguntou Ham.

― Mas tu tá difícil de me entender para mandar seu marido abaixar a bola, Pam! ― Meu irmão realmente estava irritado com a presença marcante de Ham. O que me fazia rir era ele não perceber que Ham não iria matá-lo. Ao menos não na minha frente.

― Ele não quer se arrumar como nós. ― Ham deu de ombros.

― Fazer o que. Diz para ele que as mulheres daqui nem sequer vão olhar para ele se ele continuar com essa roupa. ― Ham tinha um ponto. Ao menos essa poderia ser uma forma de convencer o meu irmão a se arrumar. Traduzi o que Ham falou para o meu irmão, o que fez Nícolas realmente ficar tentado a trocar de roupa. Ele ficou olhando para si, depois para o quarto, mas acabou que sua teimosia e o seu pagar para ver acabaram ganhando a batalha, porque ele rapidamente exasperou:

― "To" tranquilo. Vou pagar para ver. Vai que eu encontro uma mulherona que queira o papai do jeito que ele é, hã? ― Não me aguentei e dei um tabefe na nuca de Nícolas. Sem mamãe ali, era mais fácil eu machucá-lo e quem sabe colocá-lo nos eixos. Muito embora eu tivesse quase certeza de que minha mãe tinha entortado Nícolas o suficiente para que ele nunca mais se endireitasse.

― Deixa de ser idiota, seu tonto! As mulheres aqui são tudo comportadas e querem homens comportados do lado delas! Não uns ferrados como você que nem trabalhar quer!

― Calúnia! Eu quero trabalhar sim, mas não em qualquer trabalho!

Também fizemos questão de sentar perto do ar condicionado, não só para fazer Nícolas morder a língua, mas porque eu estava usando uma abaya nova e sinceramente não estava acostumada com manga cumprida o suficiente para não ter que ficar de frente ao ar condicionado.

Hamzaf fez os pedidos para nós e aguardamos tranquilamente enquanto meu irmão decidira por não só morrer de frio, mas também por cutucar o tecido que forrava a mesa desfazendo o linho entre os dedos. Ele realmente não conseguia ficar quieto um segundo sequer.

― Mas me conte… O que você gosta de fazer, Nícolas? ― Perguntou Hamzaf e eu rapidamente traduzi o que ele disse para Nícolas que ainda continuava cutucando.

― Uma social com os amigos, sacou? ― Foi o que o meu irmão disse, mas sendo mais sincera na resposta, eu traduzi para Ham:

― Ele gosta de beber com os amigos dele. ― Ham assentiu como se sorvesse as palavras. Para falar a verdade, eu estava com um medo gigantesco de que uma terceira bomba mundial explodisse ali mesmo na mesa, antes mesmo de nossos almoços chegarem.

― E ele tem alguma namorada? Noiva? ― Essa era uma pergunta que eu também não saberia responder. Afinal, já estava há pouco mais de um mês em Dubai, muitas coisas poderiam ter mudado com o meu irmão nesse tempo. Inclusive, ele ter conseguido uma namorada. O que seria um milagre, por sinal.

― Nah… Afasta de mim essa assombração! Admiro que você queira se prender, e valorizo, porque minha irmã merece um engravatado como você, mas mulher para mim é que nem comida, quanto mais melhor! ― E enquanto Nícolas ria da sua lógica e antes mesmo de traduzir na íntegra o que Nícolas tinha dito, dei-lhe outro tabefe na nuca, mesmo que estivesse na frente de um tanto de gente. Nick reclamou coçando a nuca e eu falei rápido com ele:

― Idiota! Burro! Trate uma mulher assim só para ver se não te encho de tabefes!

― Mas tu está batendo muito forte ultimamente, Pam! Onde aprendeu bater forte assim? Tá doendo muito esses tapas! Ai! ― Não liguei para o comentário do meu irmão me sentindo enfurecida enquanto traduzia para Ham. Para minha surpresa, Ham fechou a cara enquanto murmurava:

― Dá um tapa por mim nele! Que Alá salve nossos irmãos! ― E eu concordei com Ham pedindo aos céus que livrassem Rashid e Nícolas deles mesmos.

*

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