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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 1

"Positivo."

Meus joelhos quase cederam quando vi as duas linhas rosas. Eu estava grávida. Leonardo e eu íamos ter um bebê. Por um momento, a felicidade tomou conta de mim. Imaginei o sorriso dele ao ouvir a notícia, o abraço quente que ele me daria, e como tudo finalmente faria sentido. Nós não precisaríamos mais esconder nosso relacionamento. Estávamos construindo uma família.

Respirei fundo e voltei à minha mesa, tentando disfarçar o turbilhão de emoções. Ninguém na MGroup sabia do nosso romance, e era melhor assim. Se alguém descobrisse, com certeza pensariam que o meu cargo de Diretora de Segurança Cibernética era por causa dele, e não por minhas habilidades.

Sentei-me e liguei o computador. Precisava pensar em uma maneira especial de contar a notícia. Algo que fosse a nossa cara. Leonardo e eu sempre adoramos jogos e enigmas tecnológicos, então imaginei esconder a mensagem em um código, algo que ele teria que desvendar.

"Você vai adorar essa surpresa, Léo", murmurei com um sorriso, enquanto começava a programar.

Comecei a criptografar pastas e ocultar a mensagem entre relatórios e arquivos confidenciais. Estou grávida, o código diria, esperando que ele descobrisse. Imaginei sua reação, a surpresa, a alegria.

Enquanto finalizava a tarefa, Nadia, minha assistente, entrou na sala, parecendo preocupada.

"Amber, você está bem?" ela perguntou, franzindo a testa. "Você parece... diferente."

Sorri nervosa, tentando manter a calma. "Estou ótima, Nadia. O que houve?"

"Recebemos um e-mail estranho. Passou por todos os nossos bloqueios de segurança, e ninguém consegue identificar de onde veio. Achei melhor você dar uma olhada."

"Claro, vou ver isso agora mesmo", respondi, e Nadia saiu, deixando-me sozinha novamente.

Abri o e-mail e tentei decifrá-lo. Algo parecia familiar no formato. Três tentativas depois, consegui acessá-lo. E foi então que meu mundo desabou.

Na tela, uma imagem de Leonardo abraçando outra mulher. Martina Ricci, a socialite que eu sempre via nas colunas de fofocas. Eles pareciam felizes, em um evento cheio de glamour. A legenda abaixo da foto fez meu estômago revirar: "O Casamento do Século: Leonardo Martinucci e Martina Ricci unem seus impérios."

Senti o sangue gelar. Meu peito, que antes estava cheio de alegria e esperança, agora se apertava em uma dor esmagadora. Meu Leonardo... ia se casar com outra mulher. Como eu pude ser tão cega? Como eu não vi isso antes?

Minhas mãos começaram a tremer. Peguei o telefone e disquei o número dele, mas o celular só chamava. Uma vez. Duas vezes. Caixa postal.

Tentei de novo. E de novo. Nada.

A raiva começou a crescer dentro de mim. Ele precisava me dar uma explicação. Eu não podia acreditar no que estava vendo. Depois de mais uma tentativa frustrada, finalmente, uma mensagem dele apareceu na tela:

"Não tenho tempo para você agora."

Ela arregalou os olhos, mas não tentou mais me segurar. Eu saí dali tão rápido quanto entrei, sentindo as lágrimas se acumularem nos olhos, mas recusando-me a deixá-las cair. Não agora. Não por ele.

Fui para a saída do prédio, com a cabeça erguida e o coração em pedaços. Se Leonardo achava que podia jogar comigo, estava prestes a descobrir que eu não era alguém fácil de enganar.

Pelo celular pedi um UBER enquanto voltava para minha sala, para pegar alguns papéis que tinha esquecido. Nadia correu em minha direção, mas a parei com o olhar.

"Senhorita, o e-mail, ele...era um problema?" ela falou receosa e eu sorri, negando todos os meus sentimentos.

"Não, Nadia, era apenas uma piada de mau gosto. Encaminhei para o relações-públicas do CEO. Não tem nada a ver com nosso setor." ela concordou. "Eu vou me retirar agora, tenho uma reunião importante. Não me ligue, não estou disponível para ninguém." falei séria, e ela concordou com a cabeça.

"E se o senhor Martinucci ligar?"

"Minha reunião é com ele, querida." ela assentiu e saiu. Olhei para o celular e o Uber já estava próximo. Caminhei pelos corredores da empresa, me despedindo com o olhar. Eu nunca iria aceitar aquilo. Nunca conseguiria entender por que ele me traiu daquela maneira. Foram 12 meses de companheirismo e cumplicidade, quando ele iria me contar que eu era apenas uma distração em seus dias?

Entrei no carro ainda com a cabeça a mil, tinha que ter uma resposta. Eu precisava entender exatamente por que ele tinha feito isso comigo. Puxei o celular e liguei para ele novamente, no segundo toque ele atendeu.

"Amber, eu já disse, agora não!" e desligou, me deixando ainda mais revoltada com toda a situação.

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