Foi aí então que ela percebeu: a mão de Eduardo ainda repousava sobre a sua. Retirou a dela com pressa, como se tivesse encostado numa brasa.
Eduardo franziu o cenho, confuso.
— Está tudo bem, Laura? Você está muito pálida...
Ela forçou um sorriso, lutando para manter a compostura.
— Não é nada, apenas ... uma dor de cabeça. Deve ter sido o vinho. Me desculpa... mas eu vou precisar me retirar.
— Eu levo você. — Ele se levantou, prestativo, preocupado.
— A noite foi longa. Você trabalhou demais hoje.
Laura abanou a cabeça.
— Imagina, doutor Eduardo. Termine seu jantar tranquilo. Eu pego um táxi. É só uma enxaqueca.
Ele hesitou, mas acabou concordando com um aceno compreensivo. Laura se levantou apressadamente, sentindo os olhos de Heitor queimarem sua nuca enquanto caminhava para fora do restaurante.
Lá fora, o ar estava morno, abafado. Ela se aproximou do ponto de táxi mais próximo e tentou respirar. Mas tudo nela tremia. O estômago revirava, a mente estava em colapso. Não podia ser. Ele estava no exterior. Ele...
Mas era ele. E estava ali. E havia a olhado como se não tivesse passado um dia sequer desde que ela partiu.
Foi quando sentiu.
Uma mão firme agarrou seu braço com força.
— Se pensa que vai fugir de mim novamente, está muito enganada, Laura.
Ela se virou num sobressalto.
— Me solta, Heitor! Vai fazer companhia pra sua esposa!
Ele a encarou com olhos duros, sérios, perigosos.
— Ela não é minha esposa.
— Jura? Você mora com ela. Tem um filho com ela!
— Não fale o que não sabe . Desde que ne abandonou no momento que eu mais precisava eu tenho certeza que não sabe nada da minha vida ,Laura.
___Tem razão não sei e não quero saber ,você seguiu a sua vida e eu a minha.Agora me deixa.
Ele se aproximou ainda mais. Os olhos em brasas.
— Você não vai a lugar nenhum. A gente tem muito o que conversar.
— Eu não tenho nada pra dizer!
E ela se virou para sair.
Foi rápido demais.
Heitor a agarrou pela cintura, e antes que ela pudesse reagir, a levantou como se fosse peso nenhum. Jogou-a sobre o ombro. Laura gritou, socando suas costas.
— HEITOR! ME SOLTA! VOCÊ TÁ LOUCO?!
Ele atravessou a calçada com ela no ombro. Algumas pessoas olharam, surpresas, curiosas. Outras riram, achando que era uma cena romântica. Mas ele não ligava.
Abriu a porta de seu carro de luxo e a jogou no banco do passageiro, trancando a porta antes que ela saísse.
— VOCÊ TÁ LOUCO? — ela repetia, batendo na janela.
Ela tentou resistir... por dois segundos.
Depois se entregou, gemendo quando a língua dele invadiu sua boca com fome e domínio. Suas mãos desceram pelas costas dela, agarrando os quadris com força, colando-a mais ainda contra sua ereção.
— Porra, Laura... você continua quente como o inferno. E está toda molhada. — Ele deslizou a mão por baixo do vestido e gemeu baixo quando sentiu a calcinha úmida.
— Caralho... já tá toda molhadinha por mim.
— Heitor... — ela sussurrou, quase implorando, se contorcendo sobre ele.
Ele puxou o tecido da calcinha para o lado e deslizou dois dedos entre suas dobras ensopadas. Ela gritou, se agarrando nos ombros dele.
— Você sente isso? É saudade, Laura . É a tua bocetinha dizendo que é minha.
Sem aviso, ele abaixou a alça do vestido e abocanhou um dos seios com fúria. Sugava, mordia, lambia, fazendo o corpo dela se incendiar.
— Você é minha. Sempre foi. E agora vou te provar isso de novo. Agora. Aqui.
Ele abriu o zíper da calça com brutalidade e liberou o sexo, rígido, grosso, latejante de desejo.
Laura o encarou, com os olhos arregalados, os lábios entreabertos e o peito arfando.
— Senta. — ele ordenou com a voz grave.
— Agora.
Ela obedeceu. Devagar. Com um gemido de prazer e dor, o encaixou dentro de si. Centímetro por centímetro. Até senti-lo todo. Firme. Profundo. Impossível de ignorar.
— Isso... porra, isso. — Ele jogou a cabeça para trás, os músculos do pescoço tensionados, os olhos cerrados de puro prazer. — Essa bocetinha continua apertada como eu lembrava...
Laura gemeu alto, os quadris se movendo com sede. O prazer era tanto que doía. Cada estocada era um reencontro, um castigo, uma promessa.

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