Laura se levantou num rompante, os olhos ardendo.
— Seu desgraçado! Acha que eu sou esse tipo de mulher ? Acha que se eu estiver com alguém mais velho é por dinheiro?
Heitor levou a mão ao rosto onde ela o acertou, surpreso, mas não recuou. Os olhos dele queimavam.
— Eu não acho nada ,mas qualquer um pensaria que a relação de vocês é muito mais que profissional se vissem o que eu vi.
Laura o olhou por um longo momento. E, só para feri-lo, para se vingar dela ,mentiu.
— Sim. Eu estou com ele. Dormimos juntos. Ele me trata como uma rainha.Como homem nenhum me tratou.
O silêncio foi devastador.
Heitor se levantou devagar. Era como ver um vulcão prestes a entrar em erupção. O peito subia e descia com força, o roupão se abrindo levemente, revelando parte do abdômen definido e do quadril largo. Os músculos dos ombros estavam tensos, como se ele estivesse contendo a fúria com todas as forças.
— Você... está de brincadeira comigo? — a voz saiu baixa, carregada de ameaça.
Ele deu um passo na direção dela. Depois outro. E mais um. Parou tão perto que ela sentiu o calor do corpo dele contra sua pele.
— Então me diz olhando nos olhos, Laura. — Ele segurou o queixo dela com força.
— Diz que deixou outro homem tocar nesse corpo. Nesse corpo que é meu.
Ela hesitou. O orgulho mandava manter a mentira. Mas os olhos... aqueles olhos diziam que ele a despedaçaria por dentro se acreditasse.
E ela não queria isso.
Mas antes que pudesse falar, ele a puxou para si, colando o corpo dela contra o dele com brutalidade.
— Só de pensar em outro homem te tocando, me dá vontade de matar. — Ele a encostou na parede.
— De lembrar que eu esperei por você todos esses anos... enquanto você estava trepando com outro.
— Heitor...
— Cala a boca. — Ele rosnou, passando os dedos por entre os cabelos molhados dela.
— Você é minha. Sempre foi. E se tiver que te lembrar disso mil vezes, eu vou fazer.
Os olhos dele estavam brilhando. Mas não só de raiva. Havia dor. Havia medo.ciumes .
Havia amor.
Ela respirou fundo, sentindo o peso de tudo o que ainda precisava contar.
Mas não agora.
Agora, estavam diante da beira de um novo abismo.
E mais uma vez... prestes a se jogar.
Laura estava encostada na parede, o coração disparado, os lábios entreabertos. O roupão que cobria seu corpo escorregava pelo ombro esquerdo, revelando parte da curva macia de seu seio. Heitor percebeu e o olhar dele se incendiou como gasolina em brasa viva.
Ele se aproximou ainda mais, o tórax nu quase colando no dela. O calor do corpo dele era como um campo magnético, e Laura se odiava por estar tão receptiva, tão entregue, mesmo sem querer.
Ele riu. Um riso baixo, másculo, carregado de deboche e excitação.
— Não é? Então me prova. — Ele roçou os lábios nos dela, quase encostando, sem beijar.
— Me empurra, Laura. Me diz que não quer. Que o corpo que treme agora debaixo do meu é de outro e que não dói comigo que você está a gozando a instantes atrás.
Ela fechou os olhos. A vontade de gritar sim era enorme. Mas seu corpo a traía. Os mamilos estavam duros, o centro entre suas pernas pulsava, molhado de antecipação. Ele sentiu. Percebeu. Cheirou a entrega dela.
Heitor se afastou de repente, deixando um vácuo de calor onde antes estavam colados.
Foi até a cama. Sentou-se devagar, as pernas afastadas, o roupão se abrindo sem que ele parecesse se importar. Laura viu as coxas musculosas, firmes, o abdômen trincado ainda molhado do banho. Ele espalhou os braços pelas laterais da cama como um rei esperando que ela se rendesse.
— Vem cá — ordenou, com a voz baixa, firme. — Senta aqui.
— Vai se foder. — ela retrucou, o rosto em chamas.
Ele ergueu uma sobrancelha e deu um sorriso lento.
— Isso eu pretendo fazer como você . Mas só depois de você implorar.
Laura deu um passo à frente sem perceber. Depois outro. Os olhos dele a hipnotizavam. O corpo dele a chamava. E quando percebeu, já estava de pé entre as pernas dele, olhando para aquele homem que era sua perdição.
Heitor levantou uma das mãos e afundou os dedos entre os fios úmidos do cabelo dela, puxando-a levemente para si. O rosto dela ficou a centímetros do dele.
— Vai continuar fingindo que o que aconteceu lá no carro foi um erro? — sussurrou.
— Vai continuar fingindo que esse tal Eduardo te satisfaz?

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