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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 117

O sol mal havia surgido no horizonte quando Heitor desceu do carro preto e atravessou o jardim silencioso da mansão. O ar da manhã ainda estava frio, e o silêncio só era quebrado pelo som dos passos dele sobre o cascalho úmido.

Era cedo demais para uma visita. Mas ele não conseguia esperar mais.

Quando a porta foi aberta pela governanta, ele não disse uma palavra. Apenas assentiu com um leve gesto de cabeça e entrou. O interior da casa exalava perfume suave e tranquilidade, um contraste cruel com o turbilhão dentro dele.

Encontrou Laura na varanda dos fundos, de camisola clara e um robe leve sobre os ombros. Os cabelos soltos estavam ainda um pouco bagunçados, o que a deixava absurdamente mais bela. Ela tomava um café, em silêncio, com os olhos perdidos na paisagem.

— Bom dia — ele disse, com a voz baixa.

Ela virou o rosto devagar, surpresa.

— Heitor...? O que faz aqui tão cedo?

— Vim ver como vocês estão. Como está o Joaquim?

Ela sorriu de leve, um sorriso quase irônico.

— Está dormindo. É cedo, e ele ontem ficou brincando com os brinquedos que comprou para ele até tarde.— disse, levantando a xícara aos lábios.

— Eu não sei se foi uma boa ideia Heitor vir para cá ,aqui é afastado de tudo e o Joaquim pode estanhar isso tudo ,ele sempre conviveu com pessoas em volta dele e sinceramente eu também não estou me sentindo bem aqui.

Heitor se aproximou devagar, as mãos nos bolsos da calça social. Estava de camisa branca dobrada até os cotovelos e os cabelos ainda um pouco desalinhados. O olhar, porém, era firme. Sempre era.

— Quer me dizer que está desconfortável aqui?Mas na última vez que te trouxe para cá você pareceu gostar muito daqui.

Laura desviou o olhar por um instante, respirando fundo, como se precisasse de coragem para responder.

— Era diferente, Heitor... — ela disse com a voz mais baixa.

— Da última vez em que estive aqui, eu não tinha o Joaquim. E você não me trouxe para morar... só para passar uma noite.

O peso daquelas palavras pairou entre eles como um fantasma que nenhum dos dois queria nomear. A lembrança daquela noite — intensa, proibida, inacabada — pareceu invadir o ar, tornando-o mais denso, quase palpável.

Heitor apertou os lábios, mantendo o olhar fixo nela. O vento suave da manhã bagunçava os fios soltos de seu cabelo, e ele teve vontade de tocá-la. Mas não o fez.

— Achei que aqui vocês estariam mais seguros — respondeu, por fim.

— Longe da Patrícia. Longe do perigo que ela representa.

— E estamos — ela admitiu, dando de ombros.

— Mas não é segurança que está em jogo, é liberdade. Joaquim é uma criança, precisa de movimento, de gente, de alegria. Aqui é bonito, silencioso... e sufocante e logo ele vai enjoar de brincar sozinho e vai querer está com crianças da mesma idade que ele.

Ele se aproximou mais um passo. Agora, estavam frente a frente. Havia uma tensão elétrica entre eles, uma vibração silenciosa, como se os corpos se reconhecessem mesmo quando as palavras insistiam em manter distância.

— Você está dizendo que quer ir embora?

— Estou dizendo que me sinto isolada — ela corrigiu, sem recuar.

— Um casamento.

Laura o encarou como se ele tivesse enlouquecido.

— Você tá falando sério?

— Nunca falei tão sério. Um casamento entre nós. Oficial. Você e eu. Por Joaquim. E... por Pedro também. Estou pensando em pedir a guarda dele. Casado, eu teria mais chances. Estabilidade pesa na decisão da Justiça. Principalmente com os relatos que tenho sobre Patrícia. Com os depoimentos dos funcionários.

Laura deu um passo para trás, incrédula.

— Você quer que eu case com você... por estratégia jurídica?Para conseguir a guarda do seu irmão ?

— Não só por isso — ele respondeu, rápido.

— Você sabe que o que temos não é qualquer coisa. Mesmo que não seja amor... mas é algo. Algo forte. Real.

Ela riu, seca.

— O que temos, Heitor, é um histórico de brigas, de uma atração que nunca nos levou a lugar nenhum a não ser ao sexo banal e um filho. Só isso.

— Sexo banal ? — ele deu um passo à frente, a voz agora carregada de provocação.

— É assim que você chama tudo que aconteceu entre nós ?

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