Capítulo 116
Ela tentou não reagir. Tentou fingir que a presença dele não mexia com cada centímetro do seu corpo. Mas o calor subiu por dentro, traindo-a.
— Eu não vou casar com você sem amor, Heitor. Não vou criar meu filho num lar onde os pais só dividem responsabilidade... e sentem apenas tesão um pelo outro.
O olhar dele escureceu. Mas não era raiva. Era algo mais profundo. Algo que ele mesmo não sabia nomear.
— O amor nunca me trouxe nada além de sofrimento, Laura. O que eu sinto por você me assusta porque é real. Forte demais. E, sim, parte disso é desejo. Mas não só isso ,eu preciso de você como nunca preciso de mulher nenhuma em minha vida.
Ela ergueu o queixo, firme.
— Ainda assim, a resposta é não. Eu não vou entrar num casamento vazio. Só para te ajudar a conseguir a guarda do seu irmão, não vou condenar ele e muito menos o Joaquim a viver em um lar que os responsáveis por eles não se amem.
Ele a encarou por longos segundos. Seus olhos se estreitaram. O maxilar travado. E então, ele murmurou, quase como uma ameaça:
— Vai me obrigar a jogar sujo, Laura? — ele disse com a voz baixa, arrastada.
— Eu realmente não gostaria de agir assim... mas sendo tão teimosa, não vejo outra saída.
Ela franziu a testa, os olhos estreitos.
— Do que está falando, Heitor?
Um sorriso perverso surgiu no canto da boca dele. Um daqueles que sempre a fazia tremer por dentro, mesmo quando ela queria gritar.
— Estou falando que, se você não quer se casar comigo por razões racionais, vou ter que te lembrar de uma das melhores vantagens de me ter como marido.
Antes que ela pudesse reagir, ele a puxou pela cintura com firmeza e colou seus lábios nos dela. O beijo não foi terno. Foi urgente, dominante, carregado de posse.
Ela tentou empurrá-lo, mas o corpo já traía sua resistência. Os dedos dele apertavam sua cintura como se quisessem deixá-la marcada, e a língua invadia sua boca com fome. Com desejo antigo. Selvagem.
— Heitor... — ela sussurrou contra seus lábios, ofegante.
— Você não pode resolver tudo com sexo...
— Mas eu posso te fazer lembrar por que seu corpo me pertence — ele rosnou, a voz rouca, os olhos ardendo.
— Por mim, eu te faria minha aqui mesmo, no meio da sala... mas agora tenho filho e tenho que ser mais responsável.
Ele a encarou com aquele olhar possessivo que a despia por dentro.
— Vem comigo, Laura. Agora. — A voz dele não era um pedido. Era uma ordem. Quente, bruta, irresistível.
— Eu disse que não, Heitor.
Ele não respondeu. Apenas agiu. Em um movimento rápido, a pegou no colo, jogando-a sobre o ombro como se ela fosse leve feito pluma.
— Heitor! — ela sussurrou entre protestos abafados, batendo de leve em suas costas.
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