Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 124

Ele ficou parado no meio da sala. O coração disparado. O corpo em combustão. A respiração pesada. Resistir a Laura tinha sido a tortura mais cruel que ele já se impusera.

Ela o enlouquecia.

Cada curva. Cada gesto. Cada olhar.

Mas não queria apenas seu corpo. Queria sua entrega completa. Seu amor. Seu sim diante do altar.

E ele sabia exatamente o que fazer.

Se ela pensava que ele a rejeitava por estar com outra, então agora ele iria mostrar a verdade. E jogar sua cartada final.

Ia contar tudo.

Ia declarar o que ele mesmo evitava dizer em voz alta.

Que amava aquela mulher.

Que estava completamente apaixonado.

E que abriria mão de todo o controle, de toda a frieza... para ter Laura em sua vida. Na sua cama. Na sua alma.

Porque, no fim das contas, era ela. Sempre fora ela.

E saiu, deixando para trás um Heitor em chamas por dentro.

Laura entrou no táxi sem olhar para trás. A porta bateu com um estalo seco, como se selasse não apenas a saída dela da empresa, mas também a dor que latejava dentro do peito. Estava sufocada. O ciúmes queimava em sua garganta como fel.

A imagem de Heitor resistindo aos seus toques, ao seu corpo colado ao dele, ao calor evidente entre eles, ainda martelava em sua mente. Sentia-se ridícula por ter se insinuado, por ter se exposto daquela maneira... e mais ainda por ter sido recusada.

"Ele deve estar transando com outra", pensou, com os olhos fixos na paisagem que passava pela janela. "Talvez com alguma mulher que tenha conhecido recentemente, ou pior... com a Patrícia."

Seu estômago revirou.

Patrícia. A mulher com quem ele viveu. Que teve o que ela não teve. Que o conhecia por inteiro, que fazia parte do seu passado. E, talvez, ainda fizesse parte do presente dele.

Laura fechou os olhos e encostou a testa no vidro frio da janela. A verdade era que ela sentia falta. Faltava o toque. O cheiro. A voz. Faltava o corpo quente e firme de Heitor cobrindo o dela, os beijos possessivos, os olhos famintos.

Mas mais que isso, faltava a presença dele. O jeito como a olhava como se fosse sua única razão. A maneira como falava com ela quando deixava a armadura cair. Quando se mostrava vulnerável.

Foi então que o celular vibrou em sua bolsa.

Ela demorou alguns segundos para pegá-lo. Quando viu o nome dele na tela, o coração saltou no peito. Pensou em ignorar. Em deixar tocar até cair na caixa postal. Mas a mão agiu antes da razão.

— Alô? — disse, tentando soar indiferente.

— Laura — a voz dele era baixa, carregada de intenção. — Quero te fazer um convite.

— Agora? — ela perguntou, surpresa. — Achei que quisesse distância de mim.

— Se quer saber, é uma tortura ficar longe de você — a pausa entre as palavras foi tensa.

— Quero jantar com você hoje. Na mansão.

Laura hesitou. Queria dizer não. Precisava dizer não.

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