Heitor inclinou-se um pouco, os olhos escuros como pecado.
— Porque a minha fome não é de comida ,Laura.
Laura estremeceu.
A forma como ele disse, o tom grave, a intenção por trás da frase, tudo nela se acendeu. E quando ele esticou a mão sobre a mesa e tocou a dela com firmeza, mas ternura, ela sentiu-se derreter.
— Laura... — ele começou, sério.
— Eu tentei me afastar. Tentei manter o controle. Mas... você é o meu ponto fraco, não sabe o quanto me custou resistir a você ,naquele escritório.
Ela não respondeu. Apenas o olhou. E nos olhos dele, encontrou mais do que desejo. Encontrou entrega. Sentimento. Amor?
Laura respirou fundo, o olhar firme preso ao dele ,então se levantou e disse o que foi ali para dizer.
— Eu pensei muito, Heitor… e sim, eu aceito.
Um silêncio denso pairou no ar por alguns segundos.
Ele ergueu uma sobrancelha, os lábios se curvando em um meio sorriso provocador.
— Aceita o quê, Laura? — ele perguntou, inclinando-se ligeiramente para frente.
— Porque, se não me falha a memória, eu não fiz nenhuma proposta.
Ela o fuzilou com os olhos, mas sorriu.
— Se não se lembra, então deve ser porque que você mudou de ideia?
Heitor soltou uma risada baixa, rouca, a voz como veludo.
— Estou apenas brincando, princesa.
— Ele levou a mão dela aos lábios e beijou com reverência.
—É claro que lembro que te pedi em casamento ,na verdade é que ouvir você dizer isso... me faz o homem mais feliz do mundo.
Laura sentiu o coração acelerar. Ele ainda segurava sua mão quando se levantou da cadeira. Por um segundo, ela achou que ele fosse se aproximar para beijá-la.
Mas não.
Ele a surpreendeu.
Sem dizer uma palavra, caminhou até a frente dela... e então, com um gesto firme e inesperado, ajoelhou-se.
Os olhos dela se arregalaram.
— Heitor...? O que você está fazendo?
— Algo que eu devia ter feito do jeito certo, desde o início.
Ele a olhou de baixo para cima, os olhos escuros brilhando sob a luz das velas, como brasas vivas.
— Eu sempre tive o hábito de tomar o que desejo, Laura. Você sabe disso. Nunca pedi. Nunca implorei. Sempre fui eu quem esteve no controle .. da minha vida, da minha empresa, das minhas decisões. Mas com você foi diferente.
Ele pegou a mão dela com carinho, como se a presença dela o domasse, mesmo ajoelhado.
— Quando te conheci, eu só queria o seu corpo. Só pensava no calor da sua pele, nos seus gemidos, nos seus beijos. Queria possuir você. Dominar você. E eu tentei. Ah, como eu tentei...
Laura prendeu a respiração, os olhos marejados, o coração disparado.
— Mas você, Laura... — Ele sorriu, com ternura e desejo.
— Você invadiu muito mais do que minha cama. Você invadiu o que há de mais inacessível em mim: o meu coração. E agora ele é seu. Completamente.
Heitor a tomou nos braços como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. Não havia pressa. Não dessa vez. O momento era deles, e cada segundo parecia carregado de eletricidade e significado.
Laura sentiu o peito apertar de emoção ao ser carregada até o quarto. O caminho até lá foi silencioso, mas o silêncio dizia tudo: promessas, confissões não ditas, desejos há muito reprimidos prestes a explodir.
O quarto estava à meia-luz, a cama perfeitamente arrumada, os lençóis impecáveis contrastando com a tensão pecaminosa entre os dois.
Heitor a depositou com delicadeza sobre o colchão, os olhos colados nos dela.
— Você é perfeita — murmurou, enquanto suas mãos deslizaram pelo tecido macio do vestido, subindo devagar pelas coxas até alcançar a fenda lateral.
Ele a despiu com lentidão, como se estivesse desembrulhando um presente precioso. Cada centímetro de pele exposta era alvo de beijos quentes, demorados, que faziam Laura se contorcer sob o toque dele. O vestido deslizou por seu corpo como seda viva, caindo no chão.
Ela estava nua.
Livre. Ardente.
E os olhos de Heitor escureceram ao perceber que ela havia ido ali sem nenhuma lingerie.
— Isso é crueldade — ele sussurrou, com a voz falha. — E eu estou completamente à sua mercê.
Laura sorriu com malícia, puxando-o pela gravata e o encarando com os olhos brilhando de desejo.
— Covardia é que o senhor fez comigo ,me deixando semanas sem sentir você.
— ela provocou, desabotoando a camisa dele com mãos ágeis e famintas.
— E hoje eu vou fazer você me dar tudo que me negou .
Ele não resistiu.
Deixou que ela o despisse como uma mulher faminta, os dedos dela arrancando botões, abrindo a camisa para expor o peito definido que ela tanto desejava.

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