Ao ouvir a confissão, Laura perdeu o controle. Avançou sobre Patrícia como uma leoa, tomada pela fúria, mas Heitor a segurou com firmeza, impedindo que a atingisse.
— Chega, Laura!Esse seu descontrole não vai ajudar em nada agora!
Ele se virou para Patrícia com os olhos faiscando.
— Diga logo, Patrícia. Onde Augusto levou meu filho e o meu irmão ?
Patrícia deu uma risada seca, histérica. Estava à beira do delírio.
— Pedro não é seu irmão, Heitor. Nunca foi.
As palavras caíram como uma bomba no silêncio da sala. O ar pareceu se tornar mais denso, e por um instante, Heitor parou de respirar. Sua expressão endureceu, os olhos se estreitaram, mas ele não disse nada. Apenas ficou ali, parado, como se sua mente se recusasse a aceitar o que ouvira.
— Ele é meu filho... Meu e do... Augusto.
A voz dela vacilou. A garganta secou e os olhos marejaram, mas ela manteve o olhar fixo no filho, esperando sua reação. A cada palavra dita, era como se tirasse um pedaço de sua própria pele. Heitor franziu o cenho, e um músculo em sua mandíbula começou a se contrair. Um nome que ele odiava, um nome que agora ganhava um significado ainda mais cruel.
— Seu pai ficou estéril depois daquela doença que teve, e teve que fazer um tratamento muito severo, lembra? Mas ele nunca contou a você.
Ela tentou suavizar a verdade cruel com uma explicação racional, como se isso pudesse amortecer a dor que acabara de infligir. Mas Heitor já não escutava com os ouvidos — ele ouvia com o sangue fervendo nas veias, com o coração disparado, com a alma em pedaços.
— Eu precisava engravidar para fingir que concebi na noite que menti ...ao dizer que dormimos juntos , e plano era fingir que o filho era seu irmão.
Agora, Ela já não se importava em contar toda história por trás do nascimento de Pedro ,como se sentisse um certo alívio com sua confissão.
— Fiz o enorme sacrifício de transar com aquele idiota, afinal ele era o único que estava disposto a me ajudar pela quantia certa a separar vocês dois e o único que não iria dar a mínima para o filho .
O nojo em sua voz era palpável. Fechou os olhos por um segundo, como se quisesse apagar aquela memória de dentro de si. Heitor, ainda sem falar, levou a mão ao rosto, pressionando as têmporas. O mundo que ele conhecia estava desmoronando, e ele sequer sabia onde se apoiar.
— Mas aí você descobriu a verdade, fazendo um exame de DNA sem minha autorização e estragou tudo.
Ela deu um passo à frente, a voz agora mais firme, como quem j**a luz sobre algo que já estava à sombra há muito tempo. Heitor abriu os olhos, e o olhar dele era um campo de batalha — entre a raiva, a mágoa, a compaixão e a repulsa.
— Quer dizer nem tudo ...você sempre achou que o Pedro fosse filho sldo seu pai e eu dei graças aos céus por isso ...pelo menos foi o que fez permanecer ao meu lado e eu pude pelo menos ter você sempre por perto.
O tom dela agora carregava uma ironia amarga. Havia desprezo, sim, mas também uma dor silenciosa por tudo o que foi obrigada a fazer. Heitor virou o rosto, como se não conseguisse mais encará-la. Seus olhos estavam úmidos, mas ele se recusava a deixar uma lágrima cair.
A verdade havia sido dita. E com ela, o peso de uma mentira que mudava muitas coisas ,menos o amor que ele sentia por Pedro e saber que não era seu irmão não mudava o seu amor e vontade de protege-lo ,com uma mãe desiquilibrada como Patrícia e um pai mau caráter como Augusto aquele garotinho precisava dele mais do que nunca e ele nunca irá abandona -lo.
Laura levou a mão à boca, abismada.
— Meu Deus... você é louca.
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