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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 133

Ele a olhou, os olhos vazios.

— Laura ? Eu não conheço nenhuma Laura. — murmurou, com expressão confusa.

Laura sentiu o chão sumir. Um desespero mais forte do que qualquer dor tomou conta dela. A cabeça girou, os olhos se encheram de lágrimas.

— Não… não, por favor… — Ela levou as mãos à boca, tentando conter o choro.

— Isso não pode estar acontecendo…

A porta se abriu e a enfermeira entrou, seguida por Henrique.

— Ele acordou! — Laura anunciou, entre soluços.

— Mas… ele não lembra de mim…

Henrique olhou para Heitor, que agora tentava conter um sorriso no canto dos lábios.

Henrique olhou para Heitor, que agora tentava conter um sorriso no canto dos lábios.

— Ah, não… — o advogado murmurou, cruzando os braços.

— Heitor Arantes, não ouse…

— Que foi? — Heitor falou, agora com um ar malandro.

— Eu só queria ver a carinha dela quando achasse que eu tinha perdido a memória.

— Perdão, amor... — ele murmurou, estendendo a mão e acariciando seu rosto com a ponta dos dedos.

— Mas eu não resisti. Essa foi mais uma prova que você me ama ,só me amando para passar o tempo todo ao meu lado ...eu te amo ainda mais por isso.

Laura ainda sentia o coração pulsando alto no peito. O susto, a dor, o alívio... tudo estava confuso dentro dela. O momento em que os olhos de Heitor se fecharam, dizendo que a amava, a lembrança do sangue em suas mãos, dos gritos, dos paramédicos… tudo parecia uma cena de um filme de terror que ainda ecoava em sua memória.

Agora, porém, ali estava ele. Vivo. Respirando. E sorrindo. Sorrindo como o velho Heitor Arantes. E, pior: fazendo piada com sua dor.

— Você é um monstro. — Laura disse, secando uma lágrima que escapava.

— Como pôde brincar com isso? Eu... eu achei que você tinha perdido a memória. Achei que não lembrava de mim, e nem ia se lembrar de Joaquim, do Pedrinho e de nada do que vivemos…

Heitor olhou pra ela, os olhos mais vivos do que nunca, e com aquele sorriso torto que sempre a fazia esquecer de tudo.

— Te peço perdão novamente , princesa — ele murmurou, estendendo a mão e acariciando seu rosto com a ponta dos dedos.

Laura tentou manter a seriedade, mas o toque dele, a voz rouca e fraca, a maneira como a chamava de “amor”... tudo isso desarmava qualquer raiva que ela quisesse sustentar.

— Você quase morreu, Heitor. Foram dois tiros... Um no braço e outro tão perto do coração… e ainda foi baleado pelas costas... — Ela engoliu em seco, a voz embargando.

— Os médicos disseram que foi um milagre você ter sobrevivido.

Ele sorriu, com ternura.

— E você acredita em milagres, Laura?

Ela hesitou, e então assentiu.

— Depois de tudo que vivemos… eu acredito. Mas não brinca mais com isso. Por favor. Eu não sou forte o suficiente pra te perder.

— Você é a mulher mais forte que eu conheço — ele disse, com a voz um pouco mais firme.

— Enfrentou tudo por mim. Foi atrás do nosso filho, arriscou a própria vida… Quem faria isso? Quem suportaria tudo isso?

Laura riu entre lágrimas, com os olhos brilhando.

Mas foi Henrique que respondeu que ia cuidar das papeladas para adoção de Pedrinho.

Dois dias depois, Heitor finalmente recebeu alta. Ainda estava fraco, com o braço imobilizado e o corpo dolorido pelos pontos e hematomas, mas nada o impediria de voltar para casa. Para sua família.

Laura fez questão de organizar tudo. Roupas confortáveis, carro com motorista, travesseiros extras... E claro, Joaquim e Pedrinho esperando no portão da mansão, ansiosos, com os olhinhos brilhando de expectativa. Bianca ficava ao lado deles, segurando as mãozinhas suadas dos meninos, tentando acalmar seus corações agitados.

O portão se abriu devagar.

Assim que o carro preto cruzou a entrada, Joaquim soltou a mão da babá e correu, tropeçando nos próprios pés, gritando com a voz embargada:

— Papaaaaaaai!

Heitor nem teve tempo de descer por completo. O menino se atirou nos braços dele com tanta força e emoção que ele quase perdeu o equilíbrio.

— Papai, você voltou! — o menino chorava, enterrando o rosto no peito do pai.

Heitor engoliu o choro. Sentia o corpo do filho tremer contra o seu e apenas o apertou com o braço bom, segurando-o com o amor de uma vida inteira.

— Eu disse que ia voltar, campeão… Papai nunca ia te deixar.

— Eu rezei! Toda noite! A mamãe me ensinou!

— E suas orações me trouxeram de volta — sussurrou Heitor, beijando os cabelos macios do filho.

Pedrinho, mais tímido, ficou parado a poucos metros, observando a cena. Laura o encorajou com um gesto.

— Vai, meu amor. Vai abraçar seu pai.

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