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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 141

O silêncio que caiu entre os dois foi cortante.

— Você tem ideia do que está dizendo? — ela perguntou, com a voz embargada.

— Eu não os abandonei! Eu venho pra casa, cuido deles, beijo cada um antes de dormir… eu só estou tentando…

— Está tentando salvar o Fernando. — ele disparou, com amargura nos olhos.

— Enquanto aqui, nessa casa, tem três pessoas que estão sendo deixadas de lado. Você quer ajudar? Ótimo,eu acho louvável a sua atitude ,mas acho reprovável você deixar a sua família de mão por conta disso.

Ela respirou fundo, sentindo o coração doer.

— Eu estou fazendo o que achou certo , Heitor. A Bianca é minha melhor amiga! A Valentina…

— A Valentina tem a dona Célia. E o Fernando é um homem adulto e o pai dela. Ele precisa lidar com a dor dele. Você tem que entender isso. A menos… — Ele estreitou os olhos

— … a menos que você esteja adorando cuidar dele também , a permanecer ao lado dele mais do que ao lado do seu próprio marido,é isso ?

Aquela frase caiu como um tapa. Laura arregalou os olhos, ofendida.

— Você está insinuando o quê?

— Eu não aguento mais, Laura. — A voz dele veio firme, cortante, como uma bomba prestes a explodir.

— Todo dia você enfia naquela casa pra cuidar da filha dele. Do problema dele.

Ela franziu a testa, surpresa com o tom.

— Heitor, não começa…

— Começar? — Ele deu um passo à frente, o olhar incendiado.

— Quem começou foi você, quando passou a dar mais atenção pra vida do Fernando do que pra nossa. Você tá vivendo a dor dele como se fosse sua, Laura!

Ela abriu a boca pra responder, mas ele não deixou.

— Enquanto isso, os meus filhos, os teus filhos, tão aqui, sendo criados por mim e por uma babá! E eu? Eu tô me virando como posso, porque minha mulher parece ter esquecido que tem uma família aqui!

— Não é assim…

— É exatamente assim! — ele gritou, os olhos faiscando.

— Você passa o dia todo com ele, Laura! Cuidando da filha dele, enxugando as lágrimas dele, resolvendo a vida dele! E eu aqui… esquecendo até que tenho uma mulher!

Ela empalideceu.

— É isso mesmo que você está dizendo?

— É. — Ele se aproximou mais, encarando-a de perto.

— Eu tô cansado de chegar em casa e encontrar você exausta. Sem energia pra mim. Sem um olhar. Sem um toque. Sem uma palavra.

Ele cuspiu as palavras com rancor.

— Quando foi a última vez que você me desejou, Laura? Hein? Porque eu nem lembro mais o gosto da tua pele. Nem lembro mais o som do teu gemido. E sabe o que é pior? — se inclinou, colando a boca ao ouvido dela

— Fernando tem mais da sua atenção do que eu.

Ele deu um passo à frente, o olhar em chamas.

— Eu tô falando da minha mulher. Da mulher que era minha parceira, minha cúmplice, minha paz! Tô falando da mãe dos meus filhos, da mulher que ria comigo, que dividia os problemas, os sonhos, a vida!

Ele bateu com força no peito, a respiração acelerada.

— Eu tô falando da falta que você me faz. Da falta da mulher que você era pra mim. Da mãe dos meus filhos. Da parceira que dividia a vida comigo. Não é só na cama que você sumiu, Laura. É na porra da vida inteira!

Ela sentiu o golpe. Engoliu em seco. Mas ele não parou.

— Você se enterrou na dor do Fernando como se fosse responsabilidade sua carregar aquele luto com ele! Cuidando da filha dele como se fosse sua. Dormindo e acordando naquela casa como se tivesse esquecido que tem um lar aqui!

Ela respirou fundo, tentando se controlar. Mas as próximas palavras dele quebraram tudo.

— Sabe o que eu acho? — ele murmurou, a voz mais baixa, venenosa.

— Talvez, no fundo, você esteja tentando tomar o lugar da Bianca.

Ela congelou.

— Talvez esteja adorando esse papel de mãe da Valentina… e quem sabe… — Ele se aproximou mais, olhos fixos nos dela.

— … quem sabe esteja começando a querer ocupar o lugar dela na cama do Fernando também.

O mundo girou.

O tapa veio forte, rápido, doído. A cabeça de Heitor virou de lado com o impacto.

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