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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 142

— Seu desgraçado! — Laura gritou, com os olhos ardendo em lágrimas e raiva. .

— Como você se atreve?!

E então ela partiu pra cima dele. Punhos fechados, socos desajeitados, movidos pela dor e indignação. Acertou o peito dele, os ombros, tentando machucar como ele a tinha machucado por dentro.

— Filho da puta!

— Laura! — ele agarrou os punhos dela, tentando conter os golpes.

— Você me respeita! Eu nunca… nunca faria algo tão sujo ! Nunca!

Num impulso, ele a puxou com força e a derrubou na cama. O corpo dela caiu de costas, e antes que pudesse reagir, ele subiu sobre ela, prendendo seus pulsos contra o colchão.

Ambos ofegavam.

Os olhos se encontraram — fogo contra fogo.

O peito dele subia e descia sobre o dela. Os quadris se tocavam. As respirações se misturavam. Laura se contorcia, mas não com medo. Com fúria. Com desejo. Um desejo envenenado por raiva.

— Me solta… — ela sussurrou, entre dentes, mas a voz falhou.

Heitor não disse nada. Apenas a encarava.

Como se a visse pela primeira vez. Como se a desejasse mais do que o ar.

Os olhos dele passearam pelo rosto dela, pela boca entreaberta, pelo pescoço exposto, pelos seios arfantes sob a camiseta fina.

O desejo entre os dois era espesso no ar. Cortante. Selvagem.

Ela achou que ele fosse tomá-la ali mesmo. Que rasgaria sua roupa, a penetraria com a fúria que tremia nos músculos dele. Que a faria pagar por cada segundo que passou longe, com cada investida crua e possessiva.

Mas ele não se moveu.

Só ficou ali.

Olhando.

Fome. Ódio. Luxúria. Amor. Tudo misturado num só olhar.

Laura estremeceu debaixo dele. O corpo dela, mesmo tomado pela raiva, pulsava. O centro latejava, úmido, faminto. Ela sentia o volume dele contra o seu ventre. Sentia a rigidez do desejo que ele tentava conter.

— Vai fazer o quê agora? — ela sussurrou, desafiadora, a voz carregada de fogo.

— Vai me possuir como punição? Vai marcar seu território?

Ele fechou os olhos por um segundo. Respirou fundo. E então, soltou os pulsos dela com brutalidade, como se estivessem queimando suas mãos.

Se afastou de cima dela.

Levantou-se num salto. Foi até o closet. Puxou a primeira camisa que viu. Vestiu-se às pressas, com os dedos tremendo.

Laura se sentou na cama, os cabelos bagunçados, os olhos cheios d’água e ódio. O corpo ainda quente. Ainda querendo. Ainda pronto para ele.

— Foge, Heitor. — ela disse com a voz baixa e cortante. .

—Foge porque depois do que me disse eu quero você bem longe de mim.

Um clube de BDSM conhecido apenas por membros. E ele já foi um deles.

Havia anos que não ia ali. Desde que Laura entrou em sua vida e ele escolheu guardar aquele lado dentro de si. Um lado que há algum tempo até a imprensa passou a conhecer . Um lado que ninguém compreendia — a não ser aqueles que estavam dentro daquele mundo.

Abriu o porta-luvas e pegou a máscara preta de couro que estava há tempos esquecida ali.A deslizou no rosto com um gesto automático. Quase ritualístico.

Ao entrar, o cheiro era familiar. Couro. Perfume doce. Champanhe. Luxúria no ar.

Músicas eletrônicas suaves preenchiam o ambiente, acompanhadas por gemidos discretos e olhares famintos. Casais em jogos silenciosos. Dominadores e submissos em perfeita sintonia, entregues.

Ele caminhou até o bar. Pediu um uísque duplo. Forte. Amargo.

Sentou-se em um canto reservado e ficou ali. Observando. Sentindo a tensão correr pelas veias como eletricidade. A raiva ainda viva. O ciúme queimando por dentro.

Um casal em cena no centro do salão chamou sua atenção. Ela estava de joelhos, completamente entregue. Ele, com os olhos fixos nela, tocava-a com autoridade, não violência. Controle. Submissão. Um jogo de vontades e entrega.

Heitor sentiu seu corpo reagir. Os dedos apertaram o copo com força.

Mas não era aquela mulher que ele queria.

Era Laura.

Era ela que ele queria ajoelhada diante dele. Olhando-o com raiva, orgulho, desejo. Gritando o nome dele. Odiando-o e amando-o ao mesmo tempo.

Ele saiu de lá decidido já com o sangue fervendo e o desejo pulsando com o simples pensamento de domina-la.

Mas ao chegar em casa, o quarto estava vazio.

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