— Seu desgraçado! — Laura gritou, com os olhos ardendo em lágrimas e raiva. .
— Como você se atreve?!
E então ela partiu pra cima dele. Punhos fechados, socos desajeitados, movidos pela dor e indignação. Acertou o peito dele, os ombros, tentando machucar como ele a tinha machucado por dentro.
— Filho da puta!
— Laura! — ele agarrou os punhos dela, tentando conter os golpes.
— Você me respeita! Eu nunca… nunca faria algo tão sujo ! Nunca!
Num impulso, ele a puxou com força e a derrubou na cama. O corpo dela caiu de costas, e antes que pudesse reagir, ele subiu sobre ela, prendendo seus pulsos contra o colchão.
Ambos ofegavam.
Os olhos se encontraram — fogo contra fogo.
O peito dele subia e descia sobre o dela. Os quadris se tocavam. As respirações se misturavam. Laura se contorcia, mas não com medo. Com fúria. Com desejo. Um desejo envenenado por raiva.
— Me solta… — ela sussurrou, entre dentes, mas a voz falhou.
Heitor não disse nada. Apenas a encarava.
Como se a visse pela primeira vez. Como se a desejasse mais do que o ar.
Os olhos dele passearam pelo rosto dela, pela boca entreaberta, pelo pescoço exposto, pelos seios arfantes sob a camiseta fina.
O desejo entre os dois era espesso no ar. Cortante. Selvagem.
Ela achou que ele fosse tomá-la ali mesmo. Que rasgaria sua roupa, a penetraria com a fúria que tremia nos músculos dele. Que a faria pagar por cada segundo que passou longe, com cada investida crua e possessiva.
Mas ele não se moveu.
Só ficou ali.
Olhando.
Fome. Ódio. Luxúria. Amor. Tudo misturado num só olhar.
Laura estremeceu debaixo dele. O corpo dela, mesmo tomado pela raiva, pulsava. O centro latejava, úmido, faminto. Ela sentia o volume dele contra o seu ventre. Sentia a rigidez do desejo que ele tentava conter.
— Vai fazer o quê agora? — ela sussurrou, desafiadora, a voz carregada de fogo.
— Vai me possuir como punição? Vai marcar seu território?
Ele fechou os olhos por um segundo. Respirou fundo. E então, soltou os pulsos dela com brutalidade, como se estivessem queimando suas mãos.
Se afastou de cima dela.
Levantou-se num salto. Foi até o closet. Puxou a primeira camisa que viu. Vestiu-se às pressas, com os dedos tremendo.
Laura se sentou na cama, os cabelos bagunçados, os olhos cheios d’água e ódio. O corpo ainda quente. Ainda querendo. Ainda pronto para ele.
— Foge, Heitor. — ela disse com a voz baixa e cortante. .
—Foge porque depois do que me disse eu quero você bem longe de mim.
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