Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 143

No meio da cama, apenas um bilhete escrito às pressas:

“Tive que sair às pressas. O Fernando me ligou. Valentina está na emergência com febre alta.”

O coração de Heitor disparou.

Por um segundo, preocupação. Mas logo depois… ciúmes. Raiva. A mesma história de novo. Sempre correndo pra ele. Sempre ao lado dele.

Ele saiu de casa como um furacão.

O hospital estava silencioso, abafado, iluminado por luzes frias. Heitor entrou com passos firmes e olhos arregalados, como um animal ferido.

— Emergência pediátrica? — perguntou à recepcionista.

Ela apontou o corredor.

Heitor seguiu, o coração batendo como um tambor. E então viu.

Lá estavam eles.

Laura sentada no banco. Fernando e Laura abraçados. Os olhos dela cheios de lágrimas. Os olhos dele cansados. Mas próximos. Íntimos. Quase íntimos demais.

O sangue de Heitor ferveu.

— Que porra é essa?! — ele rugiu.

Laura e Fernando se viraram juntos.

— Heitor?! — Laura levantou de súbito.

Ele se aproximou com os punhos cerrados.

— Outra vez? De novo essa cena? Você nos braços dele? Chorando nos braços dele?

— Heitor, pelo amor de Deus…

— Cala a boca, Laura! — ele gritou, a voz ecoando no corredor.

— Já não basta dormir naquela casa, cuidar da filha dele, agora virou rotina por qualquer motivo ficarem se abraçando?

— Você está sendo ridículo!

— Ridículo? Ridículo é você se fazendo de santa enquanto se j**a nos braços do papai, que adora se fazer de coitadinho, como se estivessem esperando sua amiga morrer para selar essa união vergonhosa.

Fernando deu um passo à frente.

— Chega, Heitor! Você tá passando dos limites!

— Eu vou te mostrar o que é passar do limite, seu babaca!

Ele avançou. Os dois quase colidiram. Laura gritou, enfermeiros surgiram.

Heitor empurrou Fernando com o ombro.

— Quer minha mulher? Pode leva -la! Ela já é mais sua do que minha mesmo! O que eu não vou mais fazer é continuar assistindo essa palhaçada de vocês ficarem com desculpas para se abraçarem.

Dois seguranças correram e se colocaram entre os dois.

— Senhor, por favor!

Laura chorava, envergonhada, tremendo.

Fernando tentava conter a fúria.

Heitor, contido pelos seguranças, olhou direto nos olhos dela.

— Você vai ter que escolher, Laura. Ou eu e seus filhos… ou esse idiota.

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